É preciso esclarecer, para quem não está familiarizado, o que é um Grand Slam.
Os Grand Slams são apenas quatro torneios de tênis que possuem uma premiação e uma importância enorme entre as mais de dezenas de torneios que acontecem no circuito anualmente pelo mundo.
Todos param para assistir em janeiro o Aberto da Austrália. Em seguida, no mês de maio, existe o charmoso Roland Garros, na França. Depois vem em julho, na Inglaterra, o torneio no piso de grama de Wimbledon. E, no final do ano, no mês de setembro, o US Open nos Estados Unidos.
Quem conquista um torneio desses fica consagrado na história. Faz história no mundo do tênis. É o auge da carreira de qualquer atleta.
Mas o que o tênis tem a ver com concurso público?
Tudo a ver.
Aqui estão as maiores semelhanças que pude notar:
SEMELHANÇA 1: “STAY FOCUS” TODO O TEMPO
Sim, parece muito simples: “Permaneça focado.” Fazer isso, na prática, é complicado.
Nós somos tomados por pensamentos na hora da prova:
– “Será que essa eu marquei errada?”
– “Estou achando que isso é pegadinha da banca…”
– “Esse tipo de questão não deveria estar aqui, parece que a banca não leu o escopo do conteúdo do edital…”
Esses e outros tipos de pensamento podem chegar e tomar conta dos nossos sentimentos. Eles surgem por alguns segundos e podem ser cruciais para nos abalar por um longo tempo de prova.
Creio até que a banca coloque algumas questões ou utilize algumas expressões com o intuito de tirar o foco.
Portanto, não deixe nada tirar o foco e mantenha-se intacto ou intacta.
SEMELHANÇA 2: A EXPERIÊNCIA TAMBÉM IMPORTA
O que eu chamo de um jogador de tênis experiente é o mesmo de um concurseiro que já esteve algumas vezes naquela pressão e naquela situação de estresse que é fazer uma prova de concurso.
Raramente um jogador estreante em final de Grand Slam leva o título de primeira. O mesmo vale para concurso público. Se você pensar que vai ser aprovado na primeira prova que disputar, ou seja, na primeira preparação, pode se frustrar.
Poucos tenistas conseguiram esse feito, por exemplo o caso de Guga Kuerten. Em 1997, o brasileiro surpreendeu o mundo não somente por estar fora da lista dos cabeças de chave, mas também por ser o então 66º do ranking. Antes de Guga, nenhum tenista havia se sagrado campeão de Roland Garros com um ranking tão baixo.
SEMELHANÇA 3: O TIME DE APOIO E A FAMÍLIA ESTÃO SEMPRE ACOMPANHANDO
Os vencedores de Grand Slams levam realmente um time inteiro de pessoas ao torneio para darem o apoio necessário.
Isso é parecido com um concurseiro de alto rendimento que está preparado para passar no concurso.
Sempre há aqueles que são o apoio moral e mental do concurseiro vencedor.
Os vencedores se apoiam em um coach, um mentor, os pais, o companheiro, a companheira, os filhos, os amigos, alguém da família. Há sempre alguém em quem se possa confiar e com quem aquele concurseiro pode contar para dividir as glórias ou as derrotas.
Pense nisso!
SEMELHANÇA 4: ESTEJA PREPARADO PARA UMA MARATONA
Uma partida de tênis de Grand Slam costuma durar de 1 a 3 horas a depender do quanto se avança no torneio, mas as finais costumam chegar facilmente na casa das 4 a 5 horas de duração. Como as partidas são disputadas em até 5 sets, quem fizer primeiro 3 sets ganha.
Não é raro de acontecer finais de cinco horas de puro esforço em quadra. Isso tem se tornado cada vez mais constante. Jogadores competitivos não fazem partidas rápidas ou protocolares. Eles querem aquele título custe o que custar.
Para você ter uma ideia, na final do Aberto da Austrália entre Nadal e Daniil Medvedev, foram necessárias 5h24 de partida para Nadal se consagrar com o seu 21º título.
Acontece algo semelhante nos concursos. Grandes cargos exigem horas e horas de concentração nas questões. As bancas demandam cada vez mais empenho. Os concursos mais concorridos, como área de controle, área fiscal e carreiras jurídicas, possuem dois turnos de prova no mesmo dia. Há ainda a divisão por tipo de prova. Prova objetiva em um momento, prova discursiva em outro momento. Prova orais, provas práticas. São muitos os momentos que a banca quer que você seja testado.
SEMELHANÇA 5: UM CAMPEÃO TREINA PARA SUPERAR FRAQUEZAS
O empenho que é visto em horas e horas de simulados, questões, revisões também é parte do esforço e da receita para se consagrar.
Vale tanto para o tênis como para a preparação em concursos. Aquela velha frase clichê que diz: “Se me dessem 8 horas para cortar uma árvore, eu investiria 7 horas afiando o meu machado.”
Assim como no tênis, não há confiança se você não sabe bem empregar os golpes, a capacidade, a técnica.
É preciso utilizar os treinamentos para saber onde estão seus pontos fracos, identificá-los sem medo e reverter o quadro. Uma mentalidade de campeão é aquela em que se sabe onde estão as fraquezas e se luta para revertê-las em vantagem competitiva.
Por exemplo, o tenista escocês Andy Murray tinha um estilo de jogo considerado bastante defensivo, atuando mais no fundo de quadra. Ele percebeu que ficava em situações complicadas durante algumas partidas ou até perdia torneios importantes por causa dessa característica de se manter na defensiva demasiadamente. Por isso, de uns anos para cá, ele mudou essa fraqueza e treinou a parte que estava faltando no seu jogo: a agressividade e as subidas à rede.
Treinou, treinou e aperfeiçoou. Colocou um ingrediente que faltava no seu jogo e passou a ser um dos tenistas com mais efetividade nas subidas na rede. No jogo que fez na segunda rodada no Aberto da Austrália em 2023 contra o grego Thanasi Kokkinakis, ele subiu à rede 53 vezes e conseguiu conquistar o ponto em 45 oportunidades.
Antes não havia essa frequência de subida à rede e sua agressividade era baixa comparada aos ataques. Agora está equilibrado e efetivo. Com humildade, ele soube, nos treinamentos, aperfeiçoar o que estava faltando.
CONCLUSÃO
Estar preparado para o cargo de seus sonhos não é uma arte ou simplesmente questão de dom ou de genialidade, mas sim o resultado de uma intensa preparação dia após dia que, se levada com disciplina, foco e determinação, pode e deve um dia levar você ao ponto mais alto do pódio.
Só quem estuda para concurso passa por todas essas provações e sacrifícios. Espero que essas cinco semelhanças façam você perceber que tem que praticar muito esse esporte chamado concurso público para chegar ao topo e concluir sua jornada.
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Foco na missão, guerreiro!
Você é capaz.
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Para quem não me conhece: Sou Bruno Pimentel, Auditor Federal de Finanças e Controle (AFFC) do Tesouro Nacional.
Realizo coaching no Gran. Sou da equipe de estrelas do GranXperts. Sou membro da Sociedade Latino Americana de Coach (SLAC) e certificado em coaching, a certificação Professional Coach Certification (PCC®).
Tenho 12 anos de experiência como servidor público federal, logrando êxito em diversos certames federais e estaduais com as bancas: Cespe/Cebraspe, FCC, FGV e ESAF.
Possuo mestrado e sou especialista em discursivas com foco em Estudos de Caso e em Peças Técnicas: elaboro temas, corrijo textos e dou consultoria no tema.
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