Resiliência, a qualidade dos fortes

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17 de julho5 min. de leitura

“No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a harmonia. No meio da dificuldade reside a oportunidade.” Albert Einstein

Resiliência é uma combinação de fatores que dão ao ser humano condições para enfrentar – e superar – problemas e adversidades sem perder o equilíbrio físico e mental. É a capacidade de se recuperar de situações de crise e de aprender com elas. É ser flexível e otimista, perseguir metas claras e ter a certeza de que tudo passa.

Quem é resiliente consegue se adaptar a mudanças e seguir sua jornada sem perder o controle diante da primeira dificuldade que surgir no caminho. Alguém assim assimila as dificuldades, compreende os próprios fracassos e enfrenta o caos com os pés no chão, sem ser nem otimista nem derrotista em excesso. Uma pessoa com resiliência é capaz de definir para si mesma metas claras e relevantes e de persegui-las e conquistá-las, ainda que em plena turbulência. Para ela, é muito fácil sair de uma crise: basta enxergar algo pelo que valha a pena resistir, lutar… e sonhar.

O psiquiatra austríaco Viktor Franckl, considerado o pai dos estudos sobre resiliência, identificava no ser humano o desejo de transcender a sua individualidade e encontrar sentido em algo que esteja fora de si mesmo. Em outras palavras, o indivíduo precisa ter metas e propósitos externos à própria existência. Segundo essa teoria, todos nós precisamos nos envolver com projetos e metas. Seja reencontrar a família depois de algum período afastados dela, seja retomar as corridas com os amigos nos fins de semana, seja buscar a aprovação em um bom concurso que propicie mais conforto a nós e às pessoas que amamos, seja, ainda, nos envolvermos com uma causa que nos seja cara, no fundo, o que confere sentido à vida é ter objetivos claros.

O ser humano tem capacidade de adaptação maior do que imagina. Porém, o mais comum é ele só descobrir isso quando atinge uma situação extrema, em que sua única opção é adaptar-se, acostumar-se a sua realidade e sobreviver a ela, superando cada uma das adversidades. É quando, por exemplo, o concurseiro mais determinado se dá conta de que tem mesmo de abrir mão do lazer para estudar até ser aprovado no concurso dos seus sonhos.

Se há uma grande verdade sobre o momento que vivemos atualmente, é que o mundo pertence aos fortes. Ele é dos que aprenderam a recomeçar sempre ou a acelerar quando os outros abrem mão dos seus sonhos e quedam prostrados. É o nível de resiliência de um indivíduo que determinará se ele terá sucesso ou se ficará perdido pelo caminho, se será aprovado no concurso para o qual vem se preparando ou se desistirá, saindo da “fila”. É fato que aqueles que suportam melhor o sofrimento nunca perdem a esperança, o otimismo, a fé e a coragem, virtudes que os mantêm saudáveis mental e emocionalmente.

A ciência mostra que, quanto mais resiliente o indivíduo, mais longe ele chega, tanto no campo pessoal, como no profissional. Isso faz todo sentido, na medida em que sucesso só ocorre depois de inúmeras quedas e derrotas. A diferença entre os fracassados e os exitosos é que estes encaram essas quedas e derrotas como oportunidades de aprendizado, como verdadeiras lições de vida, absolutamente necessárias para o seu crescimento, ao passo que aqueles entregam os pontos quando não atingem logo o esperado.

As pessoas mais interessantes que conheci e que hoje me servem de inspiração são aquelas que passaram por adversidades enormes, às vezes aparentemente impossíveis de superar, e tiveram força para se reerguer ainda mais fortes, mais competitivas, mais produtivas, mais criativas e ousadas. Elas são, para mim, exemplos de resiliência, porque, em vez de evitar o estresse a qualquer custo, aprenderam a controlá-lo e a transformá-lo em força motriz para seguir tentando. O resiliente é como o bambu: entorta nas grandes tempestades, mas não quebra. Ele acredita de verdade que não é vítima do seu passado, mas protagonista do seu presente e do seu futuro.

Todos os grandes líderes sobre os quais li têm a resiliência como terceiro maior atributo. Nesses homens e mulheres que tanto admiro, essa qualidade fica atrás apenas da clareza de visão acerca do mundo corporativo e do seu próprio negócio e da grande reserva de energia para tocar projetos e perseguir metas e objetivos. Todos esses são predicados valiosíssimos, mas eu ainda acrescentaria a inteligência emocional (confira AQUI um artigo sobre o papel dela nas conquistas) como outra habilidade importante para quem quer alcançar sucesso na vida e na carreira. E bom humor perante os percalços também nunca é demais.

