Autoexplicação: como aplicar nos estudos para concurso?

A autoexplicação promove uma interatividade maior com os materiais de base e pode otimizar os seus resultados nos estudos para concursos públicos. Veja como aplicar!

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Você já ouviu falar que, para ser capaz de explicar algo a alguém, é preciso que a pessoa compreenda bem o assunto em questão? Isso porque ela terá de formular, a partir das próprias palavras, uma maneira de tornar o conteúdo compreensível para a outra pessoa, a partir do que foi lido ou assistido. Nesse processo, ela entrará em contato também com as suas próprias dúvidas. O método de autoexplicação baseia-se exatamente nesse princípio, mas sem a obrigatoriedade de um outro participante para que funcione.

Mas como o método de autoexplicação pode auxiliar nos seus estudos para concursos públicos? Ao longo do conteúdo, nós contaremos para você! E, se você se identificar com o método, também poderá conferir dicas de como aplicá-lo de maneira prática no seu dia a dia de preparação. Venha conferir!

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Método de Autoexplicação: afinal, o que é?

Como o próprio nome já sugere, o método de autoexplicação consiste em explicar algo a si mesmo. É um método que pode ser usado tanto ao longo da aprendizagem, como posteriormente, como uma forma de revisão.

A autoexplicação pode ser realizada tanto de maneira oral (explicando em voz alta) ou então, de maneira escrita.  Não há prejuízo à eficácia do método seja qual for o modelo escolhido (fica a seu critério), desde que você utilize as suas próprias palavras para explicar o conteúdo, de preferência, sem consultar o material.

No processo de autoexplicação, é comum (e esperado) que algumas dúvidas surjam. Esses pontos são aqueles que você não terá tanta facilidade em racionalizar. Por isso, é importante estar pronto para fazer anotações durante o processo, tomando nota deles. Depois de terminar a autoexplicação, seu objetivo será justamente elucidá-los.

Como a autoexplicação pode ajudar nos estudos para concursos públicos?

Boa parte da primeira etapa dos estudos para concursos públicos (aquele período em que você está aprendendo os conceitos) é baseada em técnicas essencialmente passivas, como ler ou assistir a videoaulas.

No entanto, estudos sobre a aprendizagem, como o realizado pelo psiquiatra William Glasser, mostraram que apenas ler, ouvir ou observar estão entre as táticas menos efetivas quando falamos de aprender novos conteúdos. Veja:

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Agora, utilizando a mesma pirâmide como base, note como 95% do potencial de aprendizagem está centrado em ações como explicar, resumir, estruturar, definir, generalizar, elaborar e ilustrar. Todas essas ações podem estar inseridas no processo de autoexplicação.

Afinal, quando o nosso objetivo é ensinar algo a alguém (no caso, a nós mesmos), podemos utilizar exemplos, ilustrações, esquemas: diferentes táticas que facilitem o entendimento. Logo, a autoexplicação pode ser uma alternativa para sair do esquema “decoreba” de conteúdos.

Isso é especialmente importante considerando que o cérebro tem mais facilidade de reter conhecimentos “úteis”, que podem ser transformados e/ou aplicados, do que aqueles que são apenas trechos, frases ou mesmo fórmulas soltas.

Além de aumentar a sua capacidade de retenção de conceitos, a autoexplicação também ajuda você a identificar dúvidas que poderiam passar despercebidas.

Por fim, a autoexplicação também auxilia na compreensão de temas mais abstratos ou complexos. Colocando os principais pontos em palavras, você racionaliza e interage melhor com o conteúdo, aumentando as chances de torná-lo mais simples e, por consequência, mais compreensível.

A autoexplicação em estudos científicos

Apesar de ser um método simples, a autoexplicação já foi citada em estudos científicos como uma das táticas mais bem sucedidas na hora de aprender.

Um exemplo disso foi o estudo “Study techniques that work — and (surprisingly) don’t”, publicado na revista Psychological Science in the Public Interest, no ano de 2013. Avaliando uma série de técnicas famosas, esse estudo classificou as melhores e piores, levando em consideração o potencial de aprendizado.

Ao lado da interrogação elaborativa e do estudo intercalado, a autoexplicação apareceu como uma técnica de utilidade moderada, deixando na poeira muitas outras táticas bem mais famosas como resumir e grifar, por exemplo.

A razão por trás disso, muito provavelmente, está no seu caráter dinâmico, de interação com o conteúdo. Ações desse tipo sempre costumam otimizar o processo de aprendizado, de acordo com diversas teorias, incluindo a de William Glasser.

Mas vale lembrar, concurseiro, que quando o assunto são técnicas de estudos para concursos, vale o que dizem os especialistas, é claro, mas você também deve testar diferentes métodos e decidir quais funcionam melhor para você. Afinal de contas, outro consenso sobre o aprendizado é que pode ser um assunto bastante individualizado: ou seja, o que funciona para uma pessoa, pode não funcionar tão bem para outra.

Autoexplicação: como incluir na sua rotina de estudos?

Como já mencionamos, a autoexplicação pode ser aplicada essencialmente em dois momentos: na hora em que você está aprendendo novos conteúdos e também para revisá-los.

Aquele mesmo estudo que já mencionamos no tópico anterior (“Study techniques that work — and (surprisingly) don’t”), afirma que a autoexplicação tem a sua eficácia máxima quando é utilizado na etapa de aprender novos conteúdos.

No entanto, nada impede que você possa utilizá-la também como uma ferramenta para revisão. Veja abaixo algumas dicas práticas para cada caso!

Aprendendo com a autoexplicação

Depois de finalizar um capítulo, tema ou uma videoaula, tire alguns minutos para tentar explicar a si mesmo o que você acabou de aprender.

Para não se perder, liste anteriormente quais são os pontos principais do conteúdo (que você consegue se lembrar imediatamente, evite consultar nesta fase). Depois, tente explicar, seja em voz alta ou por meio da elaboração de um pequeno texto.

Durante o processo, faça anotações de todas as dúvidas que surgirem no processo de explicação.

Se quiser, você também pode gravar a sua autoexplicação. Dessa forma, não será preciso interromper o raciocínio para fazer as anotações, por exemplo. Além disso, caso tenha conseguido se expressar bem, esse material poderá complementar os seus materiais de revisão.

Revisando com a autoexplicação

O processo de revisão com a autoexplicação é bem similar ao de aprendizado. A única diferença é que o tempo entre o contato com o material de base e a autoexplicação será maior.

Basicamente, escolha um tema sobre o qual gostaria de revisar e tente explicá-lo para si mesmo. Nesse processo, perceba as dúvidas e anote-as.

Analogamente, se você tiver gravado autoexplicações em outros momentos, você poderá consultá-las novamente, avaliando o que disse na época, quais eram as dúvidas e verificar se foram sanadas ou não.


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