Por mais incrível que possa parecer, muitas pessoas me perguntam sobre o que estudar quando, em um edital, aparece o tópico “ortografia”, sobretudo por não encontrarem aulas acerca do tema. Resolvi, portanto, fazer um artigo acerca do assunto, para dirimir quaisquer dúvidas existentes sobre esse tema.
Veja qual é a definição do Aurélio para ortografia: o conjunto de regras que, para uma determinada língua, estabelecem a grafia correta das palavras; maneira de representar as palavras por meio da escrita. Note, pois, que a ortografia está atrelada diretamente à língua escrita. O decreto nº 6.583 – também conhecido como o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – tem a finalidade de alterar apenas a escrita de algumas (e poucas) palavras.
Vou, agora, apresentar o que você deve considerar quando uma banca cita, em um edital, o que você deve estudar (e como estudar) para atender ao conteúdo acima exposto:
- Emprego das letras. Em linhas gerais, significa identificar a grafia correta de um determinado vocábulo. Saber que o certo, por exemplo, é exceção, excesso, expectativa, prodígio, manjericão, alisar, deslize. Como citei acima a palavra “editais”, sei que este artigo é voltado para pessoas já alfabetizadas. Por isso, a melhor maneira para estudar esse assunto é ler muito, produzir textos e consultar o dicionário. Assim, seu cérebro assimilará, gradativamente, a escrita correta de muitas palavras. Não vale a pena – na fase da vida em que estamos, gastar tempo e energia tentando entender regras de emprego das letras (até porque é nesse segmento da gramática que moram muitas regras cravejadas de exceções). Além disso, conforme-se: nem você e nem eu nunca saberemos a forma correta de escrever todas as palavras do português! Por isso, meu amigo, tenha sempre um dicionário com você (eu mesmo tenho dois físicos).
- Emprego do hífen. Aqui sim está um assunto que facilmente pode ser estudado! É preciso conhecer as regras que definem que palavras como super-homem, micro-ondas e guarda-roupas devem receber hífen, assim como saber por que motivo autoescola, coautoria e dia a dia dispensam o uso desse sinal gráfico.
- Acentuação gráfica. Além de ser um assunto que pode ser estudado, é o tópico da ortografia mais explorado em provas (aliás, o artigo está organizado em ordem crescente de prioridade). Você deve saber como (e se deve) empregar os acentos agudo e circunflexo em determinadas palavras.
Atenção: tudo isso deve ser estudado à luz do Novo Acordo Ortográfico! Não gaste seu precioso tempo estudando o que acontecia em nossa língua antes de 2009!
Por fim, é válido saber como cada banca gosta de explorar ortografia. A FCC, por exemplo, nunca dá atenção ao assunto; para ESAF e FGV, os três tópicos são importantes; para o Cespe (e para a maioria das bancas), acentuação gráfica resolve quase tudo. Bons estudos!
Elias Santana
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de professor em vários colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramática, redação discursiva e interpretação de textos. Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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