A preparação física voltada para o teste de aptidão física deve ser bem planejada, haja vista que, além do tempo de treinamento, há várias valências físicas que precisam ser desenvolvidas, considerando-se as diversas modalidades que são exigidas para variados concursos da área de segurança.
Diante da periodização montada pelo profissional habilitado, é comum – e até mesmo de bom alvitre – a realização do exercício de agachamento, entre outros exercícios multiarticulares. Isso porque esses exercícios têm um grau de eficiência muito maior se comparados aos uniarticulares (exercícios isolados), já que requerem uma gama de musculatura envolvida, bem como o aperfeiçoamento do movimento para a funcionalidade do aluno.
É nesse prisma que surgem os diversos questionamentos sobre a execução do agachamento, como: posicionamento dos pés, das mãos, do joelho, da coluna, do pescoço e, principalmente, a amplitude. Entretanto, e diante desses vários detalhes e até mesmo considerando a individualidade de cada aluno, torna-se necessário se ater a um deles para delimitar o assunto e não prejudicar a informação aqui explanada. Ademais, todos esses detalhes deverão ser instruídos pelo profissional que o acompanha.
O agachamento é um dos exercícios de membros inferiores mais realizados para o desenvolvimento de força e massa muscular, além de ter utilidade para a reabilitação de diversas lesões no joelho (Schoenfeld, 2013). Contudo, quando mal executado, colabora para lesões e desconfortos, principalmente na região lombar (Kerr, 2007).
É comum ver alunos, quando da execução deste exercício, projetarem o joelho para dentro à medida que fazem o agachamento. Essa alteração biomecânica chama-se valgo dinâmico, que pode ser ocasionado pela rotação interna da tíbia e do fêmur, proporcionando o pé pronado (pisada para dentro) ou por uma descompensação muscular (fraqueza) dos músculos do quadril (facilitação da adução e rotação interna do fêmur). A tendência para este movimento é aproximar o joelho, afigurando-se como “X”.
A identificação dessa alteração biomecânica é de grande importância na prevenção de lesões ligamentares, principalmente nos joelhos e tornozelos entre outras alterações decorrentes desse quadro, como a síndrome fêmoro-patelar (Petersen, 2017).
É de fundamental importância o fortalecimento dos rotadores externos do quadril (glúteo máximo e médio) e dos abdutores, com vistas a mitigar as futuras dores e proporcionar a estabilização adequada para a execução do exercício. Para tanto, durante o exercício, tente manter o quadril e o joelho alinhados à ponta do pé (embora possa até passar um pouco à frente, mas não muito), sem que haja a projeção do joelho para dentro. Assim o agachamento se tornará mais efetivo e seguro, minimizando os riscos de lesões.
É muito importante o candidato tirar as dúvidas com seu treinador, pois ele estará te acompanhando e deverá passar todas as informações necessárias para uma boa execução. Além do mais, esse assunto é de grande importância porque qualquer dor, ocasionada pela má execução, que o concurseiro venha a ter durante a preparação para o TAF pode comprometer o treinamento e, consequentemente, o resultado.
Rafael Costa – Educador Físico
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Rafael Costa – Educador físico; coach em saúde, bem-estar e emagrecimento; treinador de atletas campeões mundial e brasileiro. Graduado em Direito; militante em direito penal, processo penal e criminologia. Servidor Público Federal. Gestor público na área de política criminal, execução penal e segurança pública. Concursando de carreira jurídica. Aluno do Gran Cursos Online.