O ano é 2021, e a meta do ano é GABARITAR A PROVA DISCURSIVA. Nos últimos meses, nunca se falou tanto em como alcançar nota máxima na redação em blogs, redes sociais, vídeos no Youtube.
Todos os candidatos já perceberam que gabaritar a redação não só é possível, como é necessário para que a classificação aconteça com mais conforto (e dentro das vagas).
Sem enrolação, vamos ao passo a passo para você se dar bem:
PASSO 1: Conheça os critérios da banca avaliadora.
O primeiro passo é entender como funciona a banca organizadora do seu concurso. É cada vez mais claro que, para obter alta nota na discursiva, não basta sabermos escrever, é necessário saber como o examinador quer que escrevamos. Logo, conhecer os critérios de avaliação da banca é fundamental para conquistar uma boa nota.
Para isso, é preciso ler o edital, fazer as ponderações, entender quais aspectos têm maior peso na avaliação do examinador.
Um exemplo aconteceu em concurso recente da PC/PA. A banca foi a AOCP, e ela trouxe o seguinte quadro no edital:
Analisando o quadro, percebe-se que, do total de 10,00 pontos para a nota discursiva, 50% da nota seria atribuída ao candidato que demonstrasse base técnica e científica em seu texto.
Estudar os aspectos que serão avaliados é parte fundamental do estudo. Portanto, esse é o ponto de partida para se ter clareza de como será sua avaliação, juntamente com o próximo passo, que é:
PASSO 2: Esqueça o que você aprendeu para fazer a redação do ENEM/vestibular.
Isso mesmo! Parece difícil aceitar isso porque o primeiro contato que temos com redação é para estudar para o ENEM e para vestibulares. Mas essas provas exigem que o candidato se abasteça de um repertório cultural, e muitos cursinhos ensinam frases que os alunos passam anos da vida incluindo em seus textos dissertativos.
O que quero que você saiba, em outras palavras, é: desapegue-se dos vícios que você aprendeu no ensino médio para fazer redação. Na prova dissertativa de concurso, você precisa ser OBJETIVO, DIRETO E ASSERTIVO para que a banca organizadora consiga extrair das linhas do seu texto o que ela deseja encontrar de acordo com o padrão de resposta ou com a orientação que deu aos examinadores.
A pior coisa do mundo para o examinador de concurso é pegar uma prova dissertativa e perceber que aquele candidato não virou a chave do ENEM. Esse vício faz com que muitas vezes o candidato force relações inexistentes entre tema e citação. O candidato que continua citando no texto muitos autores e repertório mundano, entre outros vícios, precisa urgentemente mudar a mentalidade para que saia da condição de concurseiro iniciante.
Para entender o que, de fato, o examinador deseja do candidato, preciso esclarecer o Passo 3.
PASSO 3: O examinador precisa enxergar qual a fonte do seu embasamento.
Aqui está a chave para gabaritar sua prova discursiva. Ao pensar no tema e na abordagem que você vai dar para a sua resposta ficar completinha para a banca, é preciso fazer uma PESQUISA MENTAL e deixar explícito de que fonte você “bebeu” para dar a resposta correta.
Primeiro é preciso pesquisar na mente onde é que está a caixinha do conhecimento que você vai usar para se basear para dar aquela resposta e aprofundar naqueles tópicos da prova discursiva. O examinador está ávido para te dar nota máxima, mas ele precisa se certificar de que você sabe qual fonte ou quais fontes você está tomando como base para explicar, exemplificar ou citar exceções.
Por isso, você deve saber de que lugar está vindo o seu RECURSO DE AUTORIDADE.
“Ah, professor, que recurso de autoridade é esse? Tenho certeza de que é coisa difícil.” Calma, querido!
Recurso de autoridade nada mais é do que o resultado dessa pesquisa mental. Ao identificar de onde está vindo a fonte para a resposta na sua prova discursiva, você tem de encontrar um jeito de incluí-la no parágrafo. Logo no início dele, de preferência.
Vamos a um exemplo de como um candidato utilizou essa boa prática para obter a nota máxima na última prova da Polícia Federal para o cargo de Agente.
Para responder sobre a importância do papel da polícia na garantia do direito à segurança pública, ele escreveu o seguinte parágrafo, veja:
Primeiramente, a Polícia Federal exerce funções primordiais para a garantia da segurança pública. Nesse sentido, a Constituição Federal elenca seu papel como polícia judiciária e internacional, agindo principalmente na descapitalização do crime organizado e desmantelamento da corrupção. Para tal, realiza diversas operações que visam elucidar a materialidade dos fatos e autoria de crimes.
O recurso de autoridade para o conhecimento incluído como resposta no texto foi a Constituição Federal, de acordo com o trecho “Constituição Federal elenca seu papel…”.
Em cada parágrafo do texto nota 10 que ele produziu, houve a clara demonstração do recurso de autoridade que ele estava utilizando para redigir o texto.
No primeiro tópico, ele escreveu: “a Constituição Federal elenca seu papel…”. No segundo parágrafo, utilizou “…previstos na Carta Magna”. Já na terceira parte, ele arrebentou ao citar em passagem final: “…tratados internacionais incorporados ao ordenamento jurídico, como determinou o Pacto de São José da Costa Rica”.
Só de apresentar esses tópicos para você, já é possível sentir como isso dá um peso de autoridade ao que se está lendo. Pois é! Essa é a ideia.
Utilize da mesma estratégia. É sucesso!
PASSO 4: Escreva, reescreva, escreva novamente.
