CACD 2017: torne-se diplomata!

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Saiu o tão esperado Edital para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) de 2017 e com ele iniciado ou renovado o sonho de ingressar em uma das mais cobiçadas carreiras do serviço público. E como toda carreira pública, só existe um caminho de ingresso: o do concurso. E para este ano, a disputa das 30 vagas reservou algumas surpresas para aqueles que já conhecem o formato do tradicionalíssimo CACD.

A primeira pergunta que se coloca é se o processo seletivo ficou mais difícil do que a edição de 2016. Mais fácil posso afirmar sem medo de errar que não ficou. Porém sou um eterno otimista. Ainda que algumas matérias sejam mais exigidas, considero que o concurso está com um formato um pouco diferente, mas o grau de dificuldade é basicamente o mesmo do ano passado.

Vejamos por partes. A prova objetiva da Primeira Fase, mais conhecida como Teste de Pré-Seleção (TPS) parece ter-se voltado para cobrar um pouco mais matérias de fim, como Política Internacional, História e Geografia, do que de meio (idiomas). Com isso, entendo, ficou um pouco mais leve, pois as questões de Português e Inglês costumam vir acompanhadas de textos, por vezes longos, que desgastam o nível de atenção e exigem mais tempo de dedicação para a leitura e raciocínio.

Na Segunda Fase, a principal mudança: a prova escrita de língua inglesa agora tem nota mínima de 50 pontos para aprovação. Com isso, não é mais possível compensar uma nota baixa nessa disciplina com notas altas das demais da Terceira Fase, como ocorria até o último CACD. A média de todas as provas, no entanto, fora o TPS que era é continua sendo apenas classificatório, é de 60 pontos para aprovação no concurso. E isso não  mudou. Antes e agora, portanto, é necessário ter desempenho médio bastante elevado. E se sem saber bom inglês, era muito difícil passar, agora está quase impossível (e só usei o quase porque não gosto de afirmações categóricas).

Outra novidade, essa na Terceira Fase, é o desmembramento das provas escritas de Geografia e Política Internacional. Enquanto em 2016 eram duas questões para cada uma dessas disciplinas em uma única prova, neste ano haverá um exame com quatro questões aplicadas em dias distintos para cada matéria. Assim, sobe o peso de cada uma na média final. Outra vez, prestígio a disciplinas-fim.

E para compensar esse peso retirado dos idiomas no TPS e na média geral das provas escritas, surge agora um exame igualmente escrito, não mais objetivo, com questões de língua espanhola e francesa. Espera-se que o grau de exigência será limitado a noções básicas, bem diferente do nível historicamente cobrado para inglês, porém certamente estamos falando de uma prova (os dois idiomas continuarão a ser avaliados juntos), que será mais exigente do que as últimas. Logo, será necessário dedicar mais tempo aos estudos dessas línguas.

Finalmente, é preciso lembrar que todas essas novas regras do CACD 2017 valem para todos os candidatos. Vejo muita gente dizer, por exemplo, que mudanças no Concurso prejudicam candidatos que já conheciam o formato anterior. Isso não procede! Quem estava se preparando para esse certame com base no que conheciam de edições anteriores, nas quais alguns até concorreram, levava e continua levando vantagem em relação aos que decidiram fazer o concurso a partir da publicação do edital. Algumas provas podem até ter formato, itens do programa ou nota mínima para aprovação diferentes do ano passado. As disciplinas, no entanto, são as mesmas, assim como o nível exigido para estar entre os 30 primeiros.

Não acho, portanto, que as novas regras do CACD 2017 tenha reiniciado o jogo do zero, nem que aqueles que estivessem preparados para aprovação no ano passado estejam aquém do nível de preparação de que necessitam para se tornarem diplomatas até dezembro próximo. O Concurso está apenas um pouco diferente; nem mais fácil, nem mais difícil. Basta um pouco mais de atenção ao que é novo, talvez um leve ajuste na estratégia de estudos e bola para frente, pois o palco  da diplomacia espera sua atuação. Boa sorte!

Prof.Jean Marcel Fernandes – Coordenador Científico

Jean MarcelNomeado Terceiro-Secretário na Carreira de Diplomata em 14/06/2000. Serviu na Embaixada do Brasil em Paris, entre 2001 e 2002. Concluiu o Curso de Formação do Instituto Rio Branco em julho de 2002. Lotado no Instituto Rio Branco, como Chefe da Secretaria, em julho de 2002. Serviu na Embaixada do Brasil em Buenos Aires – Setor Político, entre 2004 e 2007. Promovido a Segundo-Secretário em dezembro de 2004. Concluiu Mestrado em Diplomacia, pelo Instituto Rio Branco, em julho de 2005. Publicou o livro “A promoção da paz pelo Direito Internacional Humanitário”, Fabris Editor, Porto Alegre, em maio de 2006. Saiba +


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