Chega de desculpas!

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30 de abril7 min. de leitura

Quem quer fazer algo arruma um meio; quem não quer fazer nada arranja desculpas” – Provérbio árabe

Costumo conversar bastante com nossos alunos nos chats, nas redes sociais e nos eventos presenciais que abro. Nessas conversas, o que mais ouço são desculpas para justificar a falta de dedicação aos estudos. São listas imensas de explicações duvidosas para a falta de persistência e de comprometimento com o projeto de passar em concursos públicos. Fico decepcionado com o discurso evasivo desses alunos porque percebo que tudo não passa de preguiça, de autossabotagem pura, que os impede de colocar em execução um plano, uma ideia, um sonho tão poderoso como o de conquistar uma vaga no serviço público.

Reuni algumas das escusas mais comuns que ouço e vou compartilhá-las com você, que – tenho certeza – não quer ser mais um a se escorar nelas. Na tentativa de esvaziá-las de significado, tomei a iniciativa de fazer algumas ponderações sobre cada uma delas. O que pretendo com isso é mostrar a você que, no fundo, desculpas são apenas isto: desculpas.

Antes de tudo, perdoe-me se estou sendo um pouco incisivo e duro na mensagem de hoje. É que às vezes é necessário adotar postura mais rígida com quem mais amamos, e nós, do Gran Cursos Online, amamos de verdade os nossos alunos.

  1. “Ninguém me ajuda.”

A falta de apoio é mais comum do que imaginamos. No artigo da última semana (confira AQUI), ensinamos como lidar com esse problema. Em resumo, você precisa ser o seu maior fã, o seu maior apoiador. Se você acreditar em si mesmo, não precisará de mais ninguém, embora qualquer ajuda seja muito bem-vinda. É estarrecedor, mas a falta de incentivo às vezes vem dos nossos próprios pais, que deveriam ser nossa base, nossa segurança. Acredita que o pai adotivo do fundador da Oracle, Larry Elisson, empresa hoje avaliada em R$ 650 bilhões (sim, BILHÕES!) dizia que o filho não era bom para nada? Mas quem provou o contrário?

  1. “Não tenho tempo.”

E quem tem? Ninguém! Como diz Flávio Augusto, grande empreendedor brasileiro: “Se falta de tempo realmente fosse uma justificativa para não tirar os projetos do papel, somente os desocupados teriam sucesso”. Arrume tempo!

  1. “O Brasil está mal, por isso está tudo em crise.”

O Brasil está em crise desde 1500. Nem por isso deixamos de testemunhar inúmeras histórias de sucesso em nossa nação. Já relatei muitas delas em nosso blog e incluí algumas no fim deste artigo. Acredite: você pode ser o protagonista da próxima.

  1. “Não alcanço os meus sonhos por falta de dinheiro.”

Você e 99% do mundo! A maior parte dos grandes empreendedores e inventores da história estavam longe das condições financeiras ideais quando iniciaram seus projetos. A Apple e a Microsoft, por exemplo, começaram como empresas de garagem. O fundador da Nike passou 10 anos lutando para que a empresa não quebrasse, antes de atingir um patamar com algum conforto financeiro. E o apresentador Silvio Santos foi camelô antes de se tornar o dono do SBT. Não é o bastante para você? Adiante, há 2 relatos de servidores públicos que dispunham de pouquíssimos recursos e conseguiram assim mesmo alcançar o sucesso.

  1. “A vida está de marcação comigo. Tudo dá errado pra mim.”

Deixe de vitimismo! A vida é dura pra todo mundo. Ricos e pobres, cada um tem os seus problemas. Os meus não são os mesmos que os seus, que não são os mesmos que os do seu colega… Cada um carrega a própria cruz. Há ricos humildes ralando muito todos os dias e há pobres orgulhosos que só ficam dentro de casa reclamando. Há ricos que se acomodaram e hoje sofrem de depressão, embora vivam em palácios, e há pobres felizes e na luta por uma vida melhor. Mude as suas perspectivas em relação ao mundo, como ensinamos AQUI.

