O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Concurso TRF 2ª Região), que prepara concurso para técnicos e analistas judiciários da área de apoio, deverá fazer um bom número de contratações na seleção prevista para ainda este ano e que já conta com comissão organizadora interna definida. Está em análise da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 8.132/2014, que cria 1.230 vagas efetivas de técnico, analista e juiz dos tribunais regionais federais em todo o país. Para o do Rio e do Espírito Santo (TRF 2) serão voltadas 180 novas vagas, sendo 60 de técnico, de nível médio, 108 de analista, de nível superior, e 12 de juiz.
O novo concurso será aberto independentemente da aprovação desse projeto. No entanto, caso as vagas sejam criadas, poderão ser preenchidas pelos aprovados da seleção deste ano. A tradição demonstrada pelo tribunal é de muitas nomeações de aprovados dentro do prazo de validade, o que deverá se repetir tendo em vista o aumento das necessidades de pessoal. Em média, a cada três meses o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-RJ/ES) perde cerca de 20 servidores, por aposentadoria.
E os dados são favoráveis ao fortalecimento de muitas nomeações. Na última seleção, com edital publicado em 2011 e homologada em 2012, mais de 1.032 candidatos foram nomeados e tomaram posse, sendo a maioria para o posto de Técnico Judiciário – Área: Administrativa, de nível médio, seguido do cargo de Analista Judiciário – Área: Judiciária. Outras áreas de técnicos e analistas também tiveram um número expressivo de contratações, conforme demonstra a tabela ao lado.
Não sendo diferente em anos anteriores, os concursos de 2007 e 2004, realizados para as carreias de níveis médio e superior, somaram mais de 1.785 nomeações, sendo 926 no primeiro ano e 851 no segundo. Do número total, mais de 1.318 foram para a carreira de Técnico Judiciário – Área: Administrativa, de nível médio, seguida da de Analista Judiciário – Área: Judiciária, com 276 oportunidades preenchidas (veja os dados nas tabelas ao lado).
Finalizando nosso levantamento a respeito da tradição de nomeação, temos os dados do concurso realizado em 2003 e um outro no fim da década de noventa, em 1998, ambos para carreiras de nível superior – Analista Judiciário, se destacando para a área administrativa, 443 no primeiro ano e agora note: 901, no segundo, totalizando 1.344 convocações para posse no cargo de Analista Judiciário – Área: Administrativa. O outro cargo que se destacou nessas duas seleções foi para a especialidade de execução de mandados, com 431 candidatos nomeados no total.
Outro dado que merece destaque é o fato da maioria das seleções não ofertar nenhuma vaga em edital, ou seja, eram abertas apenas para formação de cadastro de reserva, como ocorreu nas duas últimas (2012 e 2007), ingressando quase dois mil candidatos aprovados. Nas demais, o número divulgado no documento de abertura foi inexpressivo frente ao grande vulto de contratações que o tribunal fez.
Promessas de muitas convocações à parte, os interessados precisam estudar para terem chance de ingressar no órgão. O TRF-RJ/ES trabalha com a previsão oficial de divulgar o edital a partir de julho. Por enquanto, é elaborada uma minuta do documento, que, nos próximos dias, será entregue às candidatas a organizarem a seleção. O órgão já adiantou que o concurso visará à formação de cadastro de reserva nos cargos de técnico e analista judiciários e em 28 especialidades.
A principal delas é técnico administrativo (sem especialidade), que exige o nível médio completo e tem remuneração de R$ 6.224. Essa carreira é a que costuma ter o maior número de convocações. Haverá oportunidades também para técnicos de segurança e transporte (nível médio e carteira de habilitação D ou E), telecomunicações e eletricidade (nível médio), contabilidade, enfermagem e informática (exigência de nível médio/técnico), cujo rendimento é o mesmo pago ao técnico administrativo.
Para analista, os ganhos são de R$ 9.662, e as áreas serão administrativa (qualquer graduação), judiciária (Direito) e apoio especializado (diversos cursos).
Com um novo certame iminente, vamos analisar os dados importantes do concurso TRF 2 em 2016. Abaixo os detalhes das carreiras, como atribuições, dicas de estudos, remuneração, carga horária e muito mais. Fique ligado e não perca a chance de iniciar seus estudos para um dos concursos mais esperados dos últimos tempos.
Atribuições dos cargos previstos e requisitos:
- Analista Judiciário – Área Judiciária
Requisitos: Diploma, devidamente registrado, de curso de nível superior de graduação em Direito, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC.
Atribuições: Realizar atividades de nível superior a fim de fornecer suporte técnico e administrativo, favorecendo o exercício da função judicante pelos magistrados e/ou órgãos julgadores. Compreende o processamento de feitos, a elaboração de pareceres, certidões e relatórios estatísticos e a análise e pesquisa de legislação, doutrina e jurisprudência. Envolve a indexação de documentos e o atendimