Olá, meus amigos da Enfermagem! Estamos com a série “Quebrando a banca FCC”, por meio dos comentários das questões. Hoje escolhi o meu tema preferido e que está na moda: “Segurança do Paciente”.
Para o aprofundamento do tema, você deve conferir as normas e os manuais a seguir:
Legislação do tema Segurança do Paciente
- Portaria n. 529, de 1 de abril de 2013 – Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
- RDC n. 36. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde.
- Portarias n. 1.377 e n. 2.095/2013, que instituem protocolos básicos de Segurança do Paciente.
Manuais do COREN-SP
- Manual do COREN-SP sobre os 10 passos da segurança ao paciente e a assistência de enfermagem.
- Manual do COREN-SP “Erros de Medicação: Definições e Estratégias de Prevenção”.
- Manuais da ANVISA da série Segurança do Paciente.
Entretanto, nosso objetivo hoje é apenas trabalhar com as questões da FCC e comentar diretamente as alternativas.
(FCC/TRT 3ª REGIÃO/2014) O Protocolo de Identificação de Paciente, anexo integrante do Programa Nacional de Segurança do Paciente,
a) deverá ser aplicado em todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer sejam terapêuticos e/ou diagnósticos, tais como: unidades de internação, salas de cirurgias, salas de emergência e, inclusive, ambulatórios.
b) garante a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de processos administrativos das instituições prestadoras de serviços de saúde.
c) inclui as seguintes intervenções: identificar os pacientes com, no mínimo, três identificadores em pulseira padronizada; educar o paciente e seus familiares, explicando os propósitos da identificação; confirmar a identificação do paciente antes do cuidado, sendo este procedimento contraindicado quando na presença de familiares.
d) define que a instituição deve definir um dos membros superiores para a colocação de pulseiras como dispositivo de identificação, sendo que esse local não poderá ser mudado, independente das necessidades do paciente.
e) contém recomendações indicadas, apenas, para as instituições prestadoras de serviços de saúde da rede pública e, ocasionalmente, para a rede privada, quando da prestação de serviços de saúde a grandes catástrofes.
Gabarito: letra A.
Comentário: essa questão é muito rica em detalhes, fique atento para aprender de que forma essa temática cai nas provas.
Protocolo de identificação do paciente: a finalidade deste protocolo é garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de incidentes.
Abrangência: o protocolo deverá ser aplicado em todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde (por exemplo, unidades de internação, ambulatório, salas de emergência, centro cirúrgico) em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos.
Letra B. Errada. A identificação correta tem a finalidade de evitar erros e não de reduzir processos administrativos.
Letra C. Errada. Lembra que te pedi para decorar esses identificadores!? Eles estão aqui na sua questão. Lembre-se de que são, no mínimo, 2 identificadores, como:
- nome completo do paciente;
- nome completo da mãe do paciente;
- data de nascimento do paciente; e
- número de prontuário do paciente.
Além disso, a alternativa C está errada porque a identificação do paciente é feita em todos os momentos, independentemente da presença dos familiares.
Letra D. Errada. A instituição deve ter protocolos, mas deve levar em consideração as particularidades de cada caso, como nos pacientes amputados. Portanto, há exceções, em alguns casos pode ser trocado o lado do membro da pulseira.
Observe como este aspecto está descrito no Manual em análise:
Casos especiais na identificação de pacientes: o serviço de saúde deve definir como identificar pacientes que não possam utilizar a pulseira, tais como grandes queimados, mutilados e politraumatizados.
A instituição deve definir um membro preferencial para a colocação de pulseiras como dispositivo de identificação. Deverá ser promovido um rodízio dos membros, de acordo com as necessidades dos pacientes, levando em consideração situações como: edemas, amputações, presença de dispositivos vasculares, entre outros.
Letra E. Errada, já discutimos a abrangência desse protocolo que é para todas as instituições.
- (FCC/TJ/2014) Os chamados Desafios Globais para a Segurança do Paciente, previstos na Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, identificam ações que ajudam a evitar riscos aos pacientes e, ao mesmo tempo, norteiam os países que tenham interesse em implantá-los. O primeiro Desafio Global está focado na:
a) ação “Enfrentando a resistência microbiana aos quimioterápicos”, que consiste na utilização da quimioprofilaxia nas cirurgias de alto risco.
b) temática “Cirurgias Seguras Salvam Vidas”, que trata da correção dos danos cirúrgicos provocados pelos serviços cirúrgicos ambulatoriais.
c) prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde − IRAS, apresentada como lema “Uma assistência limpa é uma assistência mais segura”, que envolve ações relacionadas à melhoria da higiene das mãos em serviços de saúde.
d) criação do programa “Pacientes pela Segurança dos Pacientes”, que busca implantar, de forma gradativa, o cuidado comunitário.
e) ação “Eliminando infecção da corrente sanguínea associada a cateter central”, que visa à redução de 60 a 90% das infecções de corrente sanguínea nos serviços de saúde do país.
Gabarito: letra C.
Comentário: letra C. Certa.
Conforme a ANVISA: o primeiro desafio da qualidade na assistência à saúde está relacionado com a higienização das mãos.
Letra A. Errada. Esse tema não é incluído na segurança do paciente.
Letra B. Errada. O protocolo “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” tem a intenção de evitar problemas, agindo de forma preventiva, e não de atuar corrigindo erros.
