Alguns temas que estavam há muitos anos “adormecido” nas provas de concursos para Farmácia começam a reaparecer após a pandemia de coronavírus, um deles certamente é esse: Vacinas!
Você está afiado nesse tema?
Se não, venha comigo fazer uma revisão de alguns pontos relevantes para fins de prova!
Vacina é a preparação de antígenos microbiano, muitas vezes combinado a adjuvantes, administrada a indivíduos para induzir imunidade protetora contra as mais diversas doenças. O antígeno pode estar sob a forma de microorganismos vivos de forma que não causam doença, ou micro-organismos mortos, componentes macromoleculares purificados de um microrganismo ou um plasmídeo que contenha um DNA complementar que codifique um antígeno microbiano.
Existem algumas formas diferentes de preparação de vacinas…. Vejamos algumas:
- Vacina com antígeno purificado (subunidade).
Vacina composta por antígenos purificados ou subunidades de micróbios. Como exemplo, temos a vacina da H1N1, influenza.
- Vacinas de Antígenos Sintéticos
São antígenos sintetizados em laboratório utilizando DNA recombinantes, como as da HPV.
- Vacinas Virais Vivas Envolvendo Vírus Recombinantes
Essa estratégia consiste em introduzir genes codificadores de antígenos em um vírus não citopático e infectar indivíduos com este vírus.
Vamos falar um pouco sobre os mecanismo de algumas das vacinas que foram desenvolvidas para combater o coronavírus (SARS – COV – 2) e suas diferenças:
A vacina produzida pela Butantan utiliza a tecnologia do vírus inativado, ou seja, morto, essa técnica já é consolidada há anos. Após a injeção da vacina, o vírus não é capaz de causar doença, mas ele induz a resposta imune humoral de tal forma para a produção de anticorpos que são capazes de reconhecerem o vírus, se a pessoa entrar em contato.
Já a produzida pela Janssen, conhecida como “vacina covid-19 recombinante” é uma vacina monovalente composta por um vetor de adenovírus humano tipo 26 recombinante, incompetente para replicação, que codifica uma glicoproteína spike (S) de comprimento total SARSCoV-2 em uma conformação estabilizada. Após a administração, a glicoproteína S de SARS-CoV-2 é expressa transitoriamente, estimulando tanto os anticorpos neutralizantes quanto outros funcionais específicos de S, bem como respostas imunes celulares dirigidas contra o antígeno S, que podem contribuir para a proteção contra a COVID-19.
A vacina da Pfizer, utiliza a tecnologia de RNA mensageiro, ou seja, O RNA mensageiro com nucleosídeo modificado está formulado em nanopartículas lipídicas, permitindo que o RNA não replicante entre nas células hospedeiras para permitir a expressão transitória do antígeno S do vírus SARS-CoV-2. O mRNA codifica a proteína S integral ligada à membrana, com duas mutações pontuais na hélice central. A mutação destes dois aminoácidos para a prolina bloqueia a proteína S numa conformação pré-fusão antigenicamente preferida. A vacina induz imunidade celular e produção de anticorpos neutralizantes contra o antígeno spike (S), o que pode contribuir para a proteção contra a COVID-19.
Meio complexo não acha?
Por fim, não posso deixar de falar que as vacinas também são capazes de gerar uma sensibilização mediada por células e não por anticorpos especificamente. Isso significa que mesmo vacinados alguns indivíduos não apresentam o resultado REAGENTE ao fazer um exame para pesquisa de anticorpos, mas mesmo assim eles estão protegidos. Por isso não é recomendado que o paciente faça exames pós vacina a fim de se certificar da sua proteção.
Muita informação em um artigo apenas não é mesmo?
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Pro Pollyana Lyra