Como concordar as cores? Por: Elias Santana

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08 de fevereiro1 min. de leitura

concordar as coresO carnaval é a época das cores. A vasta quantidade de matizes atrai a atenção de qualquer um (até a minha, mesmo sendo daltônico). Colorir-se é a lei da folia!

Agora, me diga: qual brasileiro nunca travou a língua ao tentar empregar o plural de uma cor? Isso é mais frequente do que você imagina! Por isso, resolvi escrever este artigo, a fim de evitar possíveis constrangimentos na avenida e nos blocos.

Compare estas duas sentenças:

  • Vi o ornamento verde-claro.
  • Vi o ornamento cinza-claro.

Para analisar um adjetivo composto – no nosso caso, “verde-claro” e “cinza-claro” –, olhe para a primeira palavra (“verde” e “cinza”). “Verde” é originalmente o nome de uma cor, ao passo que “cinza” é um substantivo que deu nome à cor. Sempre que ocorrer o que foi apresentado no primeiro caso, deve haver concordância, ao passo que, no segundo caso, o adjetivo permanece invariável.

Vamos fazer um teste: trocar “ornamento” por ornamentos:

  • Vi os ornamentos verde-claros.
  • Vi os ornamentos cinza-claro.

 

Mais um: trocar “ornamento” por fantasia:

  • Vi a fantasia verde-clara.
  • Vi a fantasia cinza-claro.

 

Vou resumir, em termos ainda mais simples: se o nome da cor for realmente nome de cor, haverá concordância; se for nome de outro objeto e passou a ser nome de cor, não haverá! Simples, não?

 

Vejamos mais um exemplo:

  • O carro alegórico é azul-escuro.
  • O carro alegórico é rosa-escuro.

 

Ao trocar “carro alegórico” por carros alegóricos, teremos:

  • Os carros alegóricos são azul-escuros.
  • Os carros alegóricos são rosa-escuro.

 

Além disso, sempre que o nome da cor apresentar um substantivo, não deve haver concordância.

 

  • Aquela decoração amarelo-ouro.
  • Esses trios elétricos verde-bandeira.

 

Agora, não há mais razão para dúvida ou timidez! Aproveite o carnaval com moderação e responsabilidade!


Elias Santana

Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de professor em vários colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramática, redação discursiva e interpretação de textos. Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

 


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