Verdades e Mitos sobre Concursos Públicos: 15 esclarecimentos que você precisa ler!

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16 de maio8 min. de leitura

mitosq-4-minNeste artigo consolidamos as três partes da Série Concursos Públicos: Verdades e Mitos, a fim de esclarecer as principais dúvidas que recebemos de concurseiros/as de todo o Brasil.

Nosso objetivo é  desmitificar algumas inverdades que escutamos frequentemente de amigos e familiares e que podem levar à desistência ou à reprovação no certame dos sonhos. Boa leitura!

Verdade ou mito?

1. Quem trabalha não consegue passar em concursos.

Não é verdade. Em pesquisa que aplicamos, chegamos à conclusão de que essa é a realidade de 65% dos nossos alunos, pois eles trabalham, estudam e ainda se dedicam aos concursos. São pouquíssimas as pessoas que não têm outra preocupação senão a de estudar para concurso público.

2. Quem não tem recursos financeiros não passa em concursos.

Mito. Há vários relatos de pessoas, inclusive próximas, que estudaram com material emprestado, não pagaram por preparatórios, ou pagaram cursos por matéria. Ou seja, são pessoas que investiram poucos recursos financeiros, mas que estudaram dobrado em condições adversas, passando em grandes concursos. Não é o dinheiro que faz a diferença nessa situação, mas é o foco, a vontade, a necessidade de melhorar de vida, e, acima de tudo, um bom planejamento de estudo.

3. Quem tem mais de 50 anos não consegue passar em concurso.

Outro mito. Nos últimos dez anos, constatou-se que 40% dos que tomaram posse em cargo público tinham mais de 50 anos. São pessoas que, por certo, pela experiência que levam para a carreira pública, são potenciais candidatos a cargos de direção, chefia e assessoramento. A título de informação, em um estudo realizado pela Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, foi constatado que 40% dos empossados contavam com menos de 30 anos.

4. Há pessoas que passam em concursos sem estudar nada.

Mentira. Ouvimos com frequência estes tipos de comentário: “meu amigo disse que passou em um concurso público sem estudar, não leu o edital, não sabia qual era a banca do certame, não olhou nenhuma linha da apostila que comprou.” Atualmente, não se consegue passar nos concursos apenas chutando, estudando pouco ou nada. O que pode ocorrer é que os pontos estudados pelo candidato foram os mais cobrados na prova. Seja por sorte, seja resultado de um plano ousado e metódico, houve preparação, houve dedicação e houve a sorte de cair na prova o que o candidato mais se dedicou. Para reflexão, cabe ressaltar uma famosa frase de Coleman Cox: “eu acredito demais na sorte. E tenho constado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho.”

5. O governo vai acabar com os concursos por conta da crise econômica.

É mito e a história tem demonstrado isso. Crises vêm e vão, e o governo continua contratando. Pode adiar, atrasar nas autorizações e nas nomeações, mas nunca deixará de contratar. Sabe por quê? Porque a população brasileira cresce, e as demandas por serviço público de qualidade aumentam. Além disso, os servidores se aposentam, morrem, são demitidos, pedem exoneração ou vacância para tomar posse em cargo inacumulável, surgindo, consequentemente, vagas, fora aquelas que são criadas por lei para atender, por exemplo, o quadro de pessoal de um novo órgão, de uma nova entidade, de um novo fórum, de uma nova delegacia da Receita Federal etc. Para manter a ordem social e a saúde financeira do estado, por exemplo, é necessário contratar novos policiais, auditores fiscais, analistas tributários, entre outros. Ademais, a CF de 1988 é extremamente clara: o ingresso em cargo ou emprego público dar-se-á mediante aprovação prévia em concurso público.

6. Quem estuda para concursos não deve perder tempo com atividade física.

Não pode e não deve ser assim. Quem estuda, seja para concurso público ou para outro tipo de exame, precisa encaixar, no plano de estudo, um tempo (o ideal é de 30 a 60 minutos) para a prática de uma atividade física, especialmente aeróbica, como: caminhar, correr, nadar, andar de bicicleta etc. Já há muitos estudos consolidados que demonstram que esse tipo de atividade aumenta a capacidade cognitiva, o humor, a concentração e, consequentemente, a memorização dos conteúdos.

