Engenheiro agrônomo: o que faz e qual o salário?

Você sabia que o agronegócio é responsável por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro? Pois é, esse dado foi divulgado pela Exame e evidencia a importância do mercado e do engenheiro agrônomo para o planejamento e gestão de sistemas de produção agrícola e pecuária, visando resultados mais produtivos, livre de desperdícios e com o uso sustentável de recursos naturais. 

A verdade é que o agronegócio está aquecido no Brasil e, com isso, esses profissionais são fundamentais na promoção da agricultura sustentável, implementando práticas que propõem a conservação do solo e da água, a redução de impactos ambientais negativos e o aumento da eficiência produtiva. 

Pensando nisso, preparamos um artigo com os principais aspectos ligados a essa profissão, assim como a remuneração e a carreira. Veja!

O que faz um engenheiro agrônomo?

Um engenheiro agrônomo se dedica ao estudo e à prática da engenharia agrícola, um ramo concentrado na aplicação de princípios e técnicas para resolver problemas relacionados à agricultura e ao uso sustentável da terra. 

Além disso, ele pode atuar na cadeia pecuária e desempenha um papel fundamental na produção de alimentos, na gestão de recursos naturais e na proteção do meio ambiente. Todo o seu ofício também se concentra em garantir a qualidade dos produtos de origem vegetal e animal.

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Principais atribuições do engenheiro agrônomo

Segundo o artigo 5º da Resolução nº 1.010, de 2005, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), estão entre as atribuições do engenheiro agrônomo:

• gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica;
• coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação;
• estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental;
• assistência, assessoria, consultoria; 
• execução de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
• operação, manutenção de equipamento ou instalação; e
• execução de desenho técnico.

Onde um engenheiro agrônomo pode atuar?

A área de atuação do engenheiro agrônomo é bastante ampla, afinal, esse profissional pode trabalhar em diversos setores, tais como:

• agricultura: aqui, os engenheiros agrônomos podem trabalhar na produção de culturas como grãos, frutas, legumes, café, algodão, entre outras, em todas as etapas do processo produtivo; 
• pecuária: nesse setor, eles podem atuar na criação e gestão de gado, incluindo bovinos, suínos, ovinos, aves, etc. Técnicas de manejo de pastagens também podem ser aplicadas; 
• agroindústria: podem trabalhar em empresas de processamento de alimentos, ajudando a desenvolver e melhorar processos de produção e preservação de alimentos;
• agricultura de precisão: neste campo, eles usam tecnologias avançadas, como GPS e sistemas de informações geográficas, para otimizar a produção agrícola e a gestão de recursos, visando lavouras altamente produtivas;
• consultoria agrícola: o engenheiro agrônomo pode prestar serviços de consultoria para fazendeiros e empresas agrícolas, oferecendo orientações sobre práticas agrícolas, manejo de recursos naturais, controle de pragas, entre outros; 
• pesquisa e desenvolvimento: aqui, ele atua em instituições de pesquisa, universidades e laboratórios, contribuindo para o avanço do conhecimento em áreas como melhoramento genético de plantas, controle de pragas e desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas;
• empreendedorismo: alguns engenheiros agrônomos optam por iniciar o próprio negócio, como fazendas, consultorias agrícolas, lojas de insumos agrícolas, entre outros tipos de empresa;
• ensino: também podem seguir carreira acadêmica, tornando-se professores em instituições de ensino superior.

Qual o salário de um engenheiro agrônomo?

Segundo dados do Glassdoor, ao salário médio do engenheiro agrônomo é de R$ 22.940 no Brasil. No entanto, a remuneração pode variar entre R$ 11.000 e R$ 30.000.

De todo modo, esse valor pode variar também com base na região geográfica, no nível de experiência e no setor de atuação. Entretanto, profissionais com mais anos de experiência tendem a ganhar salários mais elevados.

Além disso, o local onde o engenheiro agrônomo trabalha pode ter um impacto significativo. Grandes cidades ou regiões com alta demanda agrícola e áreas rurais podem oferecer remunerações mais altas. 

Como se tornar um engenheiro agrônomo?

É necessário cursar a graduação em Engenharia Agronômica ou Engenharia Agrícola em uma universidade, ou instituição de ensino superior credenciada para atuar como engenheiro agrônomo. Em algumas instituições de ensino, há a possibilidade de cursar a faculdade em EaD.  

Com duração média de 5 anos, o curso oferece disciplinas que cobrem tanto os conceitos básicos, como matemática, física, química e biologia, como aqueles necessários para a área de atuação voltada para a agropecuária.

O estudante estudará diversas disciplinas ao longo do curso, tais como:

• Biologia Celular;
• Zootecnia Geral;
• Bioquímica;
• Genética Agrícola;
• Fertilização do Solo;
• Morfologia Vegetal;
• Estatística Geral;
• Agroecologia;
• Zoologia;
• Sistemas de Irrigação e Sistemas de Distribuição de Água;
• Princípios Gerais da Agricultura;
• Nutrição de Plantas e Proteção de Culturas.

Também é essencial ser uma pessoa atualizada com conhecimento em um segundo idioma, particularmente o inglês. O mercado agrícola brasileiro é famoso pelas exportações e, por isso, é preciso que o profissional consiga conduzir negociações com compradores de fora. 

O engenheiro agrônomo ainda precisa estar por dentro das principais tecnologias do campo. Por exemplo, a tecnologia possibilita a agricultura de precisão, que envolve a aplicação de práticas e insumos agrícolas no local e na hora certa, com base em dados e monitoramento em tempo real, reduzindo o desperdício. 

Como você pôde ver, a agronomia é um setor que está em alta no Brasil e o engenheiro agrônomo desempenha um papel muito importante na área. Para saber mais sobre profissões relacionadas a essa, continue acompanhando nosso blog!