  1. “Se eu tivesse nascido em família rica, estaria bem hoje. Eu não tive chance na vida.”

O mundo dá voltas. Como diz Edu Lyra, fundador do movimento Geraldo Falcões, “Não importa de onde você vem, e sim para onde você vai”. Basta um instante para você mudar de vida, e esse instante pode ocorrer hoje.

  1. “Eu preciso me divertir um pouco.”

Escuto isso o tempo todo. É difícil resistir a algumas tentações, e, de fato, nós precisamos de alguns momentos de lazer de vez em quando. O importante é saber equilibrar tal necessidade com a de se dedicar com afinco aos estudos. Um concurseiro determinado entende que, pelo menos por um tempo, precisa diminuir a frequência do lazer em prol de um objetivo mais nobre. E desculpe-me pela sinceridade, mas o mundo não está preocupado se você ou eu precisamos nos divertir ou não. Portanto, se você está satisfeito com o rumo que a sua vida está tomando, vá lá e se divirta sem culpa. Caso contrário, comece a fazer alguns sacrifícios. Não existe almoço grátis, como já falamos AQUI. Quer algumas dicas de como resistir às tentações mais comuns? Leia este artigo.

  1. “Eu não venço na vida porque, quando resolvo um problema, vem outro.”

Como ensinou Benjamin Franklin, “Viver é enfrentar um problema atrás do outro; o modo como você o encara é que faz a diferença”. Não se engane: os seus problemas não vão acabar quando você passar em um bom concurso; eles apenas serão outros. O segredo, aqui, é entender que você é maior do que todos eles. Lembre-se de que as dificuldades existem justamente para despertar em nós habilidades que não conhecíamos. Elas servem para acordar o nosso gigante interior (leia mais aqui) e jamais para nos derrubar (a não ser que você deixe, é claro).

Amigo concurseiro, pare de inventar desculpas e comece a estudar! E o faça não importa o material (videoaulas, PDFs etc.) que você tem à mão (só em nosso canal no YouTube, há mais de 8 mil vídeos gratuitos!). E siga imparável independentemente dos recursos financeiros, das condições físicas e do apoio psicológico com os quais você pode contar. Em outras palavras, não espere que as condições sejam ideais para começar algo, porque um cenário perfeito simplesmente não existe. Não aguarde a permissão ou o aval dos outros nem dos céus. Você só precisa ter vontade para implementar uma ideia capaz de mudar vidas, inclusive a sua.

Nick Vujicic

Se o que eu disse até aqui ainda não foi o suficiente para convencer você a parar com as desculpas, confira a seguir algumas histórias que ilustram bem como, mesmo quando TUDO parece estar contra um projeto, é possível seguir em frente e conquistar o que se deseja. São relatos de pessoas que superaram inúmeras adversidades para vencer na vida. O que elas têm em comum? Nunca cederam a desculpas esfarrapadas.

O evangelista australiano Nick Vujicic nasceu sem as pernas e sem os braços; no lugar dos membros, tem uma “pequena asa de frango”, como ele mesmo brinca em suas palestras motivacionais mundo afora. Com certeza, ninguém questionaria se ele alegasse não poder fazer algumas coisas que uma pessoa sem deficiência faz. Contudo, Nick vive uma vida sem limites. É indomável, é imparável. Casado, pai de quatro filhos, formou-se em Contabilidade aos 21 anos e hoje viaja o mundo todo, compartilhando sua história com milhões de pessoas. Gosto particularmente destes dizeres de Vujicic: “Tenho a chance de escolher. Você tem a chance de escolher. Podemos optar por ser indivíduos que dão importância apenas às decepções e insistem em enfatizar as falhas e deficiências. Podemos decidir ser pessoas amargas, raivosas ou tristes. Ou, ao contrário, quando tivermos de encarar períodos difíceis e lidar com pessoas daninhas, podemos optar por aprender com a experiência e seguir em frente, assumindo a responsabilidade por nossa própria felicidade”.