Compreendido o poder da resiliência em nossa vida, que tal vermos se há algo que podemos fazer para desenvolvê-la ou, se for o caso, aumentá-la? Os cientistas Steven Southwick e Dennis Charney, da Yale University School of Medicine, recomendam quatro táticas para isso. A ciência já comprovou que elas funcionam. Vejamos:

  1. Trabalhe o seu físico. Atividade física moderada promove a liberação de endorfina e dos neurotransmissores dopamina e serotonina (leia AQUI o artigo “As vantagens da corrida e dos exercícios aeróbicos”), os quais reduzem os sintomas da depressão e melhoram o humor. Um experimento com animais mostrou que corridas frequentes podem diminuir a incidência de diversas fobias ao mesmo tempo que aumentam a coragem para a exploração de novos ambientes.
  2. Aceite desafios e saia da zona de conforto. Dar um passo para além do limite aonde você costuma chegar tem o potencial de aumentar sua segurança e autoconfiança. Não importa se você está de férias ou curtindo o fim de semana, se está no trabalho ou se preparando para concurso público, faça mais do que você está acostumado a fazer. Todos nós nos conhecemos bem o bastante para saber qual é o limite que podemos – e devemos – ultrapassar. Pode ser o enfrentamento de algo que nos causa medo, a tentativa de ministrar uma aula para os colegas de estudo, o estudo de uma disciplina nova, a preparação para um concurso mesmo com falta de recursos e de infraestrutura ou a decisão de dar um basta ao ciclo de sempre moldar a si mesmo para agradar os outros em vez de dizer um simples “não”.
  3. Medite e desenvolva uma visão positiva do mundo. Meditar com frequência propicia mais clareza e foco, ajudando a identificar para onde devemos direcionar a nossa energia. A meditação nos conecta com o presente, evitando aqueles lamentos contínuos sobre o passado e a preocupações excessivas com o futuro. É comprovado que a prática reduz o estresse e garante maior controle sobre a vida, sobre os estudos e sobre as escolhas, tornando as pessoas mais seguras e determinadas. Confesso que ainda não medito com regularidade, mas estou trabalhando para mudar essa realidade no curto prazo.
  4. Estreite os laços afetivos. Indivíduos resilientes têm ótima relação com a família e com os amigos. Sempre que você puder, passe mais tempo com as pessoas que você respeita e admira. Se o respeito e a admiração forem mútuos, melhor ainda! Mas atenção: você precisa estar realmente conectado com essas pessoas para que esse relacionamento produza bons frutos. Você tem de se sentir à vontade para contar com elas para conselhos, dicas ou apenas um ombro amigo. Ajuda bastante se sua network for cheia de indivíduos que são exemplos de resiliência, pois você terá muitos modelos para observar e seguir. A imitação de comportamentos e de práticas que fazem dos outros pessoas fortes também pode ser algo muito proveitoso. Por exemplo, quando você se sentir desanimado e pronto para desistir, vale lembrar daquele seu amigo guerreiro e que não cede jamais às dificuldades da vida. Tente imaginar o que ele faria em sua situação e não hesite em imitá-lo.

Em síntese, amigo leitor, seja resiliente e tenha algo pelo que resistir! Acredite: você tem uma capacidade de ser muito mais forte do que imagina.

Bons estudos e GRAN sucesso,

“Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente. É aquele que melhor se adapta às mudanças.” Charles Darwin

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Gabriel Granjeiro – Diretor-Presidente e fundador do Gran Cursos Online e da GG Educacional. Sempre soube que a sua missão de vida era ser empreendedor. Por força do destino, ingressou no mercado de concursos muito novo, há mais de 10 anos. Acumulou experiências de grande valia ao acompanhar as atividades empresariais de seus pais, ambos ex-servidores com quase 3 décadas de experiência no mercado de concursos. Em 2013, decidiu que queria montar sua própria empresa e convidou o amigo Rodrigo Calado, também muito experiente na área, para ser o seu sócio. Nasceu ali a GG Educacional, uma organização totalmente dedicada à educação a distância, cujo lema é: “Ensino aliado à tecnologia”. Esse foco, em conjunto com o trabalho de colaboradores e professores dedicados e altamente especializados, resultou em crescimento exponencial ao longo dos últimos 2 anos. Atualmente, o Gran Cursos Online, principal marca da empresa, está entre as maiores do País e é referência em sua esfera de atuação.

É formado em Administração e Marketing pela New York University Stern School of Business, instituição de grande destaque no mundo corporativo. Nela, estudaram empreendedores de sucesso, como Jack Dorsey (fundador do Twitter) e John Paulson (fundador e presidente de um dos maiores fundos de investimento do mundo). Lá, participou de projetos desafiadores, interagindo com alunos do mundo inteiro e de visões muito diferentes da sua. Essa educação global e empreendedora hoje faz parte do DNA de Gabriel e da empresa que ele lidera, onde busca oferecer aos alunos o que há de melhor; tudo para ajudá-los a atingir os seus objetivos e a mudar de vida.

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