Quando decidimos ser servidores públicos, considerando tudo que isso implica, o primeiro passo já foi dado, o desejo ínsito, a vontade de dar um rumo diferente à própria história. Por esse sonho é que devemos ser guiados, e, para tanto, devem ser traçadas metas e verdadeiros planos de ação, que serão os instrumentos que proporcionarão esse movimento, essa transformação, o transporte do estado atual ao estado onde se quer chegar, onde se quer estar e ser.
Assim, ante seu propósito, devem ser colocadas em prática todas as ações para que o primeiro passo não seja sonhar por sonhar – importante não ser um fim em si mesmo. Sonhar é necessário e é o que nos move, mas, aliados a ele, devem vir a atitude, a proatividade, que se traduzem em planejamento, disciplina e tudo que envolve um verdadeiro processo, qual seja, “um conjunto ordenado de passos sucessivos para chegar a um objetivo”, que, por vezes, pode parecer longo, mas necessário e inevitável no atingimento do ora desejado.
E por onde começar esse processo? Qual o primeiro passo a ser dado?
Podemos dizer que tudo parte de um princípio básico: organização, que, por sua vez, demanda disciplina, que demanda dedicação, que demanda tempo. O que pode até parecer perda desse mesmo tempo, na verdade, será a maior aliada de quem deseja alcançar um objetivo, qualquer que seja ele, pois a organização, ao contrário do que se pode pensar, não nos faz perder tempo precioso, mas, ao contrário, ela se torna fator preponderante nesse cenário; organizar-se é um passo essencial de qualquer processo. Traz clareza, cadência e continuidade sem abruptas interrupções e ruídos que podem surgir quando se está diante de um cenário que não dispõe de sistematização. Não estamos falando de exageros ou de um aprisionamento metódico, mas de princípios básicos no atingimento dos objetivos traçados.
Dessa forma, em posse de uma postura consciente, organizada e voltada para o objetivo, o segundo passo a ser dado, uma vez que o primeiro é o próprio sonho, se traduz na necessidade de enxergar a si próprio, em que condição atual se está, onde se situa e onde se quer chegar. Necessárias se fazem perguntas como “O que quero em termos práticos?”, “O que desejo neste momento para mim mesmo?”, “Onde pretendo chegar?”, pois somente em posse dessas informações o processo de conquista poderá se iniciar e seguir adiante.
Tendo em mente as respostas às perguntas mencionadas, a pessoa que se dispõe aos estudos deve fazer uma avaliação real de quanto poderá efetivamente se dedicar aos estudos e, dessa forma, deve alocar, em um quadro, uma planilha, sua real disponibilidade, ou seja, quanto do seu dia, da sua semana, do seu mês poderá deixar reservado aos momentos de estudos. E, voltando na mesma tecla, esse passo não toma tempo; ao contrário, o poupa, pois é de extrema importância que você já saiba o que será estudado no dia, em que horário estudará, quanto tempo irá estudar determinada disciplina e com que regularidade voltará a vê-la; além de ter controle sobre o ciclo de estudos e se ater ao fato de que não deve ficar muito tempo estudando apenas um mesmo conteúdo, haja vista pesquisas indicarem que nosso cérebro não retém muito mais conteúdo estando muito tempo focado no mesmo assunto. Assim, a rotatividade, a divisão das disciplinas em blocos, é muito importante. Dessa forma, algo essencial foi feito, a organização dos fatores conteúdo x tempo.
Seguimos: onde e como estudar? Fatores muito pessoais – há quem se sinta melhor estudando em bibliotecas, outros trancados no quarto de casa. Essa avaliação cabe a cada um fazer, mas o fato é que, independentemente de onde seja, o local que se destina aos estudos deve ser tranquilo o máximo possível, longe de interferências ou qualquer fator que desvie sua atenção. Pode parecer bom e até algo para impressionar a si mesmo levar uma montanha de material para a sua mesa, mas não se engane: nada isso o ajudará. Mantenha-se o tanto quanto possível em um ambiente “limpo”, tanto em relação ao visual quanto a ruídos. Deixe sobre a mesa apenas o material a ser utilizado naquele momento, mantenha um ambiente clean e, aliada a isso, a capacidade de reconhecer as próprias potencialidades e fraquezas, bem como de identificar, dentre as horas de que dispõe, em que momento estudará determinada disciplina, de modo a obter o máximo de aproveitamento. Não tenha dúvidas de que fatores como estes incidirão diretamente no rendimento dos estudos.
