Quando começamos a estudar para concurso público, temos muitas dificuldades durante todo o processo. Várias dúvidas surgirão, e uma delas é a possibilidade de abandonar uma matéria, seja aquela que já foi estudada ou que nunca foi vista.
Primeiramente você deve ter a noção de que quem deseja realmente passar em concurso público deverá estudar todo o conteúdo programático, sem negligenciar qualquer matéria, pois os concursos estão cada vez mais concorridos. Abandonar uma matéria é a última hipótese a ser feita, ou seja, quando não se tem outra opção. Mas caso seja necessário, discorrerei acerca da melhor forma a se fazer.
Sabemos que é extenso o número de matérias cobradas em concurso público, e muitas vezes não conseguimos liquidar todo o edital antes da prova. É uma verdadeira corrida contra o tempo. Não é fácil manter uma programação normal de estudos, pois eventualidades poderão ocorrer, prejudicando-nos durante a preparação. Temos que aprender a lidar com essas situações e compensar o tempo perdido: aqui é que está o “pulo do gato”.
Uma forma de compensação do tempo é escolher uma carreira ou um cargo e começar a estudar antes do edital. Pelo fato de termos um curto prazo de tempo entre a abertura do edital e o dia da prova, é de suma importância que iniciemos os estudos de forma antecipada, abordado aquelas matérias que são sempre cobradas nas provas de concurso público, vinculadas ao cargo ou carreira escolhida. Assim, quando o edital sair, começaremos a revisar todo o conteúdo já estudado e adicionaremos aquelas novas matérias na medida em que formos progredindo. Ressalta-se que, quando estamos estudando antes do edital, temos uma apenas uma pretensão do que poderá vir a ser cobrado, então é possível perdermos tempo estudando uma matéria que talvez não seja. É um risco que corremos, mas que é necessário.
Mesmo após darmos início aos estudos antes do edital, é possível nos depararmos com a falta de tempo para concluir todo o conteúdo e ter que desistir de alguma matéria em detrimento daquelas mais importantes. Mas qual matéria eu devo abandonar? Aquela que eu não gosto? Aquela que eu tenho dificuldade? Aquela que eu já estudei todo o conteúdo e já domino? Aquela que eu nunca estudei?
Antes de começarmos, devemos entender que o processo de aprendizagem é gradativo e deve ser contínuo. Passamos a ter uma rotina que nos levará à aprovação. Num primeiro momento, estudamos para aprender as matérias, estamos nos familiarizando com aquela rotina de estudos; em seguida, temos o estudo para aprofundarmos nos conceitos e teorias, nos dando segurança para realizar os exercícios – aqui começamos a acertar e justificar as respostas. Logo após, temos a fase de fixação do conteúdo, revisando as matérias através dos resumos e resolvendo muitas questões de forma mais dinâmica e contínua, além de termos uma intimidade com os “peguinhas” feitos pelas bancas examinadoras.
Em qual fase você se encontra? Já estudou a maioria das matérias? Tem domínio sobre a maioria delas? Essas perguntas são de suma importância, assim conseguiremos saber qual a melhor decisão a ser tomada ao se deparar com a necessidade de ter que abandonar uma matéria.
Quando você está em um nível mais avançado de estudo, tendo um conhecimento aprofundado da maioria das matérias, você poderá apenas aplicar o processo de revisão/exercícios, diminuindo a carga horária e dedicando mais tempo para as novas matérias presentes no seu edital. Você não abandonará, mas apenas dedicará mais tempo para aprender os conteúdos que ainda não foram estudados ou que tem dificuldade. É um erro deixar de estudar aquela matéria que você já tem conhecimento, pois o nosso cérebro esquece muito rápido aquelas informações, por isso a necessidade de revisar.
Mesmo fazendo esse primeiro processo, você ainda assim não consegue otimizar o seu tempo. O segundo passo é focar naquelas matérias que você já domina – para garantir aqueles pontos na prova – e deixar para o segundo plano aquela matéria nunca antes vista.
Agora, quando não há esse domínio e você tem muitas matérias para estudar, aí a situação fica um pouco mais complicada. Temos que basear as nossas escolhas em relação à incidência daquelas matérias em concurso público, voltadas para o cargo ou carreira escolhida.
Temos que fazer um estudo das provas anteriores e pesquisar quais são as matérias menos cobradas. Após ter concluído, você optará por aquela que, além de ser menos cobrada, possui um grau de dificuldade maior, na sua concepção.
Até a escolha do seu material é importante, já que nem sempre um material muito extenso e mais aprofundado será o ideal, pois o tempo para concluí-lo será maior.
Nunca elimine uma matéria pelo simples fato de não se identificar ou não conseguir aprender. O estudo é cíclico, você aprenderá, é tudo uma questão de tempo e dedicação. Não basta ser inteligente para passar, temos que ser persistentes e sabermos nos comportar nestas situações.
Cuidado! Ao ter que fazer essa escolha, você deverá compensar aqueles pontos perdidos, e a única forma é tentar tirar o máximo de pontos nas matérias que foram estudadas.
Quando eu iniciei os meus estudos, organizava o meu tempo abarcando todas as matérias do edital anterior para a carreira que eu havia escolhido. É claro que eu tinha dificuldades em algumas matérias, mas eu sabia que, para passar, eu deveria estudá-las. Quando eu conseguia liquidar todo o edital, eu ia fazer a prova com mais confiança, já que a probabilidade de cair algo que eu nunca havia visto era menor. Mas nem todo mundo é assim, principalmente no início, somos tendenciosos a estudar apenas as matérias com que nos identificamos mais, deixando de lado algumas que certamente farão diferença na nossa aprovação ou classificação.
Em um caso real, um amigo que estudava comigo não gostava de estudar raciocínio lógico, pois tinha dificuldade de compreender a matéria. Então ele decidiu não mais estudá-la, mas ele compensou os seus estudos nas matérias que ele já dominava, conseguindo a sua aprovação. Contudo, essa escolha, talvez, tenha prejudicado a sua classificação.
Tendo em vista os aspectos observados, estude sempre antes do edital, tente abarcar todo o cronograma. Mesmo não tendo tempo suficiente, dedique-se às matérias que já domina, e, caso tenha que escolher uma matéria para abandonar, opte por aquela que tenha um menor peso ou que possua um menor número de questões presentes no edital.
Raul Brigagão
Atualmente, atua como Escrivão da Polícia Civil. Foi aprovado em três concursos policiais: Polícia Militar do Goiás, Polícia Militar do DF e Polícia Civil do DF. A primeira aprovação foi em apenas quatro meses de estudo. Todas as nomeações ocorreram na primeira chamada.
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