Recursos Exame CFC: prazo até 30 de junho! Confira!

O Exame CFC aconteceu neste último domingo (27/06) em todo o país. Os candidatos que realizaram as provas do Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade e estejam interessados em interpor recursos contra o gabarito preliminar das provas objetivas vão ter o prazo de 2 dias, a partir do dia 28 de junho para elaborarem os recursos. Assim, os candidatos devem interpor o recurso entre os dias 29 e 30 de junho. A apresentação dos recursos deverá ser feita exclusivamente via internet em requerimento próprio disponibilizado no link do Exame de Suficiência no site da Consulplan www.consulplan.net.

Recursos do Exame CFC 2021.1

Confira abaixo o vídeo com nossos professores sobre as possibilidades de recurso do Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade:

Confira abaixo os recursos elaborados por nossa equipe de especialistas:

 Contabilidade Geral – Prof. Feliphe Araújo -Questão 15 (Caderno do tipo azul)

Inicialmente, a empresa deve reconhecer a importação da máquina no mês de abril de 2020:

Maquinário = US$ 100.000,00 x R$ 3,3098 = 330.980

1. Aquisição do maquinário

D – Imobilizado (ANC) 330.980

C – Fornecedores estrangeiros (PC) 330.980

2. Reconhecimento da variação cambial

Quando itens monetários são originados de transações em moeda estrangeira e há mudança na taxa de câmbio entre a data da transação e a data da liquidação, surge uma variação cambial. 

Fornecedores estrangeiros = 100.000 x 3,5418 = 354.180

Como houve aumento do passivo, temos uma variação cambial passiva (despesa financeira).

Variação cambial = 354.180 – 330.980 = 23.200

Apropriação da Variação Cambial Passiva (Despesa)

D – Variação cambial (resultado) 23.200

C – Fornecedores (PC) 23.200

3. Efetivo pagamento ao fornecedor

D – Fornecedores (PC) 354.180

C – Bancos (AC) 354.180

Com isso, o gabarito é a letra B.

O que a banca fez para considerar a letra A foi juntar os lançamentos 2 e 3 feitos aqui.

D – Fornecedores (PC) 330.980

D – Variação cambial (resultado) 23.200

C – Bancos (AC) 354.180

Como a melhor prática contábil recomenda que cada operação seja feita separadamente, inclusive para controle, solicitamos a alteração do gabarito da letra A para letra B ou a anulação da questão.

Gabarito preliminar: A.

 Contabilidade Geral – Prof. Feliphe Araújo -Questão 16 (Caderno do tipo azul)

A empresa brasileira MITNARO S/A, em abril de 2020, importou maquinário da empresa americana Strong Products-Inc, no valor de US$ 100.000,00. O maquinário foi instalado e ficou pronto para entrar em operação no mesmo mês, quando a taxa de câmbio vigente era: US$ 1,00 = R$ 3,3098. Nas condições negociais, ficou estabelecido que o pagamento seria a prazo e deveria ser efetuado no dia 02 de maio de 2020. No dia do efetivo pagamento da máquina importada, verificou-se que a taxa de câmbio era US$ 1,00 = R$ 3,5418 e que a empresa estava isenta do pagamento de IOF.

Considerando as informações disponibilizadas anteriormente, assinale o lançamento a ser efetuado em virtude do efetivo pagamento ao fornecedor estrangeiro.

330. A) D – Fornecedores estrangeiros – Strong Products-Inc (Passivo Circulante) R$ 330.980,00

D – Variações cambiais (Conta de resultado) R$ 23.200,00

C – Bancos – Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 354.180,00

354. B) D – Fornecedores estrangeiros – Strong Products-Inc (Passivo Circulante) R$ 354.180,00

C – Bancos – Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 354.180,00

307. C) D – Fornecedores estrangeiros – Strong Products-Inc (Passivo Circulante) R$ 307.780,00

D – Variações cambiais (Conta de resultado) R$ 23.200,00

C – Bancos – Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 330.980,00

354. D) D – Fornecedores estrangeiros – Strong Products-Inc (Passivo Circulante) R$ 354.180,00

C – Variações cambiais (Conta de resultado) R$ 23.200,00

C – Bancos – Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 330.980,00

Com base no CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, a aquisição dos ativos monetários (ex: moeda estrangeira) sofrerá variação cambial – registrada no resultado – devendo ser reconhecida inicialmente pela taxa de transação e no fechamento do BP pela taxa de fechamento.

Já a aquisição dos ativos não-monetário (ex: imóvel) mensurados pelo custo histórico será reconhecida inicialmente pela taxa de transação e depois não sofrerá ajuste de variação cambial.

