Saudações concurseiras! Com este post, damos sequência à saga iniciada com o post https://blog.grancursosonline.com.br/analise-de-negocio-para-a-stn/. Se no post passado (https://blog.grancursosonline.com.br/analise-de-negocio-para-a-stn-bpm/), analisei com você como que a FGV cobra Gerenciamento de Processos de Negócio, no post de hoje vamos conversar sobre o Guia BABOK, que é o item 6 do conhecimento específico de Análise de Negócio.
Infelizmente, nossa conversa não terá resolução de questões da FGV sobre BABOK, pelo simples fato de elas não existirem! 😮 Vamos navegar por águas nunca d’antes exploradas. As questões de outras bancas, versam sempre sobre conceitos básicos, elementos e áreas de conhecimento. Com isso, as duas figuras deste post vão ajudar você a memorizar os principais aspectos do BABOK – além, os resumões de bullets apoiam no entendimento.
A Análise de Negócios
A análise de negócios é a prática de habilitar mudanças em uma organização, definindo necessidades e recomendando soluções que ofereçam valor aos stakeholders. A análise de negócios habilita que uma organização articule as necessidades e a lógica da mudança, e que desenhe e descreva soluções que possam agregar valor. Ainda, a análise de negócios é realizada em uma variedade de iniciativas dentro de uma organização – sejam estratégicas, táticas ou operacionais.
O Analista de Negócios
Um analista de negócios é qualquer pessoa que realize as tarefas de análise de negócios, independentemente de seu cargo ou função na organização. Os analistas de negócios são responsáveis por descobrir, sintetizar e analisar informações de uma variedade de fontes, incluindo ferramentas, processos, documentação e stakeholders.
O Guia BABOK
O BABOK – Business Analysis Body of Knowledge compila as competências essenciais do analista de negócios para garantir o entendimento claro dos requisitos que mais agregam valor ao negócio e que o escopo do produto final seja aderente às necessidades que originaram o projeto.
Lembrando que, como todo “BoK”, ou Body of Knowledge (Corpo de Conhecimento), o BABOK não é prescritivo. Isso significa que ele não traz uma “receita pronta” do que o analista de negócios deve fazer, não devendo ser considerado uma metodologia. O corpo de conhecimento compila o conhecimento daquela área, cabendo ao analista de negócio decidir quando deve usá-lo.
Elementos do BABOK
O BABOK é composto por seis elementos inter-relacionados, que são chave para as iniciativas de análise de negócios. São eles: solução, contexto, valor, stakeholder, necessidade e mudança. A imagem a seguir ilustra esses elementos e as inter-relações, funcionando como um mapa conceitual, atribuindo um significado a cada relação. Esse esquema é bom para estudar e fixar o conhecimento.
Um resumão dos elementos, em formato de bullets:
- Mudança: serve para melhorar o desempenho de uma corporação. Essas melhorias são deliberadas e controladas por meio de atividades de análise de negócios.
- Necessidade: podem causar mudanças, motivando os stakeholders a agir. Mudanças também podem causar necessidades ao reduzir ou aumentar o valor entregue por soluções existentes.
- Solução: satisfaz uma necessidade por meio da resolução de um problema enfrentado pelos stakeholders ou habilitando os stakeholders a aproveitar uma oportunidade.
- Stakeholders: são frequentemente definidos em termos de interesse, impacto e influência sobre a mudança. Os stakeholders são agrupados com base em sua relação com as necessidades, mudanças e soluções.
- Valor: pode ser visto como retornos potenciais ou realizados, ganhos e melhorias. Também é possível haver uma diminuição no valor sob a forma de perdas, riscos e custos.
- Contexto: As mudanças ocorrem dentro de um contexto. O contexto é definido pelas circunstâncias que influenciam, são influenciadas e proporcionam compreensão da mudança.
Áreas de Conhecimento do BABOK
O BABOK está organizado por áreas de conhecimento e tarefas. Em resumo, são 6 áreas de conhecimento com 30 tarefas distribuídas por elas. Essas tarefas são necessárias para uma análise de negócios efetiva, sendo que várias técnicas são recomendadas para a saída na forma de artefatos/documentos. A figura a seguir sintetiza as áreas de conhecimento e as tarefas.
Um resumão das áreas de conhecimento em bullets:
- Planejamento e Monitoramento de Análise de Negócios – descreve as tarefas que organizam e coordenam os esforços dos analistas de negócio e stakeholders.
- Elicitação e Colaboração – descreve as tarefas que os analistas de negócios realizam para obter informações dos stakeholders e confirmar os resultados.
- Gerenciamento do Ciclo de Vida de Requisitos – descreve as tarefas que os analistas de negócios executam para gerenciar e manter as informações de requisitos e design desde o início até sua desativação.
- Análise da Estratégia – define a maneira mais eficaz de aplicar os recursos de uma corporação para atingir um conjunto desejado de metas e objetivos.
- Análise de Requisitos e Definição de Design – descreve as tarefas que os analistas de negócios executam para estruturar e organizar os requisitos descobertos durante as atividades de elicitação, especificar e modelar requisitos e designs, validar e verificar informações, identificar opções de soluções que atendam às necessidades de negócio e estimar o valor potencial que poderia ser realizado para cada opção de solução.
- Avaliação da Solução – descreve as tarefas que os analistas de negócios executam para avaliar o desempenho e o valor fornecido por uma solução em uso pela corporação e para recomendar a remoção de barreiras ou restrições que impeçam a plena realização do valor.
Ufa! Esse voo panorâmico sobre o BABOK com foco na FGV, com o destino da STN foi curto, mas espero proveitoso! ☺ Tente “fotografar mentalmente” as duas figuras deste post. Elas sintetizam os aspectos mais relevantes do BABOK e podem servir para uma rápida revisão antes da prova.
Nossa saga terá sequência no próximo post, no qual vou abordar sobre Engenharia de Requisitos, em especial seus conceitos e as ferramentas e técnicas para elicitação, especificação e gerenciamento dos requisitos. E esse tópico é A-DO-RA-DO pela FGV.
Vamos em frente! Rumo à aprovação!!
Fernando Escobar
Doutorando em Tecnologias e Sistemas de Informação pela Universidade do Minho, em Portugal, com pesquisas relacionadas a gestão de projetos/processos, transformação digital e blockchain aplicados ao setor público.
Mestre em Computação Aplicada pela Universidade de Brasília (UNB), com linha de pesquisa em Gestão de Riscos. Também possui Especialização em Gestão Pública pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).
Entre 05/2010 e 07/2016, como Servidor Público Federal, foi Analista em Tecnologia da Informação, vinculado à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), tendo exercido as funções de chefe de divisão, coordenador, coordenador-geral, assessor técnico e diretor, em alguns órgãos do Executivo Federal em Brasília.
Desde 08/2016, é Servidor da Justiça Federal, do cargo de Analista Judiciário, especialidade Informática, do quadro do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1a Região.
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