Olá pessoal! Tudo bem? Sou a professora Débora Juliani, farmacêutica, especialista em Análises Clínicas e faço parte do time de professores do Gran Cursos Saúde.
Este será praticamente um artigo de “utilidade pública” pois aposto que se você, meu amigo (a) farmacêutico (a) que não trabalha diariamente com isso, tivesse que classificar as cefalosporinas em 1ª, 2ª, 3ª e 4ª gerações, valendo um milhão de reais, iria dar aquela “agarrada”, isso se não perdesse o prêmio… Brincadeiras à parte, os nomes são tão parecidos que realmente confunde a nossa cabeça!
Tenho que confessar, inclusive, que a motivação deste artigo surgiu quando eu mesma me peguei avaliando um antibiograma cuja bactéria apresentava sensibilidade a algumas cefalosporinas e resistência a outras, e ao analisar as gerações, tive um momento de dúvida. Foi aí que resolvi elaborar um método (e consequentemente um artigo) que ajudasse todos os farmacêuticos (e médicos e enfermeiros também, é claro), a associar facilmente a geração aos seus representantes! Ótimo, não é mesmo?
Então vamos começar relembrando alguns conceitos básicos sobre esta classe de antimicrobianos?
Cefalosporinas são antibióticos com ação bactericida (causam a morte de bactérias, em contraste, por exemplo, aos bacteriostáticos, que apenas inibem o crescimento das bactérias no meio). Por serem do grupo dos β-lactâmicos (ampla classe de antibióticos, que inclui a penicilina e seus derivados), seu mecanismo de ação consiste na inibição da síntese da parede celular bacteriana.
As cefalosporinas são divididas em 5 gerações. Aqui no Brasil a quinta geração ainda não está disponível, portanto, não vamos abordar as drogas dessa geração nesse artigo (mas quem sabe em uma atualização no futuro?)
Dentre as cefalosporinas de 1ª geração, temos medicamentos de via oral, Cefalexina e Cefadroxil, e por medicamentos de via parenteral, Cefalotina e Cefazolina. Possuem um espectro de ação mais estreito, basicamente contra alguns Gram-positivos e poucos Gram-negativos (como as enterobactérias). Por isso se restringem ao tratamento de ITUs não complicadas e infecções de pele, por exemplo.
E aí vem a dica para não se confundir: observe que todas as cefalosporinas começam com o prefixo CEF. Logo após, para as cefalosporinas de 1ª geração, sempre teremos a letra A (CEFAlexina, CEFAdroxil, CEFAlotina e CEFAzolina) ok?
Na 2ª geração, o espectro de ação se amplia dentro os cocos Gram-positivos (como o pneumococo) e, é claro, permanece a cobertura contra as enterobactérias dentre os Gram-negativos. No caso das cefalosporinas de 2ª geração, após o prefixo CEF, teremos a letra O (CEFOxitina) ou a letra U (CEFUroxima).
As drogas de 3ª geração são as mais utilizadas na prática médica. Suas três representantes têm um espectro de ação que se amplia para mais gêneros e espécies de Gram-negativos, e o melhor: penetram a barreira hemato-encefálica, por isso são usadas no tratamento das meningites!
Para elas, a dica para não se confundir é a seguinte: após o prefixo CEF, para as drogas de 3ª geração teremos a letra T (CEFTriaxona e CEFTazidima). Mas atenção para a CEFoTaxima, ela pode te induzir ao erro de classificá-la como 2ª geração devido à letra O logo após o prefixo CEF. Não se deixe enganar, olhe para a letra T e “corra para o abraço”!
Por fim, na 4ª geração, a principal droga (que existe no Brasil) é o CEFEpime (já percebeu que logo após o prefixo CEF, teremos a letra E, não é mesmo?). Esta cefalosporina destaca-se por seu amplo espectro, com ótima cobertura contra Gram-negativos e Gram-positivos. E o principal: boa ação contra Pseudomonas, ok?
Gostou das dicas? Espero que sim! E espero principalmente que você continue firme em seus estudos com o time do Gran Saúde. Temos cursos on line voltados para os editais dos principais concursos e residências do Brasil e estamos prontos para lhe ajudar a conquistar a sua tão sonhada vaga.
Um forte abraço e até a próxima!
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