Os Sete Pecados Capitais do Concurseiro

Avatar


23 de maio4 min. de leitura

Sete Pecados Capitais do Concurseiro

por Gabriel Granjeiro

Aludindo aos pecados capitais, que, na esfera religiosa, podem impedir a entrada no paraíso, neste artigo, relatamos os empecilhos fatais para quem quer o governo como patrão e uma vida digna proporcionada pela desejada estabilidade financeira. Não evitá-los pode tornar a estrada da preparação um verdadeiro filme de terror, com consecutivas reprovações e fracassos.

1.  Não avaliar se possui os dons, atributos e requisitos para o bom exercício do cargo

A remuneração inicial, sem dúvida, pesa muito na hora da decisão por um ou outro concurso. A concorrência candidato x vaga também é algo que muitos levam em consideração. No entanto, esses fatores não podem sobressair em relação à avaliação sobre a aptidão e a vocação para a carreira desejada. Do contrário, o candidato pode não cumprir devidamente as atribuições do cargo que assumir. A afinidade com a carreira escolhida é decisiva para que o servidor mantenha o emprego, tenha um futuro profissional brilhante e seja feliz no trabalho, mesmo que tenha pretensões futuras de fazer outros concursos. Às vezes, o candidato deseja muito trabalhar no BACEN, mas detesta o estudo das matérias exatas como raciocínio lógico, matemática comercial e financeira. Deseja trabalhar em um Tribunal, mas detesta lidar com atendimento ao público. Complicado isso. Essa pessoa não exercerá bem o seu mister e não será bem avaliada pelos colegas, pelos usuários e pelo chefe imediato. Não crescerá na carreira. Fará um desserviço à nação e a si mesmo.

  1. Não “traduzir” o edital

Aqui no Gran Cursos Online nós dizemos que a aprovação em um concurso começa com uma boa leitura do edital. Um candidato competitivo lê, pelo menos, três vezes todo o conteúdo da norma que rege o certame. Conhece a lei da carreira, a forma de progressão e promoção, bem como os requisitos para o pleno desempenho das atribuições do cargo. O edital traz os critérios de desempate, critérios de correção da prova, pesos das disciplinas, se é inteligente chutar ou não, a forma de ingresso com recursos etc. Resumindo: o edital traz “as regras do jogo”. Um vencedor entra em uma competição com pleno conhecimento de todas as regras para usá-las a seu favor. Faça o mesmo quando estiver disputando vagas nos concursos públicos!

  1. Desconhecer Sua Excelência a banca examinadora, inimigo a ser batido

Conhecer bem o inimigo, o concorrente, é chave para vencer batalhas e a guerra final: a aprovação com a desejada classificação no concurso. É preciso saber se a banca cobra mais texto legal, doutrina, jurisprudência ou tudo junto e misturado. Se os comandos privilegiam mais a marcação do certo, do incorreto, da escorreita (a mais correta), se prestigia a correlação ou outra forma de cobrança. Para isso, é essencial buscar questões realizadas pela banca em provas anteriores. Caso a banca tenha realizado poucos concursos, recomendamos buscar questões de bancas com perfil similar.

  1. Esquecer de ensaiar para o dia D, ou seja, não estudar no tempo da prova

O edital informará o prazo da prova e o candidato precisa levar isso em consideração desde o primeiro dia de preparação. Recomendamos fortemente que ao menos algumas vezes o concurseiro simule as condições do exame. Tal simulação de treino oferece o preparo da mente para tolerar o esforço exaustivo do dia da prova, sem estranhar ficar 3 ou 4 horas focado em ser uma máquina de responder questões. Recentemente, um aluno do Gran Cursos Online, que estava se preparando para o INSS, nos informou que simulava todo domingo a prova em uma pequena escola no interior do Ceará. Sem surpresa, esse candidato conseguiu mais de 100 pontos líquidos na prova, conforme gabarito preliminar, pontuação muito competitiva para garantir uma vaga. Tudo na vida é treino, é simulação, é preparação do psicológico e do físico. Então, treino é a palavra de ordem. É assim no esporte, na música, nas artes e não poderia ser diferente na preparação para passar em concursos públicos.

