Quem nunca se deparou com a dúvida da conciliação de estudos de edital que atire a primeira pedra. Sim! Isso é mais comum do que se pode imaginar. Acontece porque muitas vezes não dá para esperar um concurso finalizar para emendar seus estudos em outro certame. Algumas vezes, os concurseiros são premiados com datas de provas muito próximas entre si. Eis aqui o caso: TCU e CGU. Vamos nos aprofundar para que você descubra suas próprias respostas.
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Temos o seguinte fato: a abertura de concurso nos próximos meses para os dois órgãos está autorizada. Tendo em vista que o lançamento dos editais do Tribunal de Contas das União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU) vão sair na mesma época, por volta do 2º semestre de 2021, fica a dúvida: devo me preparar para o TCU ou para a CGU? Ou melhor, será que consigo ficar competitivo me preparando para os dois?
Destaco que as perguntas que estão rolando com frequência nos fóruns de concurseiros sobre o assunto são mais ou menos estas:
Aluno 1) Estava estudando para TCU, mas, como são poucas vagas, gostaria de saber agora se devo focar na CGU, porque ela oferece 375 vagas ao todo.
Aluno 2) Gostaria de passar na CGU porque me identifico mais com ela, mas não queria deixar a oportunidade de tentar o TCU, mesmo sendo um concurso mais difícil. Posso arriscar um estudo casado para tentar colocar meu nome da lista de classificados dos dois concursos?
Aluna 3) Estou focada no concurso do TCU desde as primeiras notícias, mas a CGU tem regional no meu estado de origem. Isso é algo que me atrai bastante. Devo abandonar os estudos para o TCU?
Bem, veja que as dúvidas que surgem são muitas e envolvem variáveis importantes, como: número de vagas, nível de dificuldade da prova, local de lotação, vantagens da carreira, entre outras.
Vamos aos pontos críticos e ao comparativo:
1) NÚMERO DE VAGAS
Sim, a CGU é a mais favorável nesse quesito. São 300 vagas para Auditor Federal de Finanças e Controle (AFFC) e 75 vagas para Técnico Federal de Finanças e Controle (TFFC). No concurso do TCU, serão 20 vagas para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo (AUFC). Também é um bom número. Parece piegas, mas é necessário relembrar: você precisa de apenas uma vaga para ocupar seu cargo dos sonhos.
Os dois são chances únicas. Porém, acredito que a oportunidade de ouro está nas 300 vagas para a CGU, pois um concurso dessa magnitude não ocorre todos os dias. Lembro, ainda, que a tendência é que façam mais de uma chamada para as vacâncias que forem acontecendo durante a vigência dos editais. Os órgãos são inteligentes e não vão querer “perder” força de trabalho enquanto tiverem janela de abertura para chamar os classificados.
2) NÍVEL DE DIFICULDADE DA PROVA
Hoje em dia, não há prova fácil para os cargos de Auditor e de Controle. Nesse quesito, ambas estão empatadas. O que pode acontecer é uma exigência maior em alguma das provas em relação ao número de disciplinas a serem estudadas ou ao tipo de discursiva que será cobrada, exemplo: estudo de caso, questões, relatórios de auditoria.
Esses detalhes variam de órgão para órgão. Mas quem se prepara para o nível de dificuldade de uma prova do TCU ou do CGU sabe que esses são apenas ajustes finos que são feitos após o lançamento do edital.
3) LOCAL DE LOTAÇÃO
Para quem já mora em Brasília, não muda muita coisa. A maioria das vagas serão para essa cidade. Como as sedes do TCU e da CGU ficam em Brasília, não há muito no que pensar: os editais vão privilegiar o local das sedes. Porém, quem tem apego ao seu local de origem e não quer sair da sua cidade de jeito nenhum deve pensar que esse não é um obstáculo assim tão grande no TCU ou na CGU.
Ambos possuem um bom sistema de teletrabalho, implantado antes mesmo de a pandemia começar. Eles já eram referências para outros Ministérios e órgãos do serviço público.
O TCU contava com 30% da sua capacidade de trabalho em modo remoto antes da pandemia e, desde que começou a pandemia, subiu para 40%, incluindo chefias também nessa modalidade. Bom demais, né?
Se você é do tipo tradicional e está pensando em trabalhar fisicamente, é necessário avaliar os prós e os contras de mudar de cidade. Apesar de a CGU ter regionais em todos os estados, o processo de permuta e de abertura de vagas para localidades em regiões do Brasil como nordeste e sudeste é mais difícil.
Antes, as remoções eram mais fáceis e frequentes, porque acompanhavam o ritmo de concursos no início dos anos 2000. O último concurso da CGU foi em 2012. Ou seja, vai completar 10 anos que a CGU não oxigena seus quadros. Isso impacta também na dificuldade das remoções internas para trabalho presencial nas regionais como local definitivo de lotação.
Portanto, caso opte em fazer qualquer um dos dois concursos ou se for tentar os dois, tenha em mente que você poderá trabalhar durante alguns anos em Brasília ou talvez tenha de se mudar definitivamente para essa cidade. É necessário ser flexível quanto a essa possibilidade. Lembrando também que o teletrabalho é uma realidade e está bem consolidado nesses dois órgãos.
Flexibilidade no local de trabalho é cada vez mais um ponto muito positivo para quem decidiu pela carreira de Controle!