Para os candidatos que buscam ingressar na área de segurança pública, a prática de atividades físicas é essencial para a sua boa forma e aprovação no Teste de Aptidão Física. Não adianta nada passar na prova objetiva e ser reprovado no TAF. Então, ignore comentários que indicam que os/as concurseiros/as precisam abrir mão da atividade física em sua trajetória de estudos.

7. Quem começa a estudar apenas quando o edital é publicado passa em concurso, pois não perde tempo estudando o que não vai cair.

É um erro gravíssimo! É enganar a si mesmo achar que conseguirá passar em um concurso público com concorrência que pode chegar a 3.000 candidatos disputando uma única vaga estudando apenas entre o tempo da publicação do edital e o dia das provas. Não conseguirá, não vencerá o extenso conteúdo do edital, não terá tempo para revisão, para resolver exercícios, simulados e outras ações necessárias à aprovação no concurso dos sonhos. É claro que há exceções, mas são raros os casos. Em média, uma preparação adequada para um concurso de alto nível pode levar vários anos. Tudo vai depender da escolha do método de estudo, da afinidade com as disciplinas a serem estudadas e com a bagagem de conhecimento trazida dos anos de estudos no ensino médio, na graduação e das especializações, quando se tem. Agora pense comigo: vale a pena estudar alguns anos para ter uma remuneração digna o resto da vida? Acredito fortemente que sim, principalmente se levar em consideração o tempo que investimos em uma faculdade, sem garantias de que o diploma trará a remuneração desejada no futuro.

8. Concurso público é um jogo de cartas marcadas.

É mito. Já ouvi muito essa desculpa de pessoas que não têm a disciplina para aguentar a exaustiva preparação até a aprovação. Não se passa em concurso público apenas se inscrevendo, ou porque tem um sobrenome poderoso e famoso, ou porque possui amigos nos mais altos escalões dos Três Poderes da República. Claro, há relatos de fraudes em alguns concursos, mas observamos que os órgãos competentes estão investigando e punindo os criminosos e que as bancas se profissionalizam cada vez mais para garantir a segurança dos certames. Dentro do universo dos concursos, esses relatos são uma fração mínima do total de seleções realizadas. Passará em concurso público quem se preparar adequadamente, com os profissionais certos, com a plataforma ou estrutura adequada, quem cumprir religiosamente um plano de estudo, fizer sacrifícios, pois merecerá conquistar uma vaga.

9. Concurso público é muito concorrido.    

Isso é verdade, mas não deve desencorajar a entrada na “fila” em busca do governo como patrão. A relação candidato X vaga não pode ser um desestímulo à dedicação e à busca pela sonhada vaga. Primeiro, você precisa de apenas uma vaga para tomar posse. Segundo, o universo de reais concorrentes competitivos é sempre bem inferior ao número divulgado no portal G1. O cálculo da disputa é feito da seguinte forma: a cada grupo de 100 inscritos, de 25 a 35% é abstenção (não comparecem no dia D, por n razões), dos que comparecem, entre 5 e 10%, apenas, são competitivos. Você não pode se intimidar pelo número de inscritos, mas deve saber que é necessário dedicação incansável, pois mudar de vida e passar em um concurso não é fácil.

10. A máquina pública brasileira está inchada: não há mais margem para contratações.

Falso. O grande problema do Brasil é o grande número de cargos comissionados. Esses devem existir para casos excepcionais, a fim de trazer novos talentos para o quadro público, e não servir como regra para fortalecer a base política. Quando se olham as vagas preenchidas por concursados, percebemos que praticamente todas as principais carreiras típicas de Estado, como Agente de Polícia Federal, Auditor da Receita Federal, Auditor Fiscal do Trabalho, entre outros, estão com quadros muito defasados de servidores públicos, bem inferiores ao que a lei do cargo permite. Com isso, deixa-se de arrecadar impostos, fiscalizar o contrabando, recuperar dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção. Deixa-se de arrecadar várias vezes o investimento na remuneração do servidor por causa da simples falta de mão de obra para executar as rotinas necessárias. É totalmente ilógico. Proporcionalmente, o número de servidores públicos no Brasil, um país continental, com 200 milhões de habitantes, é muito menor do que outros países desenvolvidos, como Alemanha e França. Em algum momento, os nossos representantes terão que reconhecer esse simples fato e aumentar as vagas em concursos e nomeações. Enquanto isso, quem continuar estudando será beneficiado com sua persistência e ousadia. Siga em frente, pois a máquina pública continua e continuará sempre contratando.

