Olá, pessoal, tudo certo? Espero que sim.
Atualmente, sou Delegada de Polícia Civil no Estado de Minas Gerais e também GranXpert na carreira de Delta aqui no Gran Cursos Online. Mas o foco do artigo, hoje, será outro.
Neste artigo, buscarei tratar sobre o meu método de estudos para alcançar 70 pontos, dos 80 pontos possíveis, na primeira fase do Exame Nacional da OAB.
Começando do começo: cursei Direito na UFRJ. Ainda no nono período da faculdade, realizei a inscrição para o XXII Exame de Ordem.
O Exame de Ordem, em regra, é o primeiro “grande teste” de um bacharel em Direito. Na realidade, afirmo que é o primeiro concurso de muitos bacharéis em Direito, afinal de contas, são cobradas diversas matérias jurídicas na primeira fase. Não se trata de uma prova cujo conteúdo é enxuto. Pelo contrário: o exame buscar saber se o aluno tem um bom conhecimento sobre as principais matérias que enfrentará quando for exercer a advocacia.
Por isso, a cobrança sobre o aluno é enorme. Existe tanto uma pressão interna quanto uma pressão externa.
Todo bacharel em Direito quer ser aprovado “de primeira” na OAB, e essa é uma cobrança interna. Ademais, também existe uma enorme pressão externa sobre a aprovação, seja de familiares, de amigos ou até mesmo de professores.
Pois bem. Quando o edital é publicado, em regra, tem-se aproximadamente três meses até a prova da primeira fase.
O primeiro ato que todo aluno deve realizar para ir bem nas provas da OAB (e de concursos públicos, de modo geral) é realizar uma autoanálise. Ele precisa se conhecer, saber em quais matérias tem um índice maior de acertos e em qual matéria não vai tão bem. E só há um jeito de o estudante se conhecer: resolvendo simulados.
Não adianta falar que “estudou muito durante a faculdade” e que acha que vai passar na OAB se você nunca realizou um simulado para saber qual é a sua verdadeira situação como candidato. Não adianta reprovar na primeira fase da OAB e reclamar que a prova é “decoreba” se você nunca fez um simulado para saber qual é o perfil da banca. Entende?
No meu caso, eu sabia que tinha formado uma boa base jurídica durante os quatros anos anteriores de faculdade. Escolhi bons autores e bons livros para estudar. Nunca deixei de estudar a letra da lei. Também conversei com muitos aprovados para ver quais eram as semelhanças nos métodos de estudos deles. Realizei diversos simulados e vi que precisava apenas “lapidar” algumas matérias.
A partir disso, sem passar por embargos por causa da minha boa base jurídica formada, comecei a lapidar algumas matérias nas quais tinha mais dificuldade e também tive de aprender do zero outras disciplinas com as quais não tive contato nenhum durante a graduação.
Assim, planejei o meu estudo da seguinte maneira: com relação às matérias em que já tinha mais facilidade, somente estudei resolvendo questões de provas anteriores. Quanto às matérias que precisavam ser lapidadas, além de responder questões, eu consultava a doutrina, pontualmente, em temas que sempre se repetiam.
Por fim, relativamente às matérias que nunca estudara, fiz uma análise de custo-benefício delas na prova, considerando a quantidade de questões versus o tempo que gastaria para aprendê-las. A partir disso, delimitei as matérias que estudaria por doutrina, outras somente por meio da lei seca e outras por videoaulas.
Ressalto que também realizava simulados aos domingos, no mesmo horário em que seria aplicada a prova da primeira fase. Colocava um cronômetro ao meu lado e resolvia a prova como se fosse o dia do Exame. Inclusive, imprimi modelos de gabarito, de modo que eu sabia exatamente quanto tempo eu demorava para fazer uma prova inteira.
O resultado? 70 pontos na primeira fase. Uma das maiores (ou a maior) pontuação desde que o exame foi unificado.
Sem dúvidas, esse resultado foi um divisor de águas na minha vida. Passei a ver que não existiam segredos para ser aprovada na OAB e também em outros concursos públicos.
Percebi que, se diversas pessoas “normais” passavam na OAB e em concursos públicos, eu também poderia passar. Deixei de colocar essas pessoas em verdadeiros pedestais e passei a me enxergar como alguém capaz de vencer também. De fato, poucos meses depois de formada, fui aprovada nos dois primeiros e únicos concursos que fiz: o para o cargo de delegado em Minas Gerais e o de delegado em São Paulo.
Entenda que, se você começar a estudar certo já para a prova da OAB, fica muito mais fácil “entrar no embalo” e estudar certo para concursos públicos.
Caro leitor, não precisa ser gênio para ser aprovado em qualquer prova de concurso público do mundo. Não existe isso. Os aprovados são pessoas comuns que simplesmente fizeram o que tinha de ser feito: estudaram certo repetidamente.
E essa deve ser a mentalidade de quem deseja ser aprovado. Você precisa entender que não há resultado sem esforço; que não há aprovação sem planejamento; que não existirá uma boa pontuação sem treino.
É necessário corrigir erros, enfrentar matérias com as quais não temos afinidade e profissionalizar o nosso processo de estudo.
Meu amigo, inevitavelmente, no final a conta fecha. Não há esforço que não seja recompensado.
Por fim, espero que você tenha gostado do texto e que esteja conseguindo manter o foco durante esse período difícil de pandemia. Sugiro que você conheça a nossa equipe de GranXperts para que possamos te auxiliar com metas específicas de estudo e também organizando todo o seu processo de aprendizado.
Para qualquer dúvida, encontro-me à disposição. Conte sempre comigo.
Mariana Fioravante Romualdo – Delegada de Polícia Civil do Estado de Minas Gerais e GranXpert da Carreira de Delegado(a) de Polícia no Gran Cursos Online.
No Instagram: @mari.fioravante