No 3º trimestre de 2015, a taxa de desocupação para o Brasil (8,9%) apresentou alta tanto em relação ao 2º trimestre de 2015 (8,3%) quanto frente ao 3º trimestre de 2014 (6,8%). Foi a maior taxa da série iniciada em 2012. Em relação ao mesmo trimestre de 2014, a taxa subiu em todas as Regiões: Norte (de 6,9% para 8,8%), Nordeste (de 8,6% para 10,8%), Sudeste (de 6,9% para 9,0%), Sul (de 4,2% para 6,0%) e Centro-Oeste (de 5,4% para 7,5%). (atualidade para concursos)
A Bahia mostrou a maior taxa de desocupação (12,8%) e Santa Catarina (4,4%), a menor. Entre os 27 municípios das capitais, Salvador tinha a maior taxa (16,1%) e Rio de Janeiro (5,1%) a menor. Entre as 21 regiões metropolitanas investigadas, Salvador (17,0%) tinha a maior taxa de desocupação e Curitiba (5,7%) a menor.
A população desocupada no Brasil chegava a 9,0 milhões de pessoas e aumentou em ambas as comparações: 7,5% em relação ao trimestre anterior e 33,9% em relação ao mesmo trimestre de 2015. Este foi o maior crescimento da população desocupada, na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, na série da PNAD Contínua.
A população ocupada (92,1 milhões de pessoas) do país ficou estatisticamente estável em ambas as comparações.
Cerca de 35,4 milhões de pessoas tinham carteira de trabalho assinada no setor privado, no Brasil. Esse contingente recuou no trimestre (-1,4%) e no ano (-3,4%).
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.889) caiu (-1,2%) em relação ao segundo trimestre de 2015 (R$ 1.913) e ficou estável (0,0%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.890). Entre as grandes regiões, o Sudeste (R$ 2.189) mostrou o maior rendimento médio e o Nordeste (R$ 1.284), o menor. Entre as UFs, o Distrito Federal (R$ 3.512) tinha o maior rendimento médio e o Maranhão (R$ 993), o menor. Nas capitais, Vitória (R$ 3.782) tem o maior rendimento e São Luís (R$ 1.519), o menor. Entre as regiões metropolitanas, São Paulo (R$ 2.920) lidera e a Grande São Luís (R$ 1.388) mostrou o menor rendimento médio.
A massa de rendimento real habitual (R$ 168,6 bilhões) recuou (-1,2%) em relação ao trimestre anterior (R$ 170,7 milhões) e manteve-se estatisticamente estável (-0,1%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 168,8 milhões).
A publicação completa da PNAD Contínua pode ser acessada aqui.
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, com informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em setembro de 2015 foi calculada a partir de informações coletadas em julho/2015, agosto/2015 e setembro/2015. Nas informações utilizadas no cálculo dos indicadores para os trimestres móveis encerrados em agosto e setembro, por exemplo, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%. Essa repetição só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres móveis. Mais informações sobre a metodologia da pesquisa estão aqui.
Taxa de desocupação
A taxa de desocupação, no Brasil, no 3º trimestre de 2015, foi estimada em 8,9%, com elevação de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (8,3%) e de 2,1 ponto percentual comparada com o 3º trimestre de 2014 (6,8%).
O Nordeste apresentou a maior taxa (10,8%) e o Sul, a menor, 6,0%. No Nordeste, do 3º trimestre de 2014 para o 3º trimestre de 2015, houve alta de 2,2 pontos percentuais na taxa de desocupação e na Região Sul, de 1,8 ponto percentual.
A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade (19,7%) apresentou patamar elevado em relação à taxa média total (8,9%). Este comportamento foi verificado, tanto para o Brasil, quanto para as cinco Grandes Regiões.
População desocupada
No 3º trimestre de 2015 as mulheres representavam 51,2% da população desocupada. O percentual de mulheres na população desocupada foi superior ao de homens em quase todas as regiões. A exceção foi o Nordeste, onde elas representavam 48,9% dos desocupados.
O grupo de 14 a 17 anos de idade representava 8,4% das pessoas desocupadas. Os jovens de 18 a 24 anos eram cerca de 33,1% das pessoas desocupadas e os adultos de 25 a 39 anos de idade representavam 37,0%. Esta configuração não se alterou ao longo da série histórica.
