A bacharel em Direito Larissa Maciel Diniz, de 25 anos, foi aprovada em 2º lugar no cargo de Técnico Judiciário (Área Administrativa) do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Para conseguir o bom desempenho, que somou 90% de acerto na prova, a aluna praticou o autoconhecimento e encontrou uma técnica adequada para si, persistiu e, agora, compartilha um pouco da experiência que adquiriu com a aprovação.
Incentivada pelo pai, a aluna começou a estudar com foco total há dois anos, em 2016. “Escolhi a carreira pública por incentivo do meu pai, que venceu por meio do estudo e se tornou militar do exército e sempre motivou a mim e ao meu irmão a seguir os passos dele”, conta. Além disso, teve experiências que lhe permitiram entender um pouco mais sobre a área. “Na faculdade, estagiei no TJMS (Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul) e no MPF (Ministério Público Federal), e isso foi aumentando em mim a certeza de que a minha vocação é servir à sociedade por meio do serviço público”, acrescenta.
Logo no início, Larissa se deu conta de que não conseguiria se preparar bem se não decidisse uma área específica. “Quando comecei a estudar, eu não tinha foco e eu tinha aquele pensamento muito comum de que é possível estudar para qualquer concurso. Mas com o tempo, fui vendo que isso não daria certo e escolhi como foco principal as carreiras legislativas. Mesmo gostando muito, deixei as carreiras de tribunais de lado por um tempo”, esclarece. “Desde então, estudei para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), mas não deixei de fazer concursos semelhantes que foram aparecendo no meio do caminho, o que é muito importante para manter a alta motivação e se acostumar com a dinâmica do dia da prova”.
Apesar de ter se decidido pela CLDF, com o concurso suspenso, Larissa não queria perder tempo. Pouco tempo depois, viu que o concurso do TST estava aberto e que seria organizado pela mesma banca organizadora da CLDF, a Fundação Carlos Chagas (FCC), e decidiu inscrever-se. “Eu ia fazer essa prova [do TST], inicialmente, como um termômetro do meu desempenho para a prova da CLDF, que seria um mês depois da data da prova do TST. Entretanto, esse concurso do legislativo distrital foi suspenso. Com isso, pensei em aproveitar a oportunidade para focar na prova do TST”, explica a aprovada. “É importante frisar que só fiz essa mudança de rumos porque os editais eram conciliáveis, e eu já tinha uma boa base nas matérias comuns, além disso, o concurso da CLDF tinha algumas chances até de ser anulado – como efetivamente ocorreu. Decisões assim devem ser tomadas com muita cautela e sensatez”, justifica.
Método de estudo
Larissa, diferentemente de alguns alunos, não gosta de fazer resumos ou assistir a videoaulas. Ela preferia ler os conteúdos por meio de apostilas e se aprofundar em outras técnicas. “Aprender como estudar de um jeito que funcione para mim foi essencial, e assim, meu método de estudo consiste muito em leitura, releitura, revisão, resolução de exercícios e também faço mapas mentais para algumas matérias. Evito resumos porque não funcionam comigo. Uso videoaulas apenas quando necessário”, conta.
Segundo ela, é essencial “não ter preguiça de ler”. “Tem gente que tem [preguiça], tem que ter esse contato com a leitura, pode ser PDF, lei seca, que é essencial, fazer muitas questões e confiar no que você está fazendo, porque se você não acreditar será desmotivador”, recomenda. E a aluna ainda reforça: para ela, conseguir bons resultados precisa desse segredo: “leitura, leitura, leitura, muita leitura”.
Outra tática era treinar o tempo de execução dos exercícios para que, dessa forma, chegasse no dia da prova mais confiante para responder tudo sem correr e deixar passar qualquer erro. “Eu vinha treinando muitas questões e ia vendo o tempo que eu demorava. Cerca de 70 questões eu fazia em 1h30”, diz. Assim, ela praticava para separar o tempo ideal de prova: duas horas para as questões e uma hora para a redação. Para a etapa discursiva, ela treinava uma vez por semana ou pelo menos a cada 15 dias pegando temas de provas anteriores, sempre estudando os temas que já caíram.
