Ainda que memorizar e aprender sejam coisas diferentes, a memória como o armazenamento de informações e capacidade de recuperar estas informações tem importância fundamental na vida do estudante e no processo de aprendizagem.
A informação decorada e sem conexão com algo que seja relevante é “decoreba”. É informação que “ocupa espaço” e que ao mesmo tempo é inútil.
A informação memorizada e que tem valor é aquela informação que está relacionada com outras coisas que você já sabe.
Tudo que você sabe, tudo que você conhece deve ser uma rede para “aprisionar” outras informações, para enganchar outros conceitos. Se alguma novidade que você aprender hoje estiver relacionada com algo que você já sabe, a novidade será armazenada com muito mais facilidade.
O mais importante é o seguinte: aquilo que você memorizar precisa tornar-se em algo aprendido. A capacidade de memorizar é um passo para a aprendizagem.
Então vamos às técnicas…
1. Condições ambientais adequadas
Não se esqueça de criar todas as condições ambientais necessárias para favorecer seu processo de aprendizagem: ambiente agradável… material reunido… já falamos de tudo isto.
2. Estou com sono? Estou legal para estudar?
Se você quiser estudar toda a matéria na véspera, estudando de madrugada, 10 horas seguidas de estudo, à base de guaraná em pó e café… Pode esquecer. Isto não funciona. Você vai se esforçar muito, vai fazer mal para a sua saúde e terá resultados mínimos. Desperdiçará seu tempo.
Na hora que você for estudar, seu cérebro precisa estar descansado, relaxado, sem sono. Na hora do estudo faça as seguintes perguntas: Estou legal? Estou sem sono? Estou atento? “Não dê murro em ponta de faca”. Só comece a estudar quando você estiver em condições físicas adequadas.
Não dá para nadar e correr de barriga cheia. Não dá para dirigir com sono. Não dá para dançar com a perna quebrada. NÃO DÁ PARA ESTUDAR COM SONO E CANSADO.
Estudar não é algo que se faça de qualquer jeito
3. Relacionar a novidade com algo que você já sabe
Quando você for estudar a primeira coisa que você precisa ter em mente é uma questão: O QUE É QUE EU JÁ SEI A RESPEITO DESTE ASSUNTO QUE VOU ESTUDAR AGORA??
Na hora que você começar a estudar se pergunte: Pergunte-se: o que eu já sei a respeito disto? Anote.
Esta é a grande pergunta… pois tudo que você souber e que esteja relacionado com a novidade servirá de rede para capturar, magnetizar e ,sobretudo, organizar a nova informação.
Então a técnica é simples. Basta perguntar-se a si mesmo… o que eu já sei sobre este assunto? Aquilo que você já souber, será, provavelmente, o gancho para as coisas novas.
4. Fazer anotações
ANOTAR é uma forma de fixar a informação. Mas você está fixando a informação num pedaço de papel e não no cérebro. Mas já é alguma coisa.
A memória serve para armazenarmos informações e depois recuperá-la. O pedaço de papel anotado tem a mesma função. Armazenar a informação no papel e depois recuperá-la.
Seja lá o que você tiver que aprender através de aulas, de leituras ou de exercícios, faça ANOTAÇÕES para facilitar sua fixação e sua assimilação do conteúdo novo.
Na hora do estudo lembre-se dos seguintes pontos:
1. anote a aula
2. anote pontos importantes da leitura
3. anote suas dúvidas.
Para você anotar qualquer coisa, em primeiro lugar você precisa ouvir ou ler a informação. Esta informação será processada pelo seu cérebro, passará pelo seu cérebro e em seguida, através de suas mãos passará para o papel. Se você anotou, você garantiu a ocorrência de um processo completo de ENTRADA (INPUT) E SAÍDA (OUTPUT) da informação. Você internalizou a informação, ela foi procesada pelo seu cérebro e depois você colocou-a no papel.
Se você conseguiu anotar significa que a informação foi captada pela sua ATENÇÃO.
Fazendo isto impedimos aquela situação ilustrada pela expressão popular ENTROU POR UM OUVIDO E SAIU PELO OUTRO… como se a informação não tivesse passado pelo cérebro. Como se entre um ouvido e outro existisse um caminho vazio por onde o vento e o som passam sem nenhum obstáculo.
5. Antes de começar, rever a matéria anterior
Antes de iniciar o estudo de uma nova matéria, dê uma rápida olhada na matéria anterior. Não adianta ter pressa. Se você fizer uma pequena revisão agora, lá na frente você ganhará horas de estudo.
Se você não fizer a revisão você terá que estudar a matéria antiga como se fosse matéria totalmente nova.
Em sala de aula é possível verificar como a grande maioria dos alunos não se lembra da disciplina que foi ministrada na semana anterior. Faz apenas uma semana e ninguém lembra da matéria ensinada. Imagine só quando der um mês. Toda a matéria que já foi ensinada em sala de aula será considerada matéria nova pelo aluno que já não se lembra de nada.
A técnica aqui é simples… antes de passar para a matéria nova, dê uma breve olhada naquilo que já foi estudado sobre esta disciplina.
