Dúvidas dos Alunos: Entendendo as Views Complexas e Comandos DML em Bancos de Dados
Olá Pessoal, recebemos uma dúvida de um de nossos alunos e vamos utilizar esse espaço para respondê-la.
O aluno questiona: “Comandos DML são SELECT, INSERT, UPDATE e DELETE, certo? Neste caso, poderíamos dizer que as Views complexas não aceitam integralmente todos os comandos DML? Dizer que não aceita comando DML é assumir que não pode ter um select na view complexa! No Cespe, usaram esse conceito na questão citada na aula realmente não ficou claro para mim…”
Esta é uma excelente questão que toca em pontos fundamentais sobre o funcionamento dos comandos DML (Data Manipulation Language) em bancos de dados, particularmente em relação às views, sejam elas simples ou complexas. Para esclarecer, vamos desdobrar a questão em partes, começando pela definição dos comandos DML.
Os comandos DML, como corretamente mencionado, incluem SELECT, INSERT, UPDATE e DELETE. Esses comandos são usados para recuperar, adicionar, modificar e excluir dados em bancos de dados, respectivamente. Quando aplicamos esses conceitos às views (tabelas virtuais criadas por consultas SQL), a situação se torna um pouco mais complexa, especialmente no caso das views complexas.
As views complexas são aquelas definidas por consultas que envolvem múltiplas tabelas, subconsultas, junções, funções agregadas, ou qualquer combinação desses elementos. Devido à complexidade dessas consultas, aplicar comandos como INSERT, UPDATE e DELETE pode não ser direto ou mesmo possível em alguns casos. Isso ocorre porque essas operações exigem um mapeamento claro e unívoco dos dados da view para as tabelas base, o que nem sempre é possível em uma view complexa.
No entanto, é importante notar que o comando SELECT, sendo também um comando DML, é fundamental para o propósito de uma view, que é apresentar dados de uma forma específica. Uma view, seja simples ou complexa, é essencialmente projetada para ser consultada, ou seja, para ser usada com o comando SELECT. Portanto, dizer que “views complexas não aceitam comandos DML” pode ser enganoso se interpretado como incluindo o comando SELECT nessa restrição.
A confusão em torno desta questão pode surgir quando as restrições dos comandos INSERT, UPDATE e DELETE em views complexas são interpretadas de forma a sugerir que nenhum comando DML pode ser aplicado, o que não é o caso. O SELECT pode e é frequentemente usado com views complexas, enquanto as restrições geralmente se aplicam aos outros comandos DML devido à natureza das operações que eles realizam e à complexidade de mapear essas operações de volta para as tabelas base.
No mundo dos bancos de dados, os comandos DML (Data Manipulation Language) são essenciais para a interação com os dados armazenados. Esses comandos incluem SELECT, INSERT, UPDATE e DELETE, cada um com um propósito distinto que vai desde a seleção até a exclusão de dados. Quando nos voltamos para as views, ou visões, no contexto de bancos de dados, a conversa fica um pouco mais complexa, especialmente quando falamos de views complexas.
Uma view é, em essência, uma tabela virtual que é definida por uma consulta SQL. Ela pode simplificar o acesso aos dados, consolidar dados de várias tabelas ou até mesmo proteger os dados, permitindo que os usuários acessem apenas dados específicos. As views podem ser classificadas como simples ou complexas, uma distinção que tem implicações diretas na aplicabilidade dos comandos DML.
As views simples são geralmente definidas por uma única consulta SELECT a uma única tabela e, na maioria dos casos, aceitam operações de INSERT, UPDATE e DELETE sem muitos problemas. As views complexas, por outro lado, são definidas por consultas que envolvem múltiplas tabelas, subconsultas, junções, ou funções agregadas. E é aqui que a situação se complica.
Dizer que views complexas “não aceitam comandos DML” pode ser um tanto quanto redutor e, de certo modo, impreciso. O que acontece é que as restrições para a aplicação de comandos DML em views complexas são significativamente maiores quando comparadas às views simples. Por exemplo, uma view que inclui agrupamentos, funções agregadas ou subconsultas não pode, de maneira geral, ser diretamente atualizada, pois o SQL padrão não consegue mapear de forma unívoca a alteração na view para as tabelas subjacentes.
Entretanto, o ponto de confusão muitas vezes reside no comando SELECT, que é de fato um comando DML e é amplamente utilizado em views, seja elas simples ou complexas. Dizer que uma view complexa “não aceita comando DML” pode levar à interpretação equivocada de que até mesmo os comandos SELECT estariam excluídos, o que não é verdade. As views, por definição, são projetadas para serem consultadas – ou seja, para que sejam feitos SELECTs nelas.
Vamos ver aqui um exemplo:
Vamos supor que temos uma tabela chamada funcionarios, que armazena informações sobre os funcionários de uma empresa, incluindo seus IDs, nomes, departamentos e salários.
A tabela funcionarios tem a seguinte estrutura:
id_funcionario (ID único para cada funcionário)
nome (Nome do funcionário)
departamento (Departamento ao qual o funcionário pertence)
salario (Salário do funcionário)
Queremos criar uma view chamada VistaDetalhesFuncionarios, que exiba o nome, departamento e salário de cada funcionário, mas apenas para aqueles que ganham mais de um determinado valor, digamos 3000. A view simplifica o acesso a esses dados sem expor toda a tabela funcionarios ou requerer que a consulta completa seja escrita cada vez.
Aqui está como você poderia criar essa view:
CREATE VIEW VistaDetalhesFuncionarios AS
SELECT nome, departamento, salario
FROM funcionarios
WHERE salario > 3000;
Com esta view criada, você pode agora consultar facilmente os dados desejados com um comando SELECT simples, como se estivesse acessando uma tabela:
SELECT * FROM VistaDetalhesFuncionarios;
Esta consulta retornará todos os registros da view VistaDetalhesFuncionarios, que inclui os nomes, departamentos e salários dos funcionários que ganham mais de 3000. É uma maneira eficaz de encapsular consultas complexas e garantir que os usuários possam acessar subconjuntos específicos de dados sem a necessidade de conhecer os detalhes internos das tabelas subjacentes ou das consultas necessárias para obtê-los.
A questão em concursos que abordam esse tema pode se tornar confusa quando não se faz uma distinção clara entre os diferentes comandos DML e como eles se aplicam a views complexas. É fundamental entender que, enquanto o comando SELECT é amplamente aplicável, os comandos INSERT, UPDATE e DELETE podem encontrar limitações dependendo da estrutura da view.
Portanto, ao estudar para concursos ou ao trabalhar com bancos de dados, é crucial manter em mente a natureza e as restrições das views complexas em relação aos comandos DML. Compreender essas nuances não só ajuda a navegar por questões de avaliação com mais confiança, mas também a projetar e utilizar bancos de dados de forma mais eficaz no dia a dia profissional.
Até a Proxima !
Prof. PhD Washington Almeida
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