Estudar para concurso não é nada fácil, e disso vocês já sabem bem, não é verdade? A língua portuguesa geralmente tem um peso maior em algumas provas e, com certeza, você vai se deparar com ela em praticamente todos os concursos públicos que fará.
Sendo assim, todo bom concurseiro sabe o quanto é importante dominar cada conceito da gramática da nossa língua. Para isso, é preciso estudar constantemente, desenvolver estratégias de aprendizado e fixação de conteúdos, além de não deixar de lado a revisão. Sim! A revisão do conteúdo é essencial para aqueles que desejam garantir a aprovação.
Pensando nisso, destacamos hoje um tema que causa certa dor de cabeça nos estudantes: a conjunção. Ela pertence às classes gramaticais, que são as categorias que organizam as palavras do nosso idioma. Dentro destas classes existem os grupos de palavras variáveis e invariáveis.
As variáveis são aquelas que mudam conforme gênero, número e grau. Já as invariáveis se mantêm da mesma forma em todos os casos. A conjunção é uma palavra pertencente ao grupo de palavras invariáveis, tendo como função conectar duas orações ou termos de uma mesma função sintática.
Categorias das conjunções
No contexto de suas categorias, as conjunções podem ser coordenativas ou subordinativas.
Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas são aquelas conjunções que ligam orações que possuem sentido completo. Ou seja, as duas orações fazem sentido sozinhas. A conjunção coordenativa pode ser:
- Aditiva: apresenta a ideia de adição. Veja: e, nem, não só… mas também, bem como, mas ainda, etc. Exemplo: Maria gosta de ler, mas também de assistir televisão.
- Adversativa: conjunção que apresenta sentido de oposição, como: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, etc. Exemplo: João chegou cedo, porém saiu novamente 30 minutos depois.
- Alternativas: conjunções que dão sentido de alternância. São elas: ou, ora…ora, quer… quer, seja… seja, etc. Exemplo: Ou você dorme cedo ou está proibida de ficar vendo televisão.
- Conclusivas: apresentam ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, portanto, pois (depois do verbo), por isso, por conseguinte, assim, etc. Exemplo: Tenho me exercitado bastante, por isso emagreci.
- Explicativas: Apresentam sentido de explicação. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto, etc. Exemplo: Eu cheguei cedo, porque não gostei da festa.
Estas são as conjunções coordenativas. Elas são conjunções que conectam frases que já fazem sentido quando sozinhas. Então, elas ligam estas duas orações para completá-las. Veja agora como funcionam as subordinativas.
Conjunções subordinativas
No caso das conjunções subordinativas, elas ligam uma oração à outra também, porém estas orações não são independentes. Assim, elas não fazem sentido quando sozinhas e precisam uma da outra para ficarem completas. Esta ligação entre as duas exige a aplicação de uma conjunção que dê sentido lógico para as frases.
A oração que depende da principal é chamada de oração subordinada. Elas são divididas entre integrantes e adverbiais. Veja os tipos de conjunções subordinativas, suas funções e alguns exemplos.
- Integrantes: estas são as que não atribuem para as orações um papel semântico. Elas apenas ligam ambas sintaticamente. É o caso de ‘que’ e ‘se’. Exemplos: Camila não avisou se viria / Bruno avisou que chegará mais tarde do trabalho hoje.
- Causais: estas conjunções introduzem uma oração que indica ação causada por uma outra, tomada na oração principal. Veja: porque, que, como (porque, no início da frase), visto que, porquanto, uma vez que, já que, etc. Exemplo: Gabriel gosta de ler, uma vez que ele está sempre na biblioteca.
- Concessivas: ideia de concessão, como: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, conquanto, posto que, por mais que, etc. Exemplo: Ela não vai faltar, mesmo que atrase.
- Condicionais: conecta a uma oração que tem sentido de condição. São elas: se, caso, desde que, a menos que, contanto, sem que, etc. Exemplo: Você pode vir, desde que venha sozinha.
- Conformativas: ideia de conformidade entre as orações: conforme, segundo, como (conforme), consoante, etc. Exemplo: Conforme informado, a reunião será às 18h.
- Comparativas: indicam ideia de comparação. São elas: como, tal como, assim como, que nem, tal qual, que (combinado com “menos” e “mais”), etc. Exemplo: Assim como a mãe, Julianne adora dançar.
- Consecutivas: apresentam ideia de consequência de uma ação iniciada na oração principal. Veja: de forma que, de modo que, de sorte que, que (antecedido por “tal”, “tanto”, “tão”, “cada”), etc. Exemplo: Ele não trabalhará mais na empresa, de modo que assinou contrato com outra companhia.
- Finais: ideia de finalidade. Veja: a fim de que, para que, que, etc. Exemplo: Eu estarei lá para que tudo ocorra da melhor forma.
- Proporcionais: expressa fato que ocorreu de forma proporcional ao da oração principal. São elas: à medida que, ao passo que, à proporção que, quanto mais… (mais), etc. Exemplo: À medida que o tempo passa, ela fica mais bonita.
- Temporais: apresenta ideia de tempo entre as orações. Veja: quando, enquanto, agora, logo que, depois que, antes que, sempre que, assim que, desde que, mal (assim que), etc. Exemplo: Quando tudo acabar, vamos ter paz.
Além das conjunções apresentadas, existem as locuções conjuntivas. Elas são um conjunto de palavras que se unem para formar uma conjunção, como: visto que, desde que, ainda que, por mais que, logo que, a fim de que, à medida que, à proporção que, etc. Exemplo: Desde que ela se foi, seu esposo não é mais o mesmo.
Prepare-se!
Então, se você é concurseiro, não pode deixar de ter em mente todas estas conjunções. Mas a dica é não focar apenas na memorização. Tem de entender bem as principais diferenças e saber aplicar na prática. Afinal, o que garante a sua aprovação não é apenas a memorização ou o entendimento do conteúdo, mas o conjunto de ações relacionadas ao aprendizado que você coloca em prática até acertar o máximo de questões possíveis. Quanto mais exercícios resolvidos, mais você aprende!
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