O que você precisar (mesmo) saber sobre Biossegurança em Análises Clínicas para a sua prova

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Olá pessoal! Tudo bem? Sou a professora Débora Juliani, farmacêutica, especialista em Análises Clínicas e faço parte do time de professores do Gran Concursos.

Com alguma frequência você se depara com o tópico Biossegurança em Análises Clínicas no Edital daquele concurso para o qual está se preparando, não é verdade? Mas talvez você considere um tema um tanto abstrato e se pergunte o que é realmente relevante para a sua prova.

Pensando nisso, resolvi escrever este artigo para pontuar para você, meu caro aluno (a) os tópicos realmente “quentes” nas questões de provas, para direcionar seus esforços e tornar seu estudo mais produtivo.

Sem dúvidas, a primeira coisa que você PRE-CI-SA saber é o conceito de Biossegurança. Isso mesmo, parece óbvio, mas as bancas adoram cobrar o conceito, fazendo pequenas mudanças que o tornam incorreto para avaliar se você será capaz de identificar esses erros.

Portanto, não se engane: a biossegurança é uma área de conhecimento definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como: “Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”. Se a questão excluir a saúde animal ou o meio ambiente, por exemplo, já estará incorreta, ok?

Outro tópico muito importante é a classificação dos tipos de risco no ambiente de trabalho em risco físico (verde), químico (vermelho), biológico (marrom), ergonômico (amarelo) ou de acidente (azul). Observe no quadro abaixo os principais exemplos para você não se confundir:

Destes riscos, é esencial nos aprofundarmos um pouco mais no risco biológico, já que estamos falando de Análises Clínicas, concorda?

E aí preciso te lembrar que o risco biológico possui 4 subclasses, numeradas de 1 a 4, a depender de qual é a intensidade de risco que aquele agente biológico (que pode ser uma bactéria, fungo, vírus ou parasita) traz para o profissional que o está manipulando e também para a sociedade em caso de um acidentes envolvendo aquele agente. Outro ponto que influencia nesta classificação é o fato de existir (ou não) medidas de profilaxia ou tratamento para a doença que o agente biológico possa causar. Assim, chegamos à seguinte subdivisão:

Não podemos esquecer, ainda, de estabelecer muito bem as diferenças entre os conceitos de desinfecção, antissepsia e esterilização.

Desinfecção é a redução do número de bactérias de uma superfície inanimada, tornando-a livre de patógenos na forma vegetativa (SEM eliminar esporos).

Antissepsia é uma desinfecção, porém de tecidos vivos, ou seja, é a eliminação das formas vegetativas de microrganismos destes tecidos(também SEM eliminar esporos).

Esterilização é a destruição de TODOS os microrganismos (INCLUINDO esporos).

Assim, basta lembrar que a desinfecção se faz em uma bancada, por exemplo, enquanto a antissepsia se faz na pele do paciente antes do procedimento. Ambas não são capazes de eliminar esporos, somente a esterilização o faz, ok?

Quero te chamar atenção, ainda, para as classes de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), de acordo com a RDC nͦ 222/2018. Não se esqueça, aliás, que de acordo com esta Norma Reguladora, são considerados RSS todos aqueles produzidos pelos estabelecimentos enquadrados como geradores de resíduos de serviços de saúde, que não são apenas hospitais ou clínicas, como você poderia pensar, mas sim todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar, drogarias e farmácias, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde, serviços de acupuntura, piercing e tatuagem, salões de beleza e estética, dentre outros! Fique atento!

Os resíduos de serviços de saúde do Grupo A (infectantes) são aqueles com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção.

Os resíduos de serviços de saúde do Grupo B (químicos) são aqueles contendo produtos químicos que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

Os resíduos de serviços de saúde do Grupo C são rejeitos radioativos, enquanto os resíduos de serviços de saúde do Grupo D são resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

Finalmente, os resíduos de serviços de saúde do Grupo E (perfurocortantes) são resíduos perfurantes, cortantes ou escarificantes. Eles, normalmente, também possuem a possível presença de agentes biológicos, motivo pelo qual seu símbolo é semelhante ao do Grupo A, conforme você pode observar abaixo:

Mais um resumão interessante, não é mesmo? Espero que tenha gostado e que continue a se preparar com o time Gran Concursos para os concursos e residências que não param de surgir.

Um forte abraço e bons estudos!

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