Em sala de aula, antes do professor começar a ensinar, reveja o que ele deu na aula anterior.
6. Estudar um pouco e rever, estudar mais um pouco e rever.
Imagine se você ficasse uma semana sem comer. E no domingo à noite você resolvesse comer toda a comida da semana em apenas algumas horas. Seu estômago não consegue armazenar e digerir tanta comida.
É exatamente a mesma coisa com o cérebro. Muita gente fica sem estudar um mês. E na véspera da prova tenta enfiar UM MÊS DE INFORMAÇÕES NO CÉREBRO dentro de apenas algumas horas. O cérebro não consegue “digerir”, assimilar, fixar esta enxurrada de informações.
As técnicas são simples:
A revisão diária e imediata é o segredo do milagre! Você estudou 50 minutos… estude mais 10 minutos para rever aquilo que acabou de ser estudado. Revisão é repetição. E repetição gera fixação.
Faça revisões diárias, mensais e semestrais da matéria. Em 10 minutos você revisa 2 horas de aula ou de leitura. Em uma manhã você revisa a matéria de toda a semana. Faça revisões nos intervalos de aula, no ônibus, nas filas de banco, nas salas de espera, no banheiro…
7. Os intervalos: você aprende mais no começo e no fim!
Esquema 1 – 30 minutos de estudo + 10 minutos de intervalo + 20 minutos de estudo
Esquema 2 – 60 minutos de estudo.
Qual destes dois esquemas de estudo é o melhor? O esquema 1 ou o esquema 2?
Sem dúvida alguma é o ESQUEMA 1. Depois do intervalo você aproveitará muito melhor os 20 minutos restantes. Sem o intervalo seu aproveitamento vai caindo.
Em estudos e experiências sobre a memória é facilmente detectável que as informações fixadas com mais eficácia são aquelas apresentadas no início da aula e no fim da aula. São aquelas lidas no começo do texto e no fim do texto. As informações que ficam no meio, elas ficam meio embaralhadas e se perdem com mais facilidade.
Se você estuda 60 minutos direto, você fixará com mais facilidade o conteúdo estudado no começo e no fim do período ( nos 15 primeiros minutos e nos quinze minutos finais).
Se você faz uma interrupção, você aproveita mais o início e o fim do primeiro período. Depois você volta mais disposto, mais descansado e aproveita melhor o início do segundo período de estudo e o fim do segundo perídodo.
Quando você faz estes pequenos intervalos você não está perdendo tempo. Você está dando tempo para o seu cérebro “digerir”, processar a informação com mais tranquilidade e mais eficácia.
8. Aprofundamento
Orientação: |
A compreensão é fundamental para a fixação. É muito difícil fixar a matéria sem compreendê-la. Fixação sem compreensão é “decoreba”. A aprendizagem (fixação) depende da compreensão. E para facilitar a fixação é importante que se faça a revisão. Dormir bem é essencial para a memória. Você precisa dormir o tempo necessário. Nunca diminua seu tempo de sono para estudar mais. Se você estiver descansado você irá aprender com mais rapidez. Os exercícios físicos melhoram a sua capacidade de memorizar. Não tome “remédios” para melhorar sua memória. Para melhorar a memorização é necessário estudar devagar e sem pressa. Para melhorar a memorização é necessário compreender a matéria estudada. Para melhorar a memorização é necessário fazer revisões da matéria estudada. Os famosos cursos de memorização não adiantam quase nada. Nestes cursos você aprende a memorizar números de telefone, datas e outras coisas mais que se encontram nas listas telefônicas e nos livros de história. Você precisa compreender a matéria e não decorá-la com mais facilidade. Noventa por cento das pessoas que fazem estes cursos saem desapontadas. Faça associações com os temas estudados. A memória cresce à medida que você faz ganchos com outras informações. A recuperação dos dados se faz através de reconstrução e não de reprodução. Com bons “ganchos” você conseguirá resgatar e reconstruir tudo que você quiser. É mais fácil memorizar se houver algum tipo de elemento emocional associado ao conteúdo armazenado que deverá ser recuperado. O conteúdo associado a uma emoção é mais facilmente armazenado e recuperado. Faça anotações coloridas, com canetas coloridas, lápis coloridos nos textos que forem de sua propriedade. Faça gráficos coloridos em forma de organograma ou em forma de teia de aranha. Estude ouvindo música barroca. A música barroca ajuda você a entrar na freqüência adequada para o estudo. Você associará a emoção causada pela música à matéria estudada. Se você relembrar a emoção ou a música, você terá facilidade para “puxar” a informação memorizada. Perceba a importância do assunto estudado. A memória é seletiva. Seu cérebro só guarda o que ele considera importante. Durante o sono ele fará a triagem. Se enquanto você estuda, nada lhe parece importante, tudo que você estudou será descartado. Após uma hora de leitura você esquece 56% do que estudou. Após nove horas você esquece mais 8%. Após dois dias você esquece mais 6%. Após um mês você esquece mais 7%. Estude fazendo intervalos. Não estude mais do que uma hora seguida. Você se lembra com mais facilidade do início e do fim da matéria estudada. Faça intervalos de 5 a 15 minutos. |
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