Ricardo Tadeu da Fonseca

Ricardo Tadeu da Fonseca também parecia predestinado a sofrer na vida. Prematuro de seis meses, nasceu com retinopatia, doença que ao longo dos anos lhe provocou a perda da visão. Adulto, passou pela decepção de ser desclassificado em um concurso para juiz do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região apenas por ser cego. Não desistiu dos concursos até que conquistou uma vaga no Ministério Público do Trabalho. Pouco mais tarde, venceu e se tornou juiz, o primeiro juiz cego do Brasil. Hoje é desembargador no TRT de Curitiba. Para julgar cerca de 400 processos por mês, o Dr. Ricardo dispõe, em sua equipe, de pessoas que leem os processos em voz alta para ele, que, então, dita sua decisão, sempre com muita técnica, justiça e imparcialidade. Incrível, não é?

A Dra. Antônia Faleiros, a quem tive o prazer de conhecer pessoalmente, é outra que teve uma vida difícil, mas não cedeu às adversidades. Aos quatorze anos, foi trabalhar em um canavial no interior de Minas Gerais. Aos dezessete, mudou-se para a capital do estado, onde aceitou ser empregada doméstica. Sem ter um local para morar, viveu por oito meses em um ponto de ônibus, onde passava as noites estudando e lendo as apostilas jogadas no lixo por funcionários de um curso preparatório. Graças ao material didático descartado e a sua dedicação, conseguiu ser aprovada em um concurso para oficial de justiça. O cargo lhe abriu várias portas, e ela soube aproveitar as melhores delas. Estabilizou-se economicamente, cursou uma faculdade e passou a estudar com ainda mais afinco até ser aprovada em concursos para procurador do Município de Belo Horizonte, procurador do Banco Central e juiz de direito do Estado da Bahia. Quer conhecer mais da história dessa vencedora que ignorou todas as desculpas que podia dar para desistir? Clique AQUI e confira o vídeo que ela gravou para o Gran Cursos Online.

Marilene de Conceição Gonçalves, hoje servidora concursada do TJDFT, passou fome por um ano e meio. Sua renda mensal como catadora de latinhas era de R$ 50. Hoje, ela ganha mais de R$ 7 mil. Marilene poderia enumerar mil e um motivos para desistir, mas não o fez. Veja o relato dela: “Nunca tinha nem fruta para comer. Eu me lembro que passei um ano com uma só calcinha. Tomava banho, lavava e dormia sem, até secar, para vestir no outro dia. Roupas, sapato, bicicleta [os filhos puderam ter depois da aprovação no concurso]. Nunca tive uma bicicleta”. Também tivemos a honra de receber essa vencedora nos estúdios do Gran Cursos Online. Clique AQUI e confira a entrevista que ela nos concedeu.

Pois é, amigo leitor… Veja que se apoiar em desculpas é uma questão de opção. A minha ideia, ao trazer exemplos como o de Marilene, o da Dra. Antônia, o do Dr. Ricardo e o de Vujicic, foi convencer você disso de uma vez, mas sei que o efeito sobre alguns pode ser justamente o contrário. Muitos podem se sentir péssimos: “Nossa, como eu sou um fracasso. Tenho condições muito melhores do que essas pessoas tinham e, mesmo assim, não consigo ser aprovado…”. Claro que não é por aí! Você só fracassa quando para. Antes disso, está firme no jogo e tem todo o potencial para protagonizar uma história digna de ser publicada em um artigo como este. Já diz a sabedoria popular: “O jogo só acaba quando termina!”. Ele ainda não terminou para você. Pense nisso.

Sentiu-se tocado por esta mensagem? Registre nos comentários: “Eliminarei todas as desculpas!”.

Vamos, sempre em frente, juntos, e sem desculpas!

Gabriel Granjeiro

Bons estudos e GRAN sucesso,

PS: Siga-me (moderadamente, é claro) em minha página no Facebook e em meu perfil no Instagram. Lá, postarei pequenos textos de conteúdo motivacional. Serão dicas bem objetivas, mas, ainda assim, capazes de ajudá-lo em sua jornada rumo ao serviço público.

Mais artigos para ajudar em sua preparação:

 


Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há mais de 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.

 

 


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