Thompson Vitor passou para o curso Técnico Integrado em Multimídia . Além do curso técnico, ele também sonha em se formar advogado.
Aos 15 anos de idade, Thompson Vitor foi 1º lugar geral no exame de seleção do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) de 2015. Ele, se considera um vitorioso, e está cursando Multimídia no IFRN. Obter a nota mais alta na prova teve um gosto especial para o garoto. A mãe dele é catadora de lixo e o pai trabalha fazendo salgados. Nenhum dos dois concluiu o ensino fundamental.
A família de Thompson mora em uma casa simples no Paço da Pátria, na Zona Leste de Natal. O garoto estudou na Escola Freinet como bolsista durante todo o ensino fundamental. “Fiquei muito feliz. Foi uma superação. Eu me dediquei e consegui”, diz.
Para se dedicar apenas aos estudos, o garoto muitas vezes teve que contrariar a vontade dos pais que, segundo o próprio, queriam que ele trabalhasse para ajudar a família. “Eles querem que eu tenha um trabalho cedo. Eu sempre falo que eu preciso me dedicar aos estudos. Eu até ajudo minha mãe no trabalho dela, mas desde que não atrapalhe meus estudos”, acrescenta Thompson.
É por eles também que o garoto pretende priorizar os estudos enquanto puder. “Eu tenho muito orgulho dos meus pais. Sei o quanto eles sofreram para me criar. Não só a mim, mas também meus irmãos. Eles superaram as adversidades da vida, os problemas financeiros e abriram mão de seus momentos de prazer pra cuidar de todos nós com amor e zelo. Eu quero ser o orgulho da família”, afirma.
A aprovação no IFRN parece ser apenas o começo para o menino que sonha em melhorar a vida da família. Após o curso de Multimídia, o sonho é fazer faculdade de Direito e se tornar advogado. “Eu acredito que o mercado de trabalho hoje está muito restrito a pessoas com qualificação. Através do IFRN, conseguirei ao mesmo tempo estudar as disciplinas do ensino médio e me qualificar profissionalmente através do ensino técnico. Eu pretendo concluir o curso de Multimídia, fazer a prova do Enem e ingressar na UFRN para cursar Direito”, ressalta.
Persistência
Em 2014, Thompson também fez o exame de seleção do IFRN, mas não conseguiu nota suficiente para ser aprovado. Ele até pensou em desistir, mas foi incentivado pelos professores a tentar novamente. Em 2015, o resultado foi bem diferente. Além de obter a maior nota na redação, também conseguiu tirar a maior nota geral no exame. “Eu não estudei muito exclusivamente para a prova, mas sempre fui muito dedicado na escola. Foi resultado do meu empenho”, conta.
*Com informações do G1
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