Letra D. Errada. O programa “Pacientes pela Segurança do Paciente” não tem relação com cuidado comunitário, mas sim com o cuidado individualizado, envolvendo o paciente no autocuidado em qualquer ambiente de assistência à saúde.
Pacientes envolvidos com sua segurança tornam o paciente agente ativo na busca de sua segurança, participando das etapas do processo de cuidado.
Letra E. Errado. O foco para a prevenção de todos os tipos de infecção relacionados à assistência à saúde é a higienização das mãos.
- (FCC/TRF 3ª/2014) Para os idosos com 80 anos e mais, os principais fatores de risco, que mais se associam às quedas, são:
a) diminuição da visão; baixo rendimento econômico e sedentarismo.
b) polifarmácia; doença de Parkinson e asma brônquica.
c) marcha lenta com passos curtos; sexo feminino e história prévia de quedas.
d) fraqueza muscular de membros inferiores; dano cognitivo e residir na periferia dos grandes centros urbanos.
e) baixa escolaridade; diminuição da audição e ser portador de doenças alérgicas.
Gabarito: letra C. Correta, todos os três itens estão dentre os riscos para queda.
Comentário: letra A. Errada, pois baixo rendimento econômico não é fator de risco.
Letra B. Errada, pois a asma não é fator de risco para queda.
Letra D. Errada, pois residir na periferia dos grandes centros urbanos não é fator de risco.
Letra E. Errada. Doenças alérgicas não estão incluídas nesse rol de fatores de risco para quedas.
- (FCC/TRT 15ª/2015) Em uma unidade de internação, durante o horário de administração da medicação das 11 horas, o paciente estava ausente do leito, realizando atividades de fisioterapia. O técnico de enfermagem deixou o medicamento na bandeja e não avisou o profissional do turno seguinte que a medicação não foi administrada. Trata-se de um erro de medicação, classificado como erro de
a) monitorização.
b) dose.
c) dispensação.
d) administração.
e) omissão.
Gabarito: letra E.
Comentário: foi um erro de omissão, representado pela não administração de um medicamento prescrito.
Em 2013, a ANVISA ampliou a conferência dos certos para 9 itens:
- Paciente certo (utilizar dois identificadores para cada paciente)
- Medicamento certo (confirmar o medicamento com a prescrição e conferir três vezes o rótulo)
- Dose certa
- Via certa
- Hora certa
- Compatibilidade medicamentosa
- Orientação ao paciente certa
- Direito a recusar o medicamento
- Anotação certa.
- (FCC/TRE-SP/2017) O profissional de enfermagem administrou corretamente o analgésico prescrito para o horário das 16h, mas não checou. Durante a visita médica que ocorreu às 18h30, o paciente informou que o medicamento havia sido administrado. Nesta situação hipotética, a ausência de registro da execução da medicação se caracteriza como um erro de
a) monitoração.
b) registro.
c) checagem.
d) prescrição desatualizada.
e) omissão.
Gabarito: letra E.
Comentário: não fazer ou não checar representa erro de omissão.
São erros de medicação:
- (FCC/TRT 15ª REGIÃO/2015) Atualmente, a melhoria da segurança do paciente e da qualidade da assistência à saúde tem recebido atenção especial em âmbito global. Neste contexto, o COREN − SP e a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente − REBRAENSP elaboraram uma cartilha contendo os “10 Passos para a Segurança do Paciente”, no qual, dentre eles, destacam-se
a) prevenção de queda e atendimento domiciliar.
b) identificação do paciente e paciente envolvido com sua própria segurança.
c) utilização de tecnologia inovadora e cirurgia em local correto.
d) acolhimento e comunicação transparente.
e) participação da família e higienização das mãos.
Gabarito: letra B.
Comentário: os 10 passos para a Segurança do Paciente estão listados abaixo:
- (FCC/2011) Segundo a ANVISA, Qualquer ocorrência médica desfavorável ao paciente ou sujeito da investigação clínica e que não tem necessariamente relação causal com o tratamento. Pode ser qualquer sintoma ou sinal, desfavorável e não intencional, ou doença temporalmente associada ao tratamento, incluindo achados laboratoriais anormais. O texto refere-se a
a) evento adverso.
b) antagonismo sinérgico.
c) reação rack.
d) gerenciamento de risco.
e) síndrome de Marfan.
Gabarito: letra A.
Comentário: III – incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente; Evento adverso: incidente que resulta em dano ao paciente. Observe o esquema para você entender melhor esse conceito:
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Fernanda Barboza é graduada em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia e Pós-Graduada em Saúde Pública e Vigilância Sanitária. Atualmente, servidora do Tribunal Superior do Trabalho, cargo: Analista Judiciário- especialidade Enfermagem, Professora e Coach em concursos. Trabalhou 8 anos como enfermeira do Hospital Sarah. Nomeada nos seguintes concursos: 1º lugar para o Ministério da Justiça, 2º lugar no Hemocentro – DF, 1º lugar para fiscal sanitário da prefeitura de Salvador, 2º lugar no Superior Tribunal Militar (nomeada pelo TST). Além desses, foi nomeada duas vezes como enfermeira do Estado da Bahia e na SES-DF. Na área administrativa foi nomeada no CNJ, MPU, TRF 1ª região e INSS (2º lugar), dentre outras aprovações.
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