Você já deve ter se perguntado algumas vezes “Quem eu sou? O que estou fazendo no mundo? Qual o meu propósito?”, mas talvez nunca tenha tomado a consciência de que a resposta a essas questões é fundamental para a sua aprovação em um concurso público ou mesmo para qualquer outra meta que estabeleça para si.
É normal que cada uma/um de nós acredite se conhecer. “Ora, como assim, ‘quem eu sou?’. Eu sou eu, oras.” Mas quais são os seus verdadeiros “eus”? Para a nossa aceitação e convivência em família, em grupo, em sociedade, terminamos criando diversas camadas, usando tantas máscaras, que nos perdemos do nosso “verdadeiro” eu.
Quem é você quando ninguém está observando? Você realmente se conhece? Ou apenas conhece seu “eu social” ou, como alguns gurus preferem chamar, seu “falso eu”? Particularmente, sou contra essa nomenclatura de “falso eu”. Nosso “eu social” é tão real quanto o nosso eu interno, solipsista. Nossa unidade é uma ficção. Somos várias(os). Mas você sabe disso?
É comum escutar alguma mãe questionando: “Ele é comunicativo e extrovertido? Sério? Mas você está falando do meu filho mesmo? Do Joãozinho? Sim!!! Nossa, mas em casa ele quase não fala com ninguém”. Também não é raro ouvir algum relato que te choca profundamente e faz você pensar: “Mas como essa pessoa tão dócil e amável pôde cometer um ato de violência como esse? Eu nunca imaginei que ela pudesse fazer mal a uma barata!”. E pior (ou melhor), muitas vezes você se pega pensando: “Nunca imaginei que eu teria uma reação como aquela! Eu não me reconheci”.
Essas situações são mais cotidianas do que vocês imaginam. E o que eu quero dizer com isso? Quero dizer que sequer nos conhecemos. Mas o autoconhecimento é fundamental para que você consiga atingir seus principais objetivos de vida. De nada adianta horas e horas de estudo se você não atua de acordo com a melhor estratégia. E não existe estratégia única, pois somos seres diversos, multifacetários e individuais. O que funciona para mim pode muito bem não funcionar para você.
Em outras palavras, para conseguirmos o famoso “sucesso” em qualquer esfera da nossa vida, devemos mergulhar em nós profundamente. Essa é uma tarefa árdua, mas necessária. Nesse mergulho, veremos o nosso eu despido de suas máscaras, com suas sombras e suas luzes, com o melhor e o pior de nós. Na maioria das vezes, voltamos à superfície sem conseguir nos encarar realmente, pois dentro de nós existe muito do que não queremos ver.
Mas temos que ter coragem, minhas caras e meus caros. Dentro de cada uma/um de nós está a resposta para tantas e tantas perguntas angustiadas que, em vão, buscamos soluções no exterior: “Quando vou ser feliz?”, “Qual carreira devo seguir?” ou “O concurso público é realmente meu caminho?”. Ninguém pode responder isso por você. Parece clichê, mas muitas das respostas que você precisa estão essencialmente em você.
Quais são as suas melhores qualidades? Seus pontos fortes? O que te diferencia? Quais são os seus piores defeitos? O que te deixa na desvantagem? O que você não confessa nem para si mesma(o)? Qual a sua potência?
Só conhecendo o seu verdadeiro potencial, bem como os seus processos de autossabotagem, você se tornará capaz de reconhecer e atingir o seu verdadeiro propósito.
Como assim, autossabotagem? Isso mesmo, meu amor. Geralmente, você é sua/seu pior inimiga(o). Já ouviu falar em crenças limitantes? Quando olhamos para nós e dizemos: “Eu não sou capaz”. Costumo dizer: você sempre está certa(o). Quando você diz que pode ou que não pode, você está certa(o). Caso você alimente a crença de que é incapaz, ela irá prevalecer.
O copo está meio cheio ou meio vazio? Qual dos seus “eus” você quer alimentar? O que acredita em si ou o que te julga incapaz? Apenas um deles irá sobreviver. Eis a “lei da selva”.
Chiara, você falou, falou, mas não me respondeu: “Como eu devo estudar? O que eu devo fazer para ser aprovada(o)?”. Respondo você perguntando: quem é você? Você é a pessoa que não aprende tão rápido quanto gostaria, mas que tem disciplina suficiente para estudar todos os dias, nos mesmos horários, seguindo uma rotina espartana? Ou você é aquela pessoa que não consegue passar mais de 30 minutos concentrada em uma videoaula? Mais: você é aquela pessoa que tem vontade de sair correndo após 15 minutos de estudo? Ou você é aquela pessoa que, no meio do parágrafo, pensa: “Qual a razão de me dedicar a isso, eu nunca vou conseguir mesmo”. Quem é você?
Para cada ser existe um meio diferente para alcançar um fim. Por isso, não acredito em fórmulas universais para aprovação, em táticas mágicas para o sucesso.
“Chiara, e como eu posso me conhecer? Eu não consigo só”. Ah, colega, são tantos os caminhos que você pode trilhar, da religião à ciência, existem várias técnicas que podem te ajudar, caso você não consiga mergulhar sozinha(o) em si. Exemplos tais como: psicologia, psiquiatria, reiki, constelação familiar, astrologia, numerologia, DISC, meditação, mindfulness, raja yoga, autofeedback, roda da vida, linha da vida, oração etc. etc. etc.
“Eu não sei por onde começar, o que você recomenda, Chiara?”. Agora sou obrigada a dizer: “contrate um coach”.
Abraço e boa sorte na caminhada.
Chiara Ramos
Doutoranda em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Clássica), em cotutoria com a Universidade de Roma – La Sapienza. Graduada e mestra em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Procuradora Federal. Membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB-PE. Prof.ª de Direito Administrativo e Teoria Geral do Direito.
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