Medo do sucesso

“PERSISTÊNCIA. Nada no mundo pode superar a boa e velha persistência. O talento não supera – não há nada mais comum que talentosos fracassados. A genialidade não supera – um gênio desconhecido é praticamente um clichê. A educação não supera – o mundo está cheio de tolos educados. A determinação e a persistência são muito poderosas. Mostre que você não pode ser derrotado por nada, que tem paz interior, uma saúde incrível e uma energia forte constante. Se você buscar viver essas coisas todos os dias, os resultados serão óbvios para você. Por mais que possa parecer uma fantasia, cabe a você criar o seu próprio futuro. A maior descoberta de minha geração é que os seres humanos podem mudar as suas vidas mudando o seu modo de pensar; ou como alguém afirmou: ‘o homem é o que ele costuma pensar durante todo o dia’.” (Extraído do Filme: Fome de Poder / The Founder [2016]).

Se a fórmula para o sucesso é tão simples, por que muitos fracassam antes mesmo de começar? Esse é o maior medo das pessoas, o fracasso? Ou será que o sucesso é o que as aterroriza, na verdade?

Nós começamos a nos limitar quando deixamos o medo nos vencer. Ele vence a cada dia toda vez que deixamos para amanhã as realizações que podemos fazer hoje. Morremos aos poucos, dia por dia, cada vez que atrasamos nossos sonhos. Fracassar não é tão ruim, então por que assusta tanto às pessoas, ao ponto de as impedir de tentar?

Todos que se colocam rumo ao inesperado estão inclinados a sofrer algum fracasso. O personagem Homer Simpson disse (como sátira): “A tentativa é o primeiro passo para o fracasso”. E ele não está errado, mas entenda, ISSO NÃO DEVE SER VISTO COMO ALGO RUIM! O fracasso nunca deve ser visto como algo ruim. Quando você internalizar essa mudança de paradigma, terá dado o primeiro passo rumo à grandeza.

Você se lembra de quando aprendeu a andar de bicicleta? Provavelmente tomou algumas quedas quando finalmente se livrou das rodinhas e começou a andar de verdade sobre duas rodas. Você fracassou algumas vezes, mas depois dominou o instrumento. Temos vários exemplos na nossa vida de atividades nas quais primeiro fracassamos antes de nos tornarmos bons nelas. Eu mesmo demorei seis meses antes de conseguir ficar de pé numa prancha de surfe, e, um ano depois, estava ganhando campeonatos.

Então de onde vem esse medo do fracasso? Será que a humilhação e a vergonha têm algo a ver com isso?

Ninguém gosta de ser humilhado publicamente. Ninguém gosta também de passar vergonha. Sabia que temos no mundo mais pessoas que temem falar em público do que o medo da morte? As pessoas acreditam que, se falharem, sofrerão algum tipo de humilhação e não poderão lidar com a vergonha. Portanto, preferem estar no lugar comum, que é seguro, a se aventurar no desconhecido.

Mas, se em vez de você ver o fracasso como uma vergonha, e sim como um aprendizado, será que isso daria certo?

Essa pergunta é bem retórica e extremamente importante, porque essa é a mudança completa de paradigmas que pretendo colocar em sua cabeça. Um obstáculo é um aprendizado. Por trás de TODA adversidade, existe uma oportunidade escondida querendo ser encontrada por aquele que está com olhos abertos para enxergá-la.

Vamos tomar como exemplo a invenção da lâmpada de filamentos incandescentes, como as que usamos em nossa casa. Thomas Edison fez nada menos de 700 experimentos infrutíferos durante longos anos.  Um dia, um dos seus auxiliares, desanimado com tantos fracassos, sugeriu a Edison que desistisse de futuras tentativas, porque, depois de 700 tentativas, não havia avançado um só passo. Ao que ele respondeu: “O quê? Não avançamos um só passo? Avançamos 700 passos rumo ao êxito final! Sabemos de 700 coisas que não deram certo! Estamos para além de 700 ilusões que mantínhamos anos atrás e que hoje não nos iludem mais. E a isso você chama perda de tempo?”. Ele foi alguém que não viu o fracasso como um obstáculo, e sim como um aprendizado.

Outra descoberta que começou como um fracasso e um acidente foi a descoberta da penicilina pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming, em 1928. Pesquisando substâncias capazes de combater bactérias em feridas, esqueceu seu material de estudo sobre a mesa quando saiu de férias. Ao retornar, observou que suas culturas de Staphylococcus aureus estavam contaminadas por mofo e que, nos locais onde havia o fungo, existiam halos transparentes em torno deles, indicando que poderia haver ali alguma substância bactericida.

Esses dois exemplos nos mostram que a capacidade de enxergar uma derrota sob outra ótica nos dá novas oportunidades. E mais, encoraja o espírito.

Nós não sabemos de tudo. Não temos todo o conhecimento do mundo, e não se deve fingir o contrário. A humildade de conhecer nossas limitações é outro passo no caminho da grandeza. Mas, para se atingir o sucesso de fato, precisamos de outro ingrediente, e ele é o movimento. Quando nos colocamos em movimento, somos capazes de transpor montanhas, ganhar os céus e fazer os mares tremerem. Eu não falo simplesmente de se deslocar de um ponto A a um ponto B. Eu falo de agir.

Meu lema sempre foi: em caso de dúvida, faça. Não sabe como fazer? Comece e aprenda no percurso. Se falhar, comece de novo, e quantas vezes forem necessárias. Mas aprenda e observe. Falhe o quanto precisar, mas aprenda com cada erro. Estude seus passos, volte atrás se for necessário. Aprenda. Aprenda! Coloque-se em movimento e, quando menos esperar, terá atingido os seus objetivos.

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