4) VANTAGENS DA CARREIRA
Nesse sentido, o TCU leva uma certa vantagem por ser um órgão independente e autônomo, com orçamento próprio, responsável por exercer o controle externo, ou seja, cuida das atribuições do controle externo e é um dos órgãos mais interessantes para se trabalhar atualmente. O prédio-sede possui uma creche muito recomendada por todos, o que é ótimo para quem tem filhos ou planeja tê-los. Eles também investem muito na formação dos seus técnicos, possuindo uma escola superior chamada Instituto Serzedello Corrêa (ISC), cuja atuação constrói conhecimentos que permitem aperfeiçoar a atuação do controle externo e o aprimoramento da Administração Pública em benefício da sociedade.
Por outro lado, no quesito vantagens da carreira, a CGU não fica muito para trás. Os AFFCs são considerados carreira do ciclo de gestão do governo executivo federal (carreira topo do executivo). Além disso, a CGU possui ótima estrutura de trabalho e conta com um dos programas mais antigos de teletrabalho no governo federal, chamado de Programa de Gestão de Demandas (PDG), que consiste no estabelecimento de pactos entre chefia e subordinado com atribuição de tarefas determinadas e prazo certo para que possam ser executadas de maneira presencial ou remota, a critério do servidor. Esses benefícios resultam em qualidade de vida para o AFFC e se traduzem em um ótimo clima de trabalho.
5) CONCILIANDO OS DOIS EDITAIS
A dúvida que fica é: o ideal é focar em apenas um para ficar competitivo? Depende! Se você estiver começando sua jornada de concurseiro nesse exato momento, proponho que foque em apenas um deles.
Tenho que alertar que o bizu para o concurseiro iniciante é que a CGU parece ser mais interessante para focar pelo número de vagas, já que um total de 375 vagas estão autorizadas para esse certame.
Caso você seja um concurseiro mais experiente, que está com uma bagagem de algumas centenas de horas de estudos anteriores em concursos da área fiscal, de controle ou gestão, aconselharia a ver a conciliação entre os editais como uma possibilidade real.
Comparando os editais anteriores, espera-se que os iminentes editais venham com muitas matérias similares. É bem provável que os editais do TCU e da CGU tenham cobrança das seguintes disciplinas em comum:
a) Língua Portuguesa;
b) Língua Estrangeira (inglês e/ou espanhol);
c) Raciocínio Lógico;
d) Direito Constitucional;
e) Direito Administrativo ;
f) AFO;
g) Administração Pública;
h) Contabilidade Pública;
i) Contabilidade Geral;
j) Controle Interno/Externo;
k) Auditoria Governamental;
l) Discursivas.
Isso significaria uma cobertura perto de 70% dos assuntos que provavelmente serão cobrados em ambos os editais.
Para isso, pense em adotar o estudo por ciclo.
Ainda não sabe como funciona o estudo por ciclo?
Separe dois grupos de matérias. Faça um balanceamento entre elas. No Grupo A, coloque 5 matérias. No Grupo B, coloque as outras 5 matérias. Realize o ciclo de matérias estudando na sequência um determinado número de horas.
Exemplo:
No Grupo A, estude as matérias 1, 2, 3, 4 e 5, depois mais uma rodada das matérias; portanto, 1, 2, 3, 4 e 5. Ao avançar no ciclo de estudos com as matérias do Grupo A, realize os estudos das matérias do Grupo B, matérias 6, 7, 8, 9 e 10, e assim por diante, 6, 7, 8, 9 e 10, até completar várias rodadas.
Atenção: você deve revisar os assuntos vistos antes de abrir a nova rodada do ciclo de matérias.
Essa é uma ótima estratégia para estudar nessa fase pré-edital. Depois que o edital sair, a estratégia é outra. É preciso dar foco para as matérias que ainda não foram estudadas e incluí-las definitivamente no seu ciclo de estudo.
Estudar por ciclo é bem atraente para quem quer adotar a conciliação dos estudos das matérias comuns do TCU e da CGU, não acha?
Sairá na frente quem tiver mais experiência e bagagem acumulada para rodar o ciclo de estudos com revisões bem feitas.
DICA FINAL:
Sempre há tempo de estudar.
Comece agora.
Em alguns meses, é possível ficar bom na maioria das matérias indicadas acima.
Com esforço e dedicação, tudo é possível.
Prepare-se para passar Natal e Ano Novo estudando muito. Há grandes chances de as provas ocorrerem nessas épocas.
Tenha foco, que vai dar tudo certo!
Ficou interessado em como estudar ao máximo para passar em concursos da área de Controle? Gostou da ideia de estudar por ciclos?
A Mentoria & Coaching do GranXperts é um ótimo auxílio para te ajudar nessa caminhada. Contamos com uma equipe super qualificada composta por Auditores, como: Alexandre Assis, Diego Rebouças, Luiz Muniz, Rodrigo Lima, Túlio Carrijo e eu: Bruno Pimentel (risos!). Muitos desses nomes já ocupam seus cargos no TCU ou na CGU.
O auxílio de um profissional pode te ajudar enormemente nessa etapa e te fazer acelerar tempo na preparação.
Tudo que a gente não quer é um “bateu na trave” em uma época de oportunidade únicas.
Se tiver qualquer dúvida, entre em contato comigo:
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Você é capaz.