11. Não se pode abrir concurso em ano eleitoral

Mito. A Lei Eleitoral (Lei n. 9.504/1997) estabelece as regras para as eleições. No inciso V do artigo 73, ela determina que é proibido “nomear, contratar ou, de qualquer forma, admitir ou demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou, por outros meios, dificultar ou impedir o exercício funcional e ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunstância do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito (…)”. As ressalvas que vêm em seguida excluem da proibição:

a) nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança;

b) nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;

c) nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo;

d) nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;

e) transferência ou remoção, ex officio, de militares, policiais civis e agentes penitenciários.

12. Concurso público é um meio do governo arrecadar dinheiro

Não é verdade. Concurso público é um procedimento que permite aos órgãos e entidades públicos selecionar, entre os recrutados, os mais preparados, os mais disciplinados – não necessariamente os mais brilhantes –, para que venham a servir sua excelência, o cidadão, usuário dos serviços públicos. O dinheiro arrecadado com os pagamentos das taxas de inscrição serve para cobrir despesas com o certame: examinadores, cadernos de provas, fiscais, aluguel de salas, etc. Na maioria das vezes, tudo que é arrecadado com as taxas fica para a banca examinadora e por conta da organização e aplicação das provas.Em alguns estados e no DF, o percentual dessa arrecadação vai para um fundo que cobre a capacitação dos servidores efetivos. Claro, há ainda relatos de concursos com objetivos suspeitos, mas, hoje, o povo brasileiro e as instituições estão muito atentos às possíveis ações fraudulentas, a fim de impedir o descumprimento da Constituição brasileira, que estabeleceu, como regra, que a seleção para os cargos e empregos públicos se dará por meio do concurso público de provas ou de provas e títulos. O Ministério Público e a Polícia Federal, em especial, vêm agindo com todo o rigor, sem poupar ninguém que esteja envolvido em irregularidades – sejam administradores públicos ou empresários envolvidos na organização das provas –, e pedindo cadeia para os fraudadores de concursos. Tais crimes, até pouco, não eram recepcionados em nosso ordenamento jurídico penal. E mais, recentemente foi decidido pela Justiça Federal, ainda em primeira instância, que concursos apenas para cadastro de reserva são inconstitucionais. Estamos vendo um forte processo de moralização dos concursos por meio da Administração Pública.

13. É possível o candidato passar apenas chutando

É mito. Prova estilo certo/errado, em que uma errada anula uma certa, não há que pensar em chute. Há muitos candidatos que chutaram e, ao conferir o gabarito provisório, ficaram devendo para banca, pois ficam com nota negativa. Um vexame!  Então, o primeiro mandamento de um concurseiro é “não chutarás”, a não ser que tenha alguma margem de convicção ou que não haja a regra, em edital, de que uma questão errada anula uma certa. Sendo assim, chute à vontade.

14. Estudar somente provas de certames anteriores não garante aprovação

Verdade, pois é preciso muito mais do que isso. O concurseiro que tem valor sabe que precisará estudar todos os tópicos do edital (o anterior ou o publicado), fazer resumos, programar revisões para os dias que antecedem a prova, e, também, resolver muitas provas de certames anteriores. Uma boa técnica é preparar apontamentos a partir do que a banca tem cobrado nos últimos 5 certames. Não resolva apenas as questões, mas busque também estudar os temas cobrados nas provas discursivas, quando houver, e treine muito a redação, que é o calcanhar de aquiles de muitos candidatos. Conheço professores do Gran Cursos Online, que, após algumas reprovações, adotaram essa estratégia e passaram nos primeiros lugares. Se deu certo para eles, poderá dar certo para você também, amigo concurseiro. É uma dica!

15. Candidato que não preenche os requisitos do edital não poderá se inscrever para o concurso

Mito. Os requisitos básicos exigidos para assumir o cargo, os constantes da lei que criou ou reestruturou a carreira e replicados no edital, deverão ser comprovados no ato da posse – quando da investidura no cargo – e não no ato da inscrição. Os requisitos passam pela idade mínima de 18 anos, a escolaridade compatível, a quitação com as obrigações eleitorais e militares, a aptidão física e mental, o gozo dos direitos políticos, a nacionalidade brasileira e outros, conforme a natureza e a complexidade do cargo.

Bons estudos e GRAN Sucesso!

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Gabriel Granjeiro
Gabriel

Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há quase 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.

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