A pressão familiar é, no meu ponto de vista, a maior das dores que um concurseiro pode encarar.
Diante da importância que a família possui, é normal pararmos um tempo para escutar um familiar. Também é normal refletir sobre o que foi falado, por mais “distante” que esse parente seja.
A bronca é justamente essa. Às vezes escutamos de alguém muito próximo o que não queríamos ouvir de ninguém, e isso nos desmotiva demais.
No início, é comum as famílias enxergarem os concurseiros sob dois cenários: aquele em que a pessoa larga tudo para “somente” estudar e aquele em que a pessoa continua com todas as tarefas pré-existentes, adiciona o estudo para concurso, e essa nova tarefa passa a ser solenemente ignorada por todos.
No cenário um, o concurseiro convive com diversas críticas desde o dia em que decidiu focar nos estudos. Talvez a mais comum delas seja esta:
“Você só pode ser louco(a) de deixar um emprego maravilhoso como o seu, largar uma baita de uma carreira para ficar em casa sem fazer nada!!!”
Sim, no início, a maioria dos nossos familiares acredita que ficar em casa “só estudando” é não fazer nada.
Talvez, você, que estuda há algum tempo, já virou o(a) motorista da casa, o(a) jardineiro(a), o(a) cozinheiro(a) ou qualquer outra coisa, afinal, você está “sem fazer nada”!
Se você estiver começando os estudos agora… não se preocupe se acontecer algo semelhante com você! É mais do que normal.
O cenário dois é o da pessoa que continuou sua vida normalmente, seja por não ter o que deixar de lado (aqui você já é tido como “vagabundo(a)” mesmo, então estudar para concurso é visto como a salvação), seja porque precisou colocar o estudo como atividade paralela (aqui, a família – na maioria das vezes – “ignora a atividade paralela”; e, quando não está no trabalho, você̂ se transforma em todos aqueles caras que falei no cenário um).
O mais importante é você ter forças para mostrar aos seus familiares que concurso é coisa séria e que eles precisam acreditar no projeto.
Com o passar dos meses, você receberá apoio, mas também conhecerá a próxima etapa da “família alegria”: a fase das perguntas indesejadas.
Passará a ser normalíssimo acordar com um:
“E aí, já passou no concurso?”
“Vai voltar a trabalhar não?”
“Demora tanto assim para sair esse troço mesmo?”
Mais um tempinho e chegará a vez das comparações. Não é por maldade… família é família. 🙂
Talvez você já tenha escutado frases como estas:
“A filha de Fulano começou a estudar outro dia e já passou, enquanto isso você só estuda.”
“Sua prima comprou um apartamento novinho, já você vive dentro de casa sem fazer nada.”
“Aquele seu amigo tá ganhando muito dinheiro, né? Só vejo foto dele viajando.”
Quando você acha que já viu de tudo, aí aparece o tiozão pitaqueiro, aquele que você nem sabia da existência:
“E aí, vai se inscrever no concurso não? Passou no jornal que paga bem, acho que vale a pena tu tentar esse.”
“Rapaz, acho que tu deveria estudar para outro concurso, esse aí não sai mais não.”
Infelizmente (ou felizmente) é assim em 95% das famílias.
Não ache que você está sozinho nessa. Mas garanto uma coisa: depois que passar, o vagabundo se tornará gênio, e todo mundo falará que foi seu maior incentivador (kkkkkk). Hoje eu me divirto muito lembrando de algumas situações.
O grande problema da pressão familiar é que, muitas vezes, ela desvia nosso foco e até mesmo nos faz desistir.
Não é estranho ver pessoas se inscrevendo em tudo que é concurso, apenas para dar uma satisfação à sociedade Esse é um erro tremendo de boa parte dos concurseiros, pois perdem um tempo precioso que poderiam usar para estudar para o “concurso dos sonhos”.
Caro(a) amigo(a), você entende agora o motivo de eu ter dito que essa era a maior das dores que um concurseiro pode ter?
Já pensou nas consequências decorrentes do fato de não saber lidar com a pressão familiar?
Ansiedade, necessidade de trabalhar, escassez de dinheiro, inexistência de planejamento e falta de tempo são apenas algumas delas.
A boa notícia é: Isso é uma fase e é assim para quase todo mundo. Você não está sozinho(a).
Abaixo seguem algumas dicas de como se livrar dessa tortura.
Busque referências.
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O lance de buscar referências não é copiar outra pessoa, é usá-la como espelho para que você veja aonde quer chegar e reflita sobre o que precisa ser feito.
Quem admira MIRA. |
Seja resiliente.
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Assim como a água, tente se moldar a qualquer ambiente em que seja inserido. Como falei mais acima, muita coisa que acontece/acontecerá dentro da sua casa é normal. Todos passam pelas mesmas situações. Saiba filtrar o que escuta e ignorar o que não é importante nesta fase. Uma vez ouvi uma frase que mudou minha vida: “É melhor ser feliz do que ter razão.”
Be water, my friend. |
Acredite nos seus sonhos.
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Se decidiu estudar e acreditar que a aprovação num cargo público transformará sua vida, siga em frente! Lute pelo seu sonho!
Venda sua ideia a seus familiares, mostre para eles exemplos de pessoas que tiveram sucesso (suas referências) e tente trazê-los para seu time. E se isso não der certo, siga confiante e consciente de que você tomou a decisão certa.
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Vejo você em breve por aqui.
Siga firme no propósito e lembre-se de que a dor é temporária, mas o cargo é para sempre.
Foco no bom!!!
Abração.
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Douglas Queiroz
GranXpert
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