  1. Não ter um planejamento profissional de estudos

A preparação para concursos públicos é uma verdadeira rotina de operário dos estudos. O candidato precisa planejar cuidadosamente seu tempo e nunca quebrar o cronograma, salvo em casos de emergências muito importantes. Percebemos a importância de um sólido planejamento ao ver candidatos que trabalhavam 8 horas por dia, tinham filhos e, mesmo assim, conseguiram classificações superiores aos candidatos que poderiam focar o dia inteiro nos estudos. Quem não conhece uma pessoa que parece viver em outro mundo que tem mais de 24 horas por dia? O segredo é planejamento.

  1. Não esgotar o conteúdo programático contido no edital

Já ouvimos relatos de candidatos que disseram estudar apenas alguns itens do edital, aqueles que mais gostavam, que mais se identificavam ou que achavam mais provável cair na prova, ignorando itens no programa contido no edital. Trata-se de outro pecado capital que costuma ser determinante para o mau desempenho nas provas. O candidato nunca deve achar que este ou aquele item é menos importante e não cairá na prova. Ao contrário, o concurseiro deve estudar todo o conteúdo exigido pela banca examinadora. Temos um recente caso emblemático. A prova para Técnico do Seguro Social do INSS, realizada no dia 15 de maio deste ano, cobrou 15 questões voltadas para a temática de assistência social. A maioria dos concurseiros esperava no máximo 4 questões dessa matéria e não deu muita atenção para o assunto. No entanto, estava no edital, poderia ser cobrado e, de fato, foi. É um absurdo a banca dar tanta ênfase para tópicos que talvez não pareçam ter tanta relação com o exercício do cargo? Sim, mas ela pode fazer isso. Se estiver nas regras do jogo, no edital, você não pode reclamar. A única exceção que vejo para não estudar todo o conteúdo é caso a publicação do documento venha com muitas novidades em relação ao certame anterior e haja um prazo curtíssimo para a prova, ao ponto de ser humanamente impossível fechar o conteúdo. Nessa situação, é necessário montar uma operação de guerra com base em estatísticas e autoanálise dos conhecimentos que o candidato já possui. Ressalto que, para quem estuda de médio a longo prazo, o risco de ter que encarar tal situação se minimiza consideravelmente, pois o candidato já estará bastante familiarizado com a maioria das disciplinas quando o edital for publicado.

  1. Fazer experiências nos dias que antecedem a prova

Isso é loucura. Conheço um candidato que, às vésperas de uma prova, saiu para jantar e experimentou algo que nunca comera na vida. Uma dor de barriga, no dia seguinte, retirou a concentração e lhe custou a vaga. Outro candidato, que teria um TAF no dia seguinte, resolveu bater uma “pelada” inocente com os amigos e torceu o pé na brincadeira. Perdeu a prova e a consequente vaga no concurso dos sonhos. Há, ainda, aqueles que querem fazer milagres na última semana de estudos e viram noites consecutivas estudando, aumentando as chances de ficarem doentes por causa da natural redução da imunidade de um corpo cansado. Se o seu corpo não está acostumado a dormir 3 horas por dia, não tente fazer isso na semana da prova. Faça o que você conhece. Poupe a sua saúde com extremo zelo. Um corpo cansado e doente, no dia da prova, pode lhe custar preciosos pontos e, consequentemente, o seu sonho.

Se você, amigo (a), não cometer esses pecados capitais e continuar firme em seu projeto de médio a longo prazos de mudança de vida, por certo, estará em breve aqui em nossa página, na coluna Cheguei Lá, relatando a sua felicidade da conquista da carreira pública.

Até o artigo da próxima semana.

Conte sempre conosco,

Bons estudos e GRAN sucesso!

PS: Siga-me em minha recém-lançada página do Facebook e em meu perfil do Instagram. Lá, postarei pequenos textos de conteúdo motivacional. Serão dicas bem objetivas, mas, ainda assim, capazes de ajudá-lo em sua jornada rumo ao serviço público.

______________________________________________

Gabriel Granjeiro
Gabriel

Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há quase 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.

______________________________________________

Avatar


23 de maio4 min. de leitura