Etimologicamente, a palavra ‘escolher’ significa eleger, preferir, selecionar, optar. Daí a dificuldade que muitos candidatos apresentam na escolha do concurso certo para o seu perfil, já que essa decisão pode determinar o seu sucesso ou fracasso, seja na aprovação ou no exercício do cargo desejado.
Na atual conjuntura, em que os concursos públicos estão cada vez mais concorridos e os concursandos estão cada vez mais bem preparados para o certame, é de suma importância tomar a decisão certa. Desse modo, o primeiro passo é idealizar qual a carreira seguir, em seguida fazer o levantamento do último edital na área desejada e verificar sua afinidade com as disciplinas básicas do concurso pretendido. Contudo, é importante frisar que em vários concursos sempre há mudanças em relação ao último edital. Outra boa ideia é procurar saber o máximo sobre as funções que serão desempenhadas após a posse. Dessa forma o candidato poderá comparar suas aptidões e anseios pessoais com a natureza da função. Vale lembrar que fazer o que se gosta é fundamental para ser bem sucedido e feliz.
Uma vez escolhida a carreira, o segundo passo é escolher o concurso. O candidato deve fazer um levantamento das seleções anteriores, para saber qual costuma ser o intervalo entre elas, o que costuma ser cobrado na prova, entre outros aspectos. Dessa forma, o candidato estará mais preparado para ir para o terceiro passo: estabelecer um cronograma de estudos e pesquisar sobre as notícias do certame, pois é preciso conhecer bem o estilo adotado pela banca examinadora. Costumo afirmar que aquele que é aprovado em vários concursos nem sempre é o candidato que melhor domina o assunto, mas sim aquele que domina melhor a técnica.
O quarto passo é verificar o possível número de vagas, pois normalmente o candidato é atraído pelo concurso que oferece uma quantidade maior de vagas. Contudo, nem sempre este critério é válido, pois nos últimos três anos os editais com um pequeno número de vagas e cadastro reserva foram os que mais realiaram nomeações. Exemplo: o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios que abriu edital de 40 vagas para cadastro reserva já nomeou mais de dois mil servidores; o Superior Tribunal de Justiça, por meio do cadastro reserva, já nomeou quase 400 servidores. Portanto, é importante ser estrategista e optar, sempre que possível, por aquela vaga que consta como cadastro reserva, ou ainda por aquele cargo que oferece poucas vagas. Ademais, corra contra a maré, pois os concursos de nível médio são bem mais concorridos que os concursos que exigem nível superior e por essa razão as avaliações se tornam mais difíceis.
O quinto passo é a preparação. Escolha os melhores professores e invista alto, uma vez que o retorno valerá a pena. É importante também que essa preparação seja antecipada, com pelo menos de seis meses a um ano antes do concurso pretendido, porque quando o edital for publicado, você já estará em outro estágio: resolução de questões.
Muitos concursandos sempre me perguntam: professor, estudo há dois, três anos e não passo, o que devo fazer? A minha resposta sempre é a seguinte: você não sabe escolher, foca sempre nos certames mais concorridos ou ainda se inscreve em todos e não se prepara com qualidade para nenhum deles. Por isso, lembre-se sempre dos seguintes mandamentos: vontade, atenção, decisão, disponibilidade, dedicação e perseverança, já que esses poderão ser os pilares da sua aprovação. Enfim, pense, analise e escolha certo, pois o seu futuro depende só de você.
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Will Felix é Advogado, membro da Comissão de Direito do Consumidor e do Advogado Concursando da OAB-DF, militante na advocacia relativa a concursos públicos, regimentalista, professor universitário e doutorando em Direito do Trabalho, graduado em História e Direito pelo UniCeub, especialista em Direito Constitucional pelo IDP, especialista em docência do ensino superior pela UCAM, autor dos livros Direito Eleitoral Esquematizado, Regimentos do Senado e Comum do Congresso Nacional e Direito do Trabalho, Regimento Interno do TJDFT e no prelo Legislação do MPU, professor titular das cadeiras de Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Constitucional da FAPRO, professor titular do Gran Cursos nas cadeiras de Direito Eleitoral, Direito do Trabalho, Direito do Consumidor, LODF, Legislações Específicas e Regimentos Internos do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário.
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