Outra dúvida muito comum: “Quanto tempo devo estudar diariamente?” A resposta é: não queira ser o que você não é. Se não consegue trocar horas de sono por horas de estudos sem que isso o prejudique durante o dia, não o faça. Há quem durma apenas algumas horas por noite e se sinta absolutamente bem no dia seguinte, há quem necessita das, no mínimo, oito horas de sono para se recuperar e estar em posse de suas capacidades no dia seguinte; é algo muito pessoal, portanto obedecer aos próprios limites e encontrar o ponto de equilíbrio é muito importante.
Da mesma forma, se você não pode dedicar sua vida apenas aos estudos, lute com as armas de que dispõe. As pessoas normalmente não param suas vidas para estudar, pode-se dizer que é absolutamente pessoal muitas das estratégias tomadas por quem dispõe desse tempo, mas, normalmente, quem estuda também administra uma vida social, família, trabalho, sim, trabalho. É possível conciliar trabalho, família e vida social. Enfim, vida e estudos não são elementos estanques. Ninguém pode condicionar a aprovação a estar trancado em um ambiente para estudar 20h por dia. Cuidar de si mesmo é essencial, e isso implica manter uma vida social, permitir-se momentos de lazer, cuidar da própria saúde por meio de uma alimentação adequada e praticar exercícios. Mas, da mesma forma, não se pode protelar o compromisso de estudar em nome de estar “vivendo”. Não nos esqueçamos de que a diferença entre o remédio e o veneno está apenas na dose, bom senso e disciplina deverão estar sempre presentes e, acima de tudo, sinceridade com seus próprios propósitos.
Nesse sentido, algumas pessoas insistem em dispensar mais atenção à quantidade de horas estudadas em detrimento da qualidade de horas estudadas. Ora, há quem estude 10h, 12h, 14h por dia e não apreenda tanto conteúdo quanto quem estudou menos horas, mas com muito mais qualidade, o que se torna um fator determinante no aprendizado, portanto é importante se ater à qualidade dos estudos, nisto incluso o material a ser utilizado, e, felizmente, hoje o mercado é vasto e oferece materiais de excelente qualidade. Ater-se ao fator qualidade de estudos é também uma determinante.
Assim, no momento de estudos, com a qualidade devida, deve-se potencializar o aprendizado, e isso pode ser feito por meio de técnicas de aproveitamento do conteúdo, por exemplo: criar o próprio material por meio de resumos. Não se trata de uma cópia do material, mas de um instrumento que será muito útil no momento em que será necessário rever o assunto. Assim, resumos são pontos-chaves, em que podem ser usados esquemas, mnemônicos, algo que o remeterá ao conteúdo, mas que não demande tanto tempo, daí chamar-se revisão, instrumento de grande utilidade.
Aliado ao já mencionado, não se pode nem se deve se esquecer da resolução de exercícios, sem o que certamente fará cair por terra todo o processo pelo qual passou. Todo o planejamento perderá a eficácia, pois a resolução de exercícios e de questões cobradas na sua área de estudo é essencial, portanto, em termos bem claros, aquele que não possui a intenção de estudar também por meio de exercícios deve saber que a dificuldade no atingimento dos objetivos será ao máximo potencializada, portanto é essencial considerar tal tarefa dentro do todo.
Cabe ainda acentuar que esse processo pode ser facilitado com a ajuda de um profissional da área, ou seja, alguém que irá guiá-lo em todos esses passos. Mas lembre-se de que absolutamente todos eles deverão ser dados por quem deseja a aprovação, que pode surgir de uma parceria que tem estado em bastante evidência no mundo dos concursos, o que não aparece, por óbvio, como um fator determinante, mas, com certeza, como um facilitador na conquista de sonhos.
Dessa forma, quem inicia ou já está em meio a esse processo de estudos deve ter em mente todas as questões mencionadas, saber aonde quer chegar, dispor de organização, qualidade de estudos, manutenção do foco, estratégia e, acima de tudo, força de vontade para a conquista do sonho que induz a todas essas ações, que certamente conduzirão à obtenção de grande êxito.
Cristiane Capita – Servidora Pública do Ministério Público da União, lotada no Conselho Nacional do Ministério Público-CNMP, bacharel em Direito e Pós-Graduada em Direito Processual Civil. Professora da disciplina de Legislação aplicada ao MPU em cursos preparatórios, com aprovação nos concursos da Secretaria de Estado de Educação do DF /SEE-DF, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, Ministério do Planejamento-MPOG e Ministério da Educação-MEC.
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