O concurso da Polícia Federal está cada vez mais próximo de acontecer. Vale lembrar que o novo concurso PF irá contemplar 1.500 ou 2.000 vagas e uma delas pode ser sua! Serão oportunidades para Delegado, Escrivão, Papiloscopista e Agente. Para incentivar os concursandos trouxemos uma entrevista com ex-agente e atual delegado da Polícia Federal, Luiz Pontel de Souza. Inspire-se com a história!
Luiz Pontel foi aprovado no concurso público aos 22 anos para o cargo de agente de polícia federal no ano de 1987. Ele relata das dificuldades que teve, na época, para se organizar com os estudos.
“Eu sempre procurei estudar e me dedicar bastante a tudo que fiz e que faço. Busquei identificar detalhadamente os temas/assuntos e as bibliografias relacionadas em cada edital dos concursos. A partir daí comecei a selecionar o material de estudo (livros, apostilas e materiais diversos). Procurei trabalhar com resumos que eu mesmo preparava, bem como com alguns que conseguia acesso, mesmo que direcionados para outros concursos, mas que tratavam dos mesmos temas constantes nos editais da PF.
Ele pontua sobre como a tecnologia de hoje em dia ajuda aos concurseiros. “Na época dos meus certames não tínhamos as facilidades de hoje, como internet, aulas online e outras ferramentas para acessar as informações“, conta.
Com muito estudo e esforço, ele conquistou a aprovação no concurso PF. Contudo, outro obstáculo tinha que ser superado, as próximas etapas do concurso público. “Entrei muito jovem na corporação, então tudo era desafio para mim. A dificuldade maior foi superar o período da Academia que também teve o caráter eliminatório”. Após isso, ele teve que decidir sobre a escolha da lotação e aplicar no cotidiano o que aprendeu.
“A partir daí foi colocar em prática os ensinamentos obtidos na Academia e assimilar o máximo possível as orientações, reflexões e experiências dos policiais mais antigos. A profissão é deslumbrante e desafiadora a cada novo trabalho que se apresenta!”
Concurso PF: de agente a delegado
Após um período na corporação, Pontel decidiu dar novos rumos a sua carreira profissional. Após iniciar dois cursos superiores (engenharia mecânica e processamento de dados), mas sem concluí-los, ingressou na graduação de Direito e iniciou os estudos para se habilitar ao concurso de delegado da PF. Toda a persistência e dedicação deu muito certo, e em 1995 foi nomeado pela segunda vez, agora como delegado. Ele destaca que queria fazer carreira PF, então foi um “caminho natural”.
Pontel conta sobre as ações que realiza e a felicidade que sente em pertencer aos quadros da PF. “Se você for vocacionado para a atividade policial cada trabalho realizado na PF, seja na área de polícia administrativa ou de polícia judiciária, como processos internos, investigação ou operação policial traz consigo uma grande parcela de orgulho e satisfação, pois as atribuições da instituição permitem a realização de atividades que atendem, sobretudo, ao interesse público. Considerando que a sociedade reconhece na Polícia Federal uma instituição seria e comprometida com essa dimensão, de fato torna-se um orgulho pertencer aos seus quadros”.
Trabalho internacional
Em Lisboa – Portugal, trabalhou como adido policial por dois anos e cinco meses. “Atuei na Embaixada do Brasil. Naquele país, como em qualquer outro onde a PF está representada, o trabalho é bastante relevante e está vinculado ao trato com as autoridades congêneres desses países nas diversas áreas de interesse institucional de ambas as nações. O tráfico internacional de drogas e de pessoas, o crime organizado transnacional, as questões documentais que envolvem controle e fiscalização migratória e a troca de informações de inteligência policial são alguns dos temas comuns e corriqueiros”, detalha.
Para ele, a inserção e a atuação internacional da corporação se expandiu bastante nos últimos tempos, em razão da maior necessidade de cooperação policial com forças de segurança e agências de aplicação da lei em outros países.
Concurso Polícia Federal PF
Luiz Pontel ao ser questionado sobre o déficit de servidores pontua sobre a necessidade de reposição de pessoal e a possibilidade de um concurso Polícia Federal.
” A PF se ressente da necessidade de recomposição do seu efetivo, haja vista que atualmente existe um número significativo de vacâncias em quase todos os cargos. Somando-se a isso a quantidade e importância das suas atribuições, bem como o constante aumento de suas responsabilidades, é natural constatar o déficit de servidores em praticamente todas as áreas de atuação da Instituição”.
Aos futuros PFs
O profissional deixa uma mensagem para os concursandos que se preparam o concurso PF e estão em busca de ingressar na corporação.
“Àqueles que querem verdadeiramente ingressar nos quadros da Polícia Federal, por serem vocacionados à atividade policial, sugiro primeiramente se dedicarem aos estudos com afinco. Se é isso que desejam invistam com determinação, estudem mesmo, se esforcem e depois se esforcem um pouco mais. Tenham uma boa organização, façam planos de estudos, tracem objetivos, se preparem intelectualmente e fisicamente (não esqueçam que temos as provas físicas do concurso) e acreditem que com firmeza de propósitos suas metas serão alcançadas. Bons estudos e boa sorte !”