Rotina de estudo
Larissa estava decidida a ser aprovada em um concurso público e, para isso, dedicou-se somente aos estudos. “Escolhi não trabalhar, por ter apoio em casa sobre essa possibilidade, e assim me dediquei exclusivamente a esse sonho”. Então, preparou seu cronograma de acordo com a situação que levava e não parou até ser aprovada.
Na rotina de estudos, a concursanda motivava-se por meio de metas. “Eu batia meta e dizia ‘hoje vou ler tais matérias’ e geralmente levava mais ou menos o mesmo tempo [por dia]”, conta. “Estudava cerca de duas matérias por dia”, completa. Em relação aos horários, Larissa intensificava a preparação durante a semana, principalmente quando percebia que estava mais produtiva e diminuía quando a semana chegava ao fim. “Com o tempo, adquiri boa base nas matérias comuns a muitos concursos. Antes e depois do edital, minha rotina durava cerca de seis horas líquidas por dia, variando até oito horas em dias muito bons no qual não estava cansada. Isso, todos os dias, de segunda a sábado, deixando o domingo inteiro para descansar”, explica.
Material de apoio
Decidir dedicar-se para concursos não é tarefa fácil. Por isso, ter o apoio de bons materiais e ajuda profissional é uma boa tática. A aprovada tinha dificuldades em algumas disciplinas e, por isso, encontrou no Gran Cursos Online o que faltava para alinhar seu método de estudo às necessidades que encontrava ao longo da preparação. “A nova funcionalidade de PDFs era exatamente o que eu queria, porque combina com meu método de estudo”, aponta. “O Gran Cursos Online foi essencial nessa preparação, pois em 2017, ganhei uma assinatura ilimitada no site por meio dos simulados oferecidos de graça. Como eu não tinha material para matérias específicas, como Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, Direito das Pessoas com Deficiência e Regimento Interno, além de outras, pude fazer um curso focado no edital do TST”, explica. “Vale destacar que a didática dos professores Gervásio Meireles, Luis Telles, Carlinhos Costa e Aragonê Fernandes ajudou demais a vencer dificuldades com os assuntos mais problemáticos desse concurso. De nada adiantaria ter uma boa base nas outras matérias se não tivesse dominado também as matérias nas quais não tive nenhum contato ou tinha muita dificuldade”.
Concursos: uma jornada de autoconhecimento
Quem escolhe seguir pela estrada dos concursos públicos, logo percebe que essa caminhada não diz respeito apenas aos conteúdos do edital que é preciso dominar. Também é uma caminhada de compreensão emocional, autoconhecimento e autocontrole. “O mais difícil na caminhada foi lidar com os sentimentos de frustração, de ansiedade e de insegurança que às vezes pipocam na mente”, lembra Larissa. “Lidar comigo mesmo, todos os dias, mostrou para mim que essa jornada realmente é você contra você mesmo”, argumenta. “Porém, tudo se torna mais fácil quando você entende que existem coisas que não podem ser mudadas e existem coisas que você pode mudar”.
“Seja forte, corajoso (a) e considere sempre seus sonhos maiores do que qualquer problema que você tiver, e você chegará até eles mais forte e mais merecedor de todas as coisas boas que vierem”
O desafio está em confrontar-se consigo mesmo diariamente, independente do número de horas de estudo. “Também é importante acreditar em si mesmo, acreditar nas suas escolhas e no seu método. Para os que querem chegar aqui, eu digo: trabalhe duro todos os dias da sua vida, porque isso derrota o dom natural de outras pessoas. Mas de nada adianta trabalhar duro se você não confiar. Acredite na sua capacidade e no seu potencial, nem que você tenha que repetir isso para si mesmo toda vez que acordar de manhã. Seja forte, corajoso (a) e considere sempre seus sonhos maiores do que qualquer problema que você tiver, e você chegará até eles mais forte e mais merecedor de todas as coisas boas que vierem”, aconselha.
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