No 3º trimestre de 2015, 51,2% das pessoas desocupadas tinham concluído pelo menos o ensino médio. Cerca de 25,9% não tinham concluído o ensino fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 8,8%. Importante destacar que estes resultados não se alteraram significativamente ao longo da série histórica disponível.
População ocupada
Embora as mulheres sejam maioria na população em idade de trabalhar, entre as pessoas ocupadas predominam os homens (56,9%). Isto se dá em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 61,1% dos trabalhadores no 3º trimestre de 2015. Ao longo da série histórica da pesquisa este quadro não se alterou significativamente.
No 3º trimestre de 2015, entre os ocupados, 13,2% eram jovens de 18 a 24 anos, enquanto as faixas de 25 a 39 anos e de 40 a 59 anos de idade, somadas, representavam 77,5%.
Posição na ocupação e categoria do emprego
No 3º trimestre de 2015, a população ocupada era composta por 68,6% de empregados, 4,4% de empregadores, 24,1% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,9% de trabalhadores familiares auxiliares. Parte expressiva dos empregados estava alocada no setor privado (72,2%), 18,3% no setor público e os demais no serviço doméstico (9,5%).
Nas Regiões Norte (31,4%) e Nordeste (30,3%) o percentual de pessoas que trabalharam por conta própriaera superior ao das demais regiões.
Cerca de 77,7% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada. Na comparação anual, houve aumento de 1,5 pp, enquanto de 2013 para 2012, houve aumento de 1,2 pp. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 31,4% tinham carteira de trabalho assinada no 3º trimestre de 2015, contra 32,0% no mesmo trimestre do ano passado. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 68,7% dos empregados do setor público.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado mostrou cenários distintos: Norte (63,4%) e Nordeste (63,5%) apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões. No entanto, na comparação anual, este indicador cresceu no Centro-Oeste, onde passou de 77,7% para 79,0%.
Grupamentos de Atividade
O grupamento de atividade do Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas possuía a maior proporção de trabalhadores (19,1%) no 3º trimestre de 2015, seguido dos grupamentos da Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (16,8%) e da Indústria geral(14,0%). Os grupamentos com as menores participações, 4,6% em média, foram: Transporte, armazenagem e correio; Alojamento e alimentação; e Outros serviços.
Norte (18,4%) e Nordeste (16,2%) apresentaram elevada participação do grupamento da Agricultura, pecuária, produção de florestas, pesca e aquicultura, enquanto no Sudeste, essa participação foi de apenas 5,5%. Na Sul, 19,1% das pessoas ocupadas estavam na Indústria e no Nordeste, 9,5%. No grupamento da Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, a menor proporção de ocupados estava no Norte (6,0%) e a maior, no Sudeste (14,4%).
Nível da ocupação
O nível da ocupação no Brasil, no 3º trimestre de 2015, foi estimado em 56,0%. Este indicador recuou tanto em relação ao trimestre anterior (-0,2 ponto percentual) quanto ao mesmo trimestre do ano anterior (-0,8 ponto percentual). As Regiões Sul (60,0%) e Centro-Oeste (59,8%) apresentaram os maiores percentuais e a Nordeste, o menor nível da ocupação (51,3%).
População fora da força de trabalho
No Brasil, 38,6% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa. O Nordeste apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho (42,5%) enquanto Sul (36,2%) e Centro-Oeste (35,3%) tiveram os menores percentuais. Esta configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica.
Rendimento médio real habitual em todos os trabalhos
No 3º trimestre de 2015, o rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimado em R$ 1.889, ficando estatisticamente estável (0,0%) em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.890) e mostrando recuo de 1,2% em relação ao segundo trimestre de 2015 (R$ 1.913).
Massa de rendimento real habitual
No 3º trimestre de 2015, a massa de rendimento médio real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com rendimento de trabalho, foi estimada em R$ 168.577 milhões de reais, registrando retração (-1,2%) em relação ao trimestre anterior (R$ 170.663). Na comparação com o mesmo trimestre de 2014 (168.810), esta estimativa ficou estável (-0,1%).
Com informações do IBGE