1 – Contabilização inicial

Moeda estrangeira = 800.000 x 3,6688 = R$ 2.935.040

D – Disponibilidades em moeda estrangeira (AC) 2.935.040

C – Bancos (AC) 2.935.040

Imóvel no exterior = 500.000 x 3,8187 = R$ 1.909.350

D – Imóvel (ANC) 1.909.350

C – Bancos (AC) 1.909.350

2 – Contabilização subsequente

Moeda estrangeira = 800.000 x 4,0301 = 3.224.080

Variação = 3.224.080 – 2.935.040 = 289.040

D – Disponibilidades em moeda estrangeira (AC) 289.040

C – Variação cambial (resultado) 289.040

Observando as alternativas vemos que em nenhuma delas a banca considerou o reconhecimento da variação cambial no resultado, o que contradiz o mesmo CPC 02:

28. As variações cambiais advindas da liquidação de itens monetários ou da conversão de itens monetários por taxas diferentes daquelas pelas quais foram convertidos quando da mensuração inicial, durante o período ou em demonstrações contábeis anteriores, devem ser reconhecidas na demonstração do resultado no período em que surgirem, com exceção daquelas descritas no item 32.

A exceção do item 32 não cabe para esta questão.

Diante disso, por não ter alternativa correta, solicitamos a anulação da questão.

Gabarito preliminar: Letra A.

 Contabilidade de Custos – Prof. Egbert Buarque – Questão 20 (Caderno do tipo azul)

Prezada banca Consulplan, solicito a anulação da questão 20, pois o seu enunciado não deixa claro para o candidato qual classificação adotar para o item “Material Secundário – aviamentos (linha, zíperes etc) = R$ 17.000”.

Tais itens de custos, embora sejam custos diretos, são classificados pela doutrina como custos indiretos, devido ao elevado custo de controle para sua apropriação como custo direto, conforme lição do Professor Eliseu Martins (Contabilidade de Custos, p. 49, Ed Atlas). Essa escolha por classificar tais custos como indiretos resulta da análise custo vs benefício, uma vez que controlar itens de pequeno valor pode não compensar a melhoria da fidedignidade da informação contábil.

 Contabilidade aplicada ao setor público – Prof. Egbert Buarque – Questão 24(Caderno do tipo azul)

O gabarito preliminar indicado pela Douta Banca Examinadora estabelece como letra “c” a resposta correta, no entanto, ao analisar o enunciado percebe-se que a provisão a ser reconhecida contabilmente será de valor distinto. 

Segundo a NBC TSP 03 – Provisão, passivo contingente e ativo contingente e, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, da Secretaria do Tesouro Nacional, os cálculos da provisão serão realizados da seguinte forma:

Sendo assim, solicita-se à Douta Banca Examinadora a alteração do gabarito da letra “c” para a letra “d”, no valor de R$ 4.000.

Controladoria  – Prof. Rodrigo Machado – Questão 27  (Caderno do tipo azul)

Na administração por Centros de Responsabilidade, a empresa é dividida em unidades, cujos gestores têm seus próprios objetivos e o poder de decisão sobre os recursos que irão utilizar. Com base nesse conceito, suponha que a sociedade empresária produz e comercializa empadas, sendo dividida em dois centros de lucros: fábrica e comercial. A fábrica adquire os insumos do mercado e produz as empadas a serem comercializadas, depois repassa as empadas produzidas ao comercial, que faz a venda aos clientes finais. A sociedade empresária apresentou as seguintes informações sobre a fabricação e comercialização de seus produtos:

Considerando somente as informações apresentadas e utilizando a metodologia do preço de transferência baseado no preço de mercado, assinale a alternativa que apresenta o lucro operacional do centro de lucro comercial quando a empresa comercializa 100 empadas.

1. a) R$ 300,00
2. b) R$ 400,00
3. c) R$ 600,00
4. d) R$ 700,00

Solicita-se a anulação da questão por vício na elaboração e impacto adverso no julgamento objetivo pelos candidatos (as). O gabarito preliminar indicado pela Douta Banca examinadora indica a letra “b” como sendo a resposta correta. No entanto, o enunciado apresenta vício de elaboração, que induz o candidato ao erro na elaboração da resposta.

A tabela apresentada na questão possui os valores que devem ser considerados pelo candidato (a) para encontrar o gabarito e, dentre os dados de custos do centro de lucros comercial há:

Custos variáveis por unidade de empada, R$ 2,00; e

Custos fixos por unidade de empada, R$ 3,00.

