Se dedicar de verdade e passar horas estudando são alguns dos “sacrifícios” enfrentados pelos concurseiros que desejam conseguir uma vaga no serviço público. Mas, só isso não basta, pois são muitos os detalhes que podem fazer a diferença em sua preparação. Um dos mais importantes é conhecer o estilo de cada banca organizadora. Tomar conhecimentos de cada detalhe, isto é, a maneira como aborda e cobra o conteúdo, bem como seus critérios de correção, pode ser determinante para o seu sucesso.
O que fazem as bancas organizadoras?
– As bancas organizadoras são responsáveis pela elaboração, divulgação e organização de concursos públicos, elas assumem um papel fundamental frente a gestão de processos seletivos de servidores públicos.
O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB), por exemplo, é uma das bancas mais importantes do país. A metodologia é a primeira grande diferença que se verifica na correção das provas entre o Cespe e as demais bancas examinadoras. O Cespe utiliza, basicamente, o sistema de Certo ou Errado, o que significa que o candidato tem 50% de chance de acertar cada resposta. A banca adota o sistema de correção em que cada resposta errada anula uma certa – o que leva o candidato a pensar duas vezes antes de chutar. O teste também pode ser de múltipla escolha, privilegiando o raciocínio interdisciplinar, o que exige um amplo conhecimento das matérias do concurso.
De acordo com alguns especialistas em concursos, para ser aprovado em uma seleção pública, não basta só focar na teoria. O mais importante, é a criação de uma grande intimidade com o perfil da banca organizadora. Por isso, separamos aqui as principais características do Cespe em provas de Língua Portuguesa, Direito Administrativo, Direito Constitucional e Informática. Confira:
– Língua Portuguesa
Abordagem: Pensamento mais “moderno” em termos de visão linguística.
Características: Bons textos selecionados, autores conhecidos e temas da atualidade sobre: textos adaptados de sites da internet.
Temas recorrentes: Política, Economia e decisões recentes (em artigos jornalísticos).
O que cobra: Funções dos termos QUE e SE; sinais de pontuação; concordância. Questões de acentuação/ortografia.
– Direito Administrativo
Doutrina: Sim – Muito
Jurisprudência: Muito (sobretudo do STF e do STJ)
Lei seca (texto legal): Muito
Autores mais citados: Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Celso Antônio Bandeira de Mello e José dos Santos Carvalho Filho.
– Direito Constitucional
Doutrina: Pouco
Jurisprudência: Muito
Constituição Federal “seca”: Muito
Autores mais citados: Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes
– Informática
Conteúdo mais cobrado: MS.Office (Word, Excel) com a imagem dos botões; Linux e BrOffice
Grau de dificuldade da questão: Em 2008, extremamente fácil. Em 2009, aumento no grau de dificuldade.
Destaque a ser dado pelo candidato: Conceitos relacionados à Internet e Intranet, Navegador Internet Explorer, Sistemas operacionais Linux e Windows e Editores de texto Word e Writer.
Para o professor José Wilson Granjeiro o principal desafio a ser vencido pelos candidatos não é apreender o conteúdo proposto no edital, e sim decifrar os ‘códigos’ usuais dos examinadores. “Para vencer as bancas é necessário conhecê-las profundamente, traçando minucioso estudo de suas características, pensamentos, peculiaridades, preferências. Pensando nisso elaborei este guia com as principais características das organizadoras mais atuantes. É para auxiliar os candidatos a vencerem esta batalha”, comenta o especialista.
Gran Sucesso e Bons estudos!