Inteligência emocional e as conquistas na vida e nos concursos

Por
4 min. de leitura

inteligencia-emocional-2

Inteligência emocional pode ser definida como a “capacidade que as pessoas têm de identificar suas emoções com mais facilidade, de se automotivar e seguir em frente, mesmo diante de fracassos, frustrações e desilusões”. Indivíduos com inteligência emocional – ou “inteligência social”, como nos ensina o criador do termo, o psicólogo estadunidense Daniel Goleman ­– conseguem canalizar suas emoções. Além disso, praticam a gratidão e são capazes de motivar as pessoas, contribuindo significativamente para que elas obtenham sucesso pessoal e profissional.

Como todos sabem, o cérebro humano é dividido em dois hemisférios: esquerdo e direito. O hemisfério esquerdo é a área responsável pelo pensamento crítico, cartesiano e analítico, pelo raciocínio lógico-matemático, pela escrita, pelos números, pelas letras, pelos dados, pelos fatos, pelo pragmatismo e pela cognição; enfim, é a área que responde pela razão no ser humano. Já o hemisfério direito cuida da intuição, da paixão, dos sentimentos, do coração, do romantismo, do amor; enfim, de tudo que diga respeito às emoções humanas.

“…um dos principais atributos das pessoas aprovadas nos primeiros lugares dos concursos públicos é exatamente um elevado Quociente Emocional (QE).”

O fato é que todos nós dispomos de inteligência emocional. No entanto, em alguns ela é menos desenvolvida; em outros é mais. A propósito, é bom você conhecer desde já um dado relevante para nosso contexto de concurseiros: um dos principais atributos das pessoas aprovadas nos primeiros lugares dos concursos públicos é exatamente um elevado Quociente Emocional (QE). Trocando em miúdos, os candidatos mais bem-sucedidos são aqueles que sempre se sentiram preparados, capazes e merecedores da vaga para a qual concorriam. Esse controle das emoções inclusive no dia “D” da prova, aliado à condução dos estudos com método e boa técnica, é o que costuma garantir que o concurseiro tenha seu nome na lista de aprovados.

Mas como identificar um candidato emocionalmente inteligente? Ele é aquele capaz de estudar sozinho ou em grupo; com barulho ou no silêncio de um mosteiro; com pouca ou com muita iluminação; em turmas presenciais ou em plataforma de EAD. Enfim, é o candidato que se adapta a qualquer situação e a qualquer contexto, mais ou menos favorável. Ele sabe aliar razão e emoção para afastar o temido branco, por exemplo. É capaz de controlar as próprias emoções e, por consequência, direcionar a produção dos neurotransmissores e dos hormônios, preparando adequadamente o organismo para cada batalha que precisará enfrentar antes de obter sucesso.

“é emocionalmente inteligente quem consegue equilibrar o racional e o emocional; a razão e a intuição; a lógica e a paixão.”

Em poucas palavras, é emocionalmente inteligente quem consegue equilibrar o racional e o emocional; a razão e a intuição; a lógica e a paixão. Ou seja, quem é capaz de captar o mundo articulando os dois hemisférios do cérebro com relativa facilidade. Note que, para isso, o indivíduo não pode ser nem apenas cartesiano, nem apenas amoroso; nem só números, nem só sentimentos.

Um estudo do Egon Zehnder International avaliou 515 profissionais e mostrou que aquelas pessoas com inteligência emocional mais elevada têm mais chances de se tornarem bem-sucedidas, ainda que os seus concorrentes diretos tenham QI mais alto ou até experiências e conhecimentos anteriores mais relevantes. Na mesma linha de pesquisa, um estudo da Carnegie Institute of Technology concluiu que 85% das conquistas pessoais e profissionais resultam de boas habilidades com comunicação, negociação, liderança e personalidade. O dado impressiona: apenas 15% das pessoas de sucesso o conquistaram em virtude de habilidades técnicas. Portanto, confiança, iniciativa e empatia são atributos determinantes de uma carreira bem-sucedida. Você precisa desenvolver essas qualidades, concurseiro.

Pessoas com inteligência emocional reconhecem seus receios, suas inseguranças e seus pontos fracos, mas também identificam facilmente seus limites, seus objetivos e seus pontos fortes. Falam de si mesmas com franqueza e não de modo defensivo. São honestas, diretas e dotadas de uma boa dose de humor.

