COMO SÃO LIDOS OS ALGARISMOS ROMANOS
Os algarismos romanos, ao contrário dos arábicos – que são retratados por números -, utilizam letras na sua representação. Assim, para representar os números são empregadas sete letras maiúsculas às quais são atribuídos valores. As letras são I (um), V (cinco), X (dez), L (cinquenta), C (cem), D (quinhentos) e M (mil).
Tanto os algarismos romanos quanto os arábicos podem ser lidos como cardinais (um, dois, três…) ou ordinais (primeiro, segundo, terceiro…).
Quanto aos algarismos romanos, quando antecedentes ao termo a que se refere, devem, em regra, ser lidos como ordinais. Assim, XXI Exame de Ordem = [vigésimo primeiro Exame de Ordem]. E quando pospostos ao termo a que se refere, devem ser lidos como cardinais. Ex.: Século XXI = [século vinte e um].
Todavia, no que se refere a enumeração de reis, papas, capítulos de livros e e séculos, recomendam os gramáticos que se leiam como ordinais até o décimo (e não até o nono como sói nos números arábicos] e partir daí como cardinais. Ex.: Papa João Paulo II = [Papa João Paulo segundo]; Papa Bento XVI = [Papa Bento dezesseis].
Fora das situações do parágrafo anterior, não há regra fixa.
Com relação aos incisos de lei, por exemplo, até o décimo, tanto servem à leitura de cardinais como de ordinais. Assim, temos: inciso II = [inciso dois ou inciso segundo]; inciso IX = [inciso nove ou inciso nono]. Do onze em diante, todavia, cabe somente a leitura de cardinal. Ex.: inciso XIII = [inciso treze]; inciso XX = [inciso vinte].
Modernamente, é comum o emprego de algarismos arábicos para indicar séculos, papas, capítulos, etc. Esse padrão vem sendo adotado usualmente pelos veículos de comunicação. Tome como exemplo notícia recente veiculada em jornal de grande circulação, onde se lia: “… peça produzida entre os séculos 8 e 16 d.C”.
Por hoje é isso.
Espero que as dicas sejam úteis e valiosas.
Um abraço da Professora Mara Saad.
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Mara Saad – Formada em Letras pela Universidade de Brasília (UnB) e em Direito pelo UniCEUB, com especialização em Direito Processual Civil pelo ICAT – Instituto de Cooperação e Assistência Técnica do Centro Universitário do Distrito Federal, hoje UDF. Servidora Pública aposentada no cargo de Analista Judiciário do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT, onde exerceu durante mais de vinte anos assessoria de magistrado. Autora dos livros para concursos “TJDFT em Esquemas” e “STF em Esquemas”, ambos detidos ao ensino dos Regimentos Internos e legislação correlata dos respectivos Tribunais. Exerce atualmente a docência no Instituto de Formação Judiciária Luiz Vicente Cernicchiaro do TJDFT, ministrando cursos de Técnicas de Redação Jurídica com vistas à capacitação e ao aperfeiçoamento dos servidores da Casa.
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