A jornada dos concursos é árdua. Pode facilmente ser comparada com a
escalada de um monte. Exige habilidades que são específicas para aquele
desafio. E com certeza aqueles que chegam no topo devem ser chamados de
HERÓIS!
Na escalada, o iniciante não vai colocar uma mochila com muitos quilos nas
costas e encarar o Monte Everest. Mas, se ele mantiver a mentalidade de não
desistir, isso pode se tornar real. Depende só dele se desenvolver o suficiente
e até se sentir preparado para o desafio.
A regra geral é estudar pelo menos dois anos até uma nomeação. Ouso dizer
que, em 2 anos de preparação intensa e focada, um bom desafiante
conseguiria vencer uma grande escalada! Esse tempo pode ser reduzido,
dependendo do seu background e do quanto você vai ser constante no seu
estudo.
Inclusive, o mindset é uma das três engrenagens para se atingir um nível de
produtividade acima da média no mundo dos concursos. Encarar os desafios
de frente e não travar diante das dúvidas e medos: essas são habilidades que
devemos desenvolver desde cedo. Muitas vezes as respostas estão um pouco
mais à frente do conteúdo!
Se você fizer com pesar, sacrifício, indisposição e de forma tediosa, vai tornar a
jornada muito mais desgastante e cansativa, talvez até infrutífera. Esse tipo de
mindset precisa ser vencido o quanto antes, pois refletirá diretamente em um
dos pilares do estudo: o material.
Com esse comportamento, é bem provável que seu material de revisão não
fique bom, pois você realmente não se dedicou o suficiente para ter
profundidade no conteúdo. Ou até se dedicou, mas de forma que o material de
revisão ficou tão grande quanto o material original, pois, devido ao mindset
desajustado, você preferiu não “gastar tempo” processando a informação. Seja
qual for o caso, o resultado será negativo e interferirá diretamente nas revisões
e no aumento do percentual de acertos.
Outro fator importante no mindset é sobre quem iremos ouvir. Algumas vezes,
prestamos atenção em palavras de pessoas ao redor e, quando essas palavras
são negativas ou destruidoras, é preciso se afastar disso. Além disso, em
100% das vezes, ouvimos aquilo que dizemos a nós mesmos. Criamos uma
narrativa interna para justificar algumas faltas e vamos empurrando para frente,
procrastinando e enganando a nós mesmos. Cuidado com essas suas falas
internas, que também podem ser negativas e destrutivas. Elas, igualmente,
deverão ser afastadas antes que gerem frutos ruins.
Um fruto ruim comum é a autossabotagem. Ela precisa ser vencida. O primeiro
passo que se deve buscar é vencer a confusão. A confusão é ausência de
clareza e, quando você está cheio de dúvidas e questionamentos (por exemplo,
não sabe exatamente o que estudar, como estudar, qual prova fazer, entre
outros), a procrastinação, a insegurança e o medo encontram terreno fértil.
Por isso, ter um planejamento de estudos consistente, didático, direcionado,
motivador e dentro da sua realidade é um grande diferencial. Ele é capaz de
eliminar a confusão e toda a sua “gangue” (procrastinação, insegurança e
medo). Não importa se você mesmo faz o seu planejamento ou se você tem
um mentor que faz para você. O importante é que o planejamento exista, seja
realista e seja seguido com a maior qualidade possível.
Além disso, um outro remédio para a autossabotagem é aprenda a se divertir
durante a jornada! Faça com alegria cada meta de estudo. Crie uma rotina em
que, de alguma maneira, você se recompense por cada meta alcançada. Gosto
também da ideia de trazer guardiões para as metas maiores. Exemplo: você
precisa alcançar 80% de proficiência em português nos simulados. Apresente
para um amigo, parente ou colega de trabalho o seu desafio.
Quando nos comprometemos publicamente, temos uma tendência maior a
valorizar o compromisso e a realmente buscar a todo custo atingir aquela meta.
Você pode – e recomendo que faça – estabelecer um prazo final para a meta
que realmente seja atingível. E o seu guardião terá a nobre missão de te cobrar
empenho e evolução nos resultados. E se você tiver oportunidade, presentei
seu guardião pelo empenho em te ajudar, quando a meta for atingida.
Comemore cada avanço, inclusive os erros das questões, aprendendo com
eles. Anote essas questões que errou no caderno da virada. Você pode alinhar
aquela questão com o seu material de revisão, colorindo, destacando aquele
fragmento da matéria que responde corretamente aquele item.
Não vai ficar mais fácil, mas vai ser mais leve. Quando se tem estratégia para
encarar os desafios, subimos qualquer montanha, seremos aprovados em
qualquer prova.
Sei que trazer essa leveza não vai diminuir a quantidade de conteúdo, mas vai
preservar ou aumentar a sua autoestima. Um coração animado, uma mente
saudável avança sempre na direção do objetivo. Sabendo que virão dias ruins,
vamos nos preparando para manter o foco em nosso objetivo.
Sei que essa leveza não vai fazer a aprovação chegar mais rápido, mas vai
fazer com que cada dia seja bem vivido. Sem aquele peso do mundo nas
costas, mas entendendo sua responsabilidade diante de cada circunstância,
quer seja ela diante do estudo ou da vida.
Com essa responsabilidade norteando nossas ações, fica mais leve acordar
cedo para estudar. Fica mais divertido responder simulados, visando
aperfeiçoamento naqueles 4 ou 5 pontos que estão faltando para te colocar
dentro do número de vagas.
A vida é um desafio e tanto e, dentro dela, só aqueles heróis da própria vida
topam vencer uma montanha de conteúdos para transformar um sonho em
REALIDADE!
Hoje eu tenho satisfação em estudar – e até fico com saudades quando dou
uma pequena pausa. Mas não foi fácil no começo. Tive momentos em que
quase desisti. Mas sempre pude contar com pessoas ao meu lado para me
ajudar nessa jornada heroica.
Hoje me sinto realizada em poder compartilhar essa parte da minha história.
Se você tem o real desejo de se tornar um herói da própria vida, entenda o
tamanho do seu desafio, trace o plano que vai te levar até lá com todo
empenho e dedicação. E claro, se precisar de ajuda, conte comigo para ser a
sua guia.
Enfim, isso tudo é só para dizer:
DIVIRTA-SE NA JORNADA. A felicidade está no caminho, e não na chegada.