Tais custos ao serem somados apresentam um total de R$ 5,00, contudo, a Douta Banca Examinadora apresentou como total o valor de R$ 4,00. O vício de digitação apresentado na tabela distorce os valores e impede o julgamento objetivo pelos candidatos (as). De fato, ao somar os custos chega-se ao gabarito preliminar indicado, no valor de R$ 400,00; no entanto, o candidato (a) que observar o total indicado pela própria banca para realizar os cálculos, terá um lucro operacional do centro de lucros comercial no valor de R$ 500,00. Nesse último caso, não há opção de resposta.

Diante do exposto solicita-se a anulação da questão por vício na elaboração e impacto adverso no julgamento objetivo pelos candidatos (as).

Direito Tributário – Prof. Cláudio Steinbruch Roisman– Questão 30 (Caderno do tipo azul)

Ilustríssima banca examinadora, o gabarito preliminar da questão objeto deste recurso deve ser alterado para a letra b, senão vejamos. A questão pede o que o contribuinte poderia ajuizar antes da constituição definitiva do crédito tributário. Pelo gabarito preliminar estaria correto o item III, mas no enunciado a questão pede antes da constituição definitiva do crédito. A execução fiscal ou sua propositura só podem ser feitas APÓS a constituição definitiva, nunca antes. De todos os cinco itens, o único que só pode ser feito pela Fazenda apenas após a constituição definitiva é justamente a execução fiscal.

Item I: certo. O contribuinte pode impugnar o auto de infração alegando erro na publicação da lei que institui o tributo.

Item II: certo. O contribuinte pode se insurgir contra um auto de infração baseado na ocorrência do fato gerador pelo legislador, visto que o fato gerador é ou seria praticado por ele, contribuinte.

Item III: errado. A questão pede o que o contribuinte pode alegar antes de constituído definitivamente o crédito tributário. A execução fiscal só ocorre após a constituição definitiva desse crédito.

Item IV: certo. O contribuinte pode se insurgir contra o lançamento fiscal.

Item V: errado. O contribuinte pode se insurgir também contra a imposição de multa. Já a inscrição em dívida ativa também só pode ser feita após a constituição definitiva do crédito.

Assim sendo, peço a troca de gabarito de letra C para a letra B .

Matemática Financeira e Estatística – Prof. Thiago Fernando – Questão 31 (Caderno do tipo azul)

Gabarito Preliminar: B
Comentário:

Pela equação dos juros compostos, temos:

M=C⋅1+it=1500⋅1+0,015=1500⋅1,015

Fazendo as contas com uma calculadora, temos:

M≅1500⋅1,05101=1576,51

 Teoria da Contabilidade – Prof. Luiz Eduardo – Questão 35 (Caderno do tipo azul)

Prezados Srs., encaminho este recurso para requerer a anulação da questão de n° 35 da prova azul, pela falta de informações, no enunciado, que levassem a uma única resposta de forma inequívoca, conforme a seguir é esclarecido.

No enunciado, são apresentados 7 fatos contábeis ocorridos na empresa Aral Ltda., a partir de sua constituição, a saber:

1. Constituição da empresa, com integralização de capital em dinheiro e mercadorias
2. Aquisição de mercadorias para revenda, a prazo
3. Venda de 50% das mercadorias em estoque, para recebimento à vista de metade
4. Recebimento de 50% do saldo de “duplicatas a receber” com desconto de 5%
5. Liquidação de 50% do saldo de fornecedores com desconto de 10%
6. Pagamento de Salários
7. Apuração do resultado do exercício

Em seguida, é pedido o valor da “Reserva de Lucros”.

Pois bem, de acordo com o gabarito preliminar, a resposta é o valor do próprio lucro apurado, em decorrência dos 7 fatos contábeis descritos no enunciado, conforme a seguir:

Repara-se, entretanto, que os fatos descritos no enunciado terminam com a apuração do resultado e não permitem o cálculo seguro de um valor para reserva de lucros.

Registre-se que não há disposição normativa que permita concluir que o lucro do período tenha sido inteiramente destinado à formação de reservas de lucros.  Isso, porque, no presente caso, de empresa limitada, o lucro pode ser alternativamente: (1) distribuído aos proprietários, (2) utilizado para aumento de capital, (3) mantido na conta “lucros e prejuízos acumulados”, não se lhe aplicando o disposto no art. 202, § 6º da Lei n° 6.404, de 1996, ou (4) destinado à formação de “reserva de lucro”.

Em suma, faltaram informações para concluir que o lucro teria sido inteiramente destinado à formação de reservas de lucro.  Por esse motivo, não havendo dados suficientes para verificar quaisquer das opções como inequivocamente correta, pedimos a anulação da questão.

Resumo do Edital do Exame CFC 2021.1