Poucos conseguem se dar bem na prova sem treinar redação. Muita gente se foca em escrever uma redação por semana, mas poucos são os que investem tempo para reescrever os textos que já produziram.
Caso você tenha a oportunidade de ter suas produções corrigidas por alguém, seja um profissional contratado ou utilizando plataformas como a do Gran, você deve sempre reescrever seu texto se ficou faltando algo substancial nele. Também é bacana reescrever seu texto quando ele resulta em algo que pode não favorecer a interpretação do examinador.
Quase sempre acontece de um bom candidato escrever um texto e depois pensar que a abordagem poderia ter sido diferente, ou ele pensa que poderia ter utilizado um exemplo de forma mais enxuta, ou que poderia ter mencionado a exceção de um direito ou uma garantia constitucional com mais propriedade, por exemplo. Isso ocorre demais. Aconselho a reescrita de textos para que você domine sua ATENÇÃO, seu FOCO e amplie sua VISÃO sobre sua capacidade argumentativa.
Tente escrever por outro ângulo que não fuja do padrão de resposta e você se surpreenderá em quão capaz é de dar variadas respostas para o mesmo tópico.
ÚLTIMO PASSO: Continue aperfeiçoando seus conhecimentos em gramática.
Aspectos gramaticais são sempre um item avaliativo que será cobrado pelas bancas organizadoras dos candidatos. Algumas descontarão itens da sua pontuação total indicando em quais linhas você cometeu erro, como é o caso do Cespe/Cebraspe. Outras pontuarão por meio de uma escala, cujo somatório fará parte da nota final, como é o caso da Idecan ou da FCC.
De uma forma ou de outra, você será avaliado quanto ao domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Desse modo, cabe destacar: evite o máximo possível dos desvios de convenção da escrita e das estruturas sintáticas. Para se tornar proficiente na nossa língua, é preciso muita leitura, escrita e reescrita.
Por isso, você deve se acostumar a fazer revisão do seu texto e corrigir tudo que estiver fora de conformidade com a linguagem padrão. Caso tenha insegurança, contrate um professor, um especialista, existem diversos planos na Internet que podem te ajudar. Conte com alguém para apontar os desvios e ajudar a solucioná-los. Não há fórmula mágica para ficar bom: é necessário dedicação.
A pontuação da gramática é essencial para que você consiga produzir um texto fluido e tranquilo para ser lido. Portanto, foque no conteúdo da prova discursiva, mas não se esqueça de que o código linguístico garante uma boa impressão e ainda conta pontos preciosos na sua nota final.
Não deixe de rever conceitos gramaticais. Continue sempre se desenvolvendo na gramática para ter segurança no texto produzido.
…
..
.
Gostou dos passos? Veja abaixo alguns alunos que contaram com minha ajuda de coach nas discursivas para melhorarem o desempenho na prova discursiva.
Eles aplicaram as boas práticas de redação e agora nos dizem o que é essencial para quem não quer depender de revisão da nota na fase de recursos em um concurso.
Fizemos uma parceria, a aprovação chegou, e os resultados estão nas valiosas dicas que eles mandaram a seguir. Preste atenção:
Dica da aprovada Tatiana Oliveira – aprovada AGU 2018 (Idecan)
Mergulhei no estudo da letra de lei e da doutrina para me manter firme e atualizada acerca dos principais temas. Treinei a produção de texto semanalmente, pois a escrita de uma boa redação resulta da prática constante. Fez diferença analisar os artigos da Constituição Federal de 1988, porque muitos deles podem ser citados como referência, assim como fiz no meu texto do concurso.
Dica do aprovado Rogério Mendes – aprovado Pref. São Paulo 2019 (Vunesp)
Para fazer uma boa redação em concurso, é necessário estar atento à estrutura formal do texto dissertativo-argumentativo. Comparar os padrões de resposta de concursos anteriores é uma excelente forma de perceber como você pode desenvolver o seu próprio modelo para o tema proposto que virá no enunciado. Deu muito certo comigo estudar por temas anteriores, porque você vai ficando especialista em pensar em diversos assuntos. Serviu para ficar mais tranquilo com qualquer tema que a banca colocar na prova.
Dica da aprovada Laís Alonso – aprovada PRF 2021 (Cespe/Cebraspe)
Procurei desenhar mentalmente quais formas que eu poderia abordar diversos temas atuais; temas que poderiam, de fato, cair na prova discursiva. Fazia um mapa mental na cabeça e pensava como ficaria cada parágrafo do meu texto. Além disso, na hora da prova, separei a primeira hora para planejar meu texto e fazer o rascunho. Aprendi o quanto é importante medir o tempo de prova. O meu gerenciamento de tempo deu super certo e, na última etapa da prova, passei o texto a limpo na folha definitiva.
Caso esteja com dificuldade em achar temas para escrever, ou se a análise para encontrar os erros estiver sendo uma tarefa mais difícil do que imaginava, há a possibilidade de contratar um especialista para fazer isso por você.
O auxílio de um profissional pode te ajudar enormemente nessa etapa e te fazer acelerar a sua preparação. Tudo que a gente não quer é um “bateu na trave” por causa da discursiva.
Para qualquer dúvida em redação ou necessidade de especialista em correção de discursivas, entre em contato comigo:
– mandando um e-mail para prof.brunopimentel@gmail.com;
– enviando um direct no Instagram em @prof.brunopimentel; ou
– dando um “oi” para mim no Telegram t.me/profbrunopimentel.
Foco na missão, guerreiro!
Você é capaz.