Bioquímica Clínica para concursos: o que você (realmente) precisa saber

Por
Atualizado em
Publicado em
3 min. de leitura

Olá, pessoal! Tudo bem? Sou a professora Débora Juliani, farmacêutica, especialista em Análises Clínicas e tenho muita honra em dizer que faço parte da equipe do Gran Concursos.

Recentemente publiquei aqui, no Blog do Gran, um artigo intitulado “Hematologia para concursos: o que você (realmente) precisa saber e o seu irmão gêmeo, Microbiologia para concursos: o que você (realmente) precisa saber”. O sucesso foi tanto que os alunos me pediram para fazer o mesmo, com as demais disciplinas das análises clínicas. O pedido de vocês é uma ordem, então dessa vez vamos de Bioquímica Clínica, ok? 

Esse é um tema recorrente em provas de concursos para áreas como Análises Clínicas, Farmácia e Biomedicina. Aqui, vamos abordar os exames laboratoriais mais cobrados, de forma simples e direta, para te ajudar a mandar bem nas questões! 

1.Diagnóstico do diabetes mellitus: mais do que medir a glicose de jejum, temos exames como a hemoglobina glicada (HbA1c) que são essenciais para avaliar o controle glicêmico a longo prazo, e a curva glicêmica. Fique atento para as mudanças trazidas pela atualização nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes para diagnóstico de diabetes mellitus, tem artigo sobre isso no blog também: VERIFIQUE AQUI.

2. Função Hepática: o fígado é um órgão vital e seus exames laboratoriais são cruciais para avaliar sua função. Marcadores como ALT (TGP) e AST (TGO) são enzimas que, quando elevadas, indicam lesão hepática. A albumina e a bilirrubina também são importantes: a primeira reflete a capacidade do fígado de sintetizar proteínas, enquanto a segunda, quando aumentada, pode indicar, dentre outras situações, hemólise acentuada.

3. Função Renal: para avaliar a função renal, os exames de ureia e creatinina são fundamentais. A ureia é um produto do metabolismo das proteínas e sua elevação pode indicar insuficiência renal. Já a creatinina é um produto do metabolismo muscular e sua dosagem é utilizada para calcular a Taxa de Filtração Glomerular (TFG), que indica o grau de função renal.

4. Gasometria Arterial: este exame, que avalia o equilíbrio ácido-base do organismo, nos dá parâmetros como pH, pCO₂, pO₂ e HCO₃⁻ que permitem identificar distúrbios respiratórios ou metabólicos. Por exemplo, um pH abaixo de 7,35 indica acidose, enquanto acima de 7,45 indica alcalose. 

5. Metabolismo do ferro: o ferro é essencial para o transporte de oxigênio, e seu metabolismo envolve várias proteínas. A ferritina é o principal marcador de reservas de ferro (baixos níveis sugerem deficiência, enquanto níveis elevados podem indicar inflamação ou sobrecarga). A transferrina é responsável pelo transporte do ferro, e sua saturação é um bom indicativo da quantidade de ferro circulante. Esses exames são essenciais no diagnóstico de anemias, principalmente ferropriva e de doenças crônicas.

6. Perfil Lipídico: esse é um queridinho das bancas quando o assunto é risco cardiovascular. O colesterol total, HDL (bom), LDL (ruim) e triglicerídeos compõem esse perfil. O mais cobrado nas provas? LDL, que é o principal alvo das terapias de redução de risco aterosclerótico.

7. Enzimas Cardíacas: em caso de suspeita de infarto, os exames mais úteis são as troponinas (T e I), super específicas e sensíveis. A CK-MB ajuda a detectar reinfarto, e a mioglobina sobe rápido, mas não é tão específica. Lembre-se: se a troponina estiver alta e o ECG alterado, estamos diante de um IAM.

8. Marcadores de Inflamação: doenças inflamatórias ou infecciosas? As provas adoram perguntar sobre a PCR (Proteína C Reativa), que sobe rápido em inflamações agudas. O VHS também aparece, mas é menos específico. E para infecções bacterianas graves, como sepse, atenção à procalcitonina.

9. Eletrólitos: sódio, potássio, cálcio, magnésio e fósforo fazem parte do time dos eletrólitos. Alterações em potássio, por exemplo, podem causar arritmias cardíacas sérias. Já o sódio está relacionado a sintomas neurológicos. Não subestime essas questões!

10. Função Pancreática: em casos de dor abdominal e suspeita de pancreatite, as provas cobram amilase e lipase. A lipase é mais específica para o pâncreas e permanece elevada por mais tempo. Por isso, virou a favorita nas questões clínicas envolvendo esse órgão.

Mas o principal ponto é como estudar de forma eficiente? Uma boa estratégia é focar nos exames mais cobrados, entender seus valores de referência e o que alterações nesses valores significam. 

Além disso, pratique com questões de concursos anteriores para se familiarizar com o estilo das perguntas. A teoria é essencial, mas a prática é fundamental. Ao resolver questões, você aprende a interpretar os resultados dos exames e a aplicar o conhecimento na prática. Isso aumenta sua confiança e desempenho nas provas!

Aqui no Gran Concursos, estamos juntos nessa jornada. Nossa missão é te preparar com conteúdo atualizado, direto e com foco no que realmente aparece nas provas. Salve este artigo, compartilhe com colegas e bora continuar estudando! 


Quer ficar por dentro dos concursos públicos abertos e previstos pelo Brasil? Clique nos links abaixo:

CONCURSOS FEDERAIS

CONCURSOS 2026

CONCURSOS 2025

CONCURSOS ABERTOS

QUESTÕES DE CONCURSOS

Receba gratuitamente no seu celular as principais notícias do mundo dos concursos. Clique no link abaixo e inscreva-se:

WHATSAPP

TELEGRAM

Por
Atualizado em
Publicado em
3 min. de leitura