Olá queridos, alunos. Hoje iremos trabalhar com mais um tema pertinente aos casos de urgência e emergência, então fiquem ligados nas nossas dicas!
Vamos iniciar conceituando as hemorragias?
A hemorragia é o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos ou das cavidades do coração, podendo provocar estado de choque hipovolêmico (diminuição de volume sanguíneo) e óbito.
Essa saída de sangue pode ser visível externamente ou não. Daí vem a classificação clínica da hemorragia: hemorragia externa ou interna.
Como você pode perceber, a hemorragia pode ser externa (sangue sai para o exterior do corpo) ou interna (sangue sai de dentro dos vasos sanguíneos, porém fica preso no corpo).
Além da classificação clínica da hemorragia, temos a classificação anatômica que depende do tipo de vaso sanguíneo lesionado: artéria, veia ou capilar.
Vamos detalhar essas classificações?
Classificação clínica:
Neste tópico da aula, iremos discutir os tipos de hemorragia já referenciadas no tópico anterior.
Hemorragia externa
A hemorragia externa ocorre devido a ferimentos abertos, em que o sangue é eliminado para o exterior do organismo.
A partir desse entendimento, podemos então conhecer os sinais e sintomas da hemorragia.
Sinais e sintomas de hemorragia externa:
- agitação;
- palidez;
- sudorese;
- pele fria;
- taquicardia e pulso fraco (taquisfigmia ou pulso filiforme);
- hipotensão (queda da pressão);
- sede;
- fraqueza;
- alteração do nível de consciência; e
- estado de choque.
Os sinais e sintomas da hemorragia podem variar de acordo com a quantidade de sangue que foi perdida. No início das perdas, o corpo exerce os mecanismos compensatórios e todos os sinais vitais estarão normais. Com o aumento da perda volêmica, os sinais e sintomas serão agravados até o óbito, se não resolver o problema. E como esse problema será resolvido? Necessitamos de duas atitudes urgentes: conter o sangramento e repor líquidos. Mas abordaremos as condutas da hemorragia daqui a pouco.
Todos esses sinais e sintomas são manifestados tentando compensar a perda de sangue. Observe que o pulso fica aumentado (taquicardia), ou seja, o coração bate mais vezes para tentar atender à demanda do corpo por nutrientes e oxigênio pela falta de sangue.
Hemorragia interna
A hemorragia interna ocorre quando há lesão de um vaso sanguíneo de um órgão interno e o sangue se acumula em uma cavidade do organismo, como: peritônio (cavidade abdominal), pleural (membranas que revestem o pulmão e a caixa torácica), pericárdio (membrana fibrosa que reveste o coração), meninges (membrana que reveste o cérebro) ou se difunde nos interstícios dos tecidos (entre as células e os vasos sanguíneos).,
A perda de sangue nesse caso não será visível. Mas como vou saber que o paciente tem uma hemorragia interna? Durante a nossa avaliação, serão percebidos sinais e sintomas descritos na hemorragia externa, além disso, podemos sugerir uma hemorragia interna pela avaliação da cinemática do trauma (traumas graves têm grandes chances de o paciente ter hemorragia interna), e por fim, lesões na pele do paciente como escoriações e hematomas são indicadores de hemorragia interna.
Com o passar do tempo e o agravamento da hemorragia interna, esse sangue contido no paciente pode ser exteriorizado pelas cavidades de comunicação com o meio externo (nariz, boca, ouvidos, vagina, uretra e ânus).
Os sinais e sintomas de hemorragia interna podem ser os mesmos sintomas encontrados na hemorragia externa, e, ainda:
- contusões;
- dor abdominal;
- rigidez ou flacidez dos músculos abdominais; e
- eliminação de sangue através dos órgãos que se comunicam com o exterior, como: nariz e/ou pavilhão auditivo, vias urinárias, vômito ou tosse com presença de sangue.
As hemorragias internas podem ser divididas em internas com fluxo externo ou ocultas. Vamos detalhá-las:
- Internas com fluxo externo: Utiliza-se o prefixo designativo do órgão afetado acrescido do sufixo -rragia. Observe os exemplos que podem estar na sua prova!
- Gastrorragia com hematêmese= sangramento no estômago com saída de sangue pelo vômito.
- Gastrorragia e/ou enterorragia com melena= sangramento no estômago ou intestino com saída de sangue pelo ânus.
- Otorragia= saída de sangue pelo ouvido.
- Epistaxe= saída de sangue pelo nariz por lesão dos vasos sanguíneos da mucosa nasal.
- Rinorragia= sangramento nasal com origem de outros locais que não a mucosa nasal.
- Pneumorragia com hemoptise= hemorragia no pulmão com saída de sangue pela boca (o sangue proveniente do pulmão, que sai pela boca, possui algumas bolhas e é mais rosado).
- Nefrorragia com hematúria= sangramento do rim em que o sangue sai pela urina.
- Retorragia= sangramento no útero com saída de sangue pela vagina.
- Ocultas (sem fluxo externo): são os sangramentos viscerais (superficiais, parenquimatosas ou intersticiais) e que não saem da cavidade.
Esses termos que definem as origens das hemorragias pelos órgãos atingidos são cobrados nas provas, observe!
Finalizamos mais um artigo, espero que aproveitem cada segundo para estudar! Fiquem ligados nos próximos e nos nossos cursos online!
Fernanda Barboza é graduada em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia e Pós-Graduada em Saúde Pública e Vigilância Sanitária. Atualmente, servidora do Tribunal Superior do Trabalho, cargo: Analista Judiciário- especialidade Enfermagem, Professora e Coach em concursos. Trabalhou 8 anos como enfermeira do Hospital Sarah. Nomeada nos seguintes concursos: 1º lugar para o Ministério da Justiça, 2º lugar no Hemocentro – DF, 1º lugar para fiscal sanitário da prefeitura de Salvador, 2º lugar no Superior Tribunal Militar (nomeada pelo TST). Além desses, foi nomeada duas vezes como enfermeira do Estado da Bahia e na SES-DF. Na área administrativa foi nomeada no CNJ, MPU, TRF 1ª região e INSS (2º lugar), dentre outras aprovações.
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