Segundo Goleman, a pessoa com inteligência emocional tem várias capacidades. Ela se caracteriza por conhecer bem as próprias emoções, por ter autocontrole diante de situações de estresse e de irritação e por automotivar-se sempre que tem de desempenhar alguma atividade ou cumprir uma dada missão. Dotada de grande empatia, ela ainda é capaz de desenvolver saudáveis relacionamentos interpessoais, numa síntese de indivíduo com grandes habilidades sociais. Esse tipo de pessoa se ajusta a qualquer situação e a qualquer grupo.

“Um dos principais trunfos dos indivíduos emocionalmente inteligentes é a habilidade de se concentrar no trabalho e concluir todas as tarefas e obrigações, ainda que elas sejam enfadonhas ou causem ansiedade.”

Um dos principais trunfos dos indivíduos emocionalmente inteligentes é a habilidade de se concentrar no trabalho e concluir todas as tarefas e obrigações, ainda que elas sejam enfadonhas ou causem ansiedade. Desse ponto de vista, se o objetivo for alcançar a satisfação em qualquer área, acredite: o QE é bem mais importante do que o QI. Afinal, por todos os dados já mencionados, a inteligência emocional se mostra mais eficiente quando se trata de obter sucesso pessoal e profissional.

Pessoas com alto QE, ou seja, emocionalmente inteligentes, sabem discutir suas emoções com palavras precisas. Elas conhecem muito bem a si mesmas e identificam com facilidade suas fragilidades. São perspicazes e sensíveis quando se veem obrigadas a julgar algo ou alguém e não se ofendem facilmente. Sabem dizer “não” com naturalidade, perdoam a si próprias, não cultivam rancores, são generosas e neutralizam pessoas “tóxicas”, buscando soluções satisfatórias para as duas partes envolvidas num conflito. Nunca têm a perfeição como objetivo de vida nem se queixam do passado. Simplesmente seguem em frente, sempre em frente, independentemente do tamanho do fracasso que tenham acabado de enfrentar.

Existem outros sinais que ajudam a reconhecer quem tem e quem não tem uma boa dose de inteligência emocional. Em geral, quem tem costuma demonstrar curiosidade sobre pessoas que não conhece, presta atenção em tudo que o cerca, sabe exatamente por que se sente chateado, tem boa relação com a maioria das pessoas e procura ser bom e agir com ética. Também é o tipo de pessoa que se dá o tempo necessário para desacelerar quando necessário. Ajuda muito os outros e é capaz de ler bem as expressões faciais. Por fim, é aquele sujeito que se levanta rapidamente depois de cair e que mantém a confiança no próprio instinto e o caráter ao emitir juízos de valor.

“…se você quer desenvolver o seu quociente de inteligência emocional e ser beneficiado por tudo de bom que ele traz, o primeiro passo é desenvolver bem as três faces do amor.”

Amigo(a), se você quer desenvolver o seu quociente de inteligência emocional e ser beneficiado por tudo de bom que ele traz, o primeiro passo é desenvolver bem as três faces do amor. Primeiro, você precisa ter amor próprio. Dê-se o devido valor e cuide da sua imagem, do seu saber, da sua saúde, do seu sono reparador, do seu coração. Tenha também amor pelo próximo. Ajude-o sem pedir nada em troca, sobretudo quando você já sabe que ele não tem nada a lhe oferecer. Por fim, nutra amor por um ser divino. Profete a sua fé e faça suas orações com a certeza de que alguém lá em cima o ouvirá e, no tempo Dele, o atenderá.

E o mais importante de tudo que foi dito até agora: seja uma pessoa boa e útil ao próximo, à sociedade, à cidade e ao país. Faça do seu cérebro e do seu coração grandes amigos!

Bons estudos e GRAN sucesso,

Precisando de mais motivação? Confira aqui mais artigos!

Como vencer seu maior concorrente nos concursos públicos?

Cinco erros que os vencedores NUNCA cometem!

Guia de sobrevivência (e de superação) num mundo altamente competitivo

O poder do pensamento positivo nos concursos e na vida

Concursando – O maior erro é parar de estudar!


Gabriel

Gabriel Granjeiro

Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há quase 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.

 

 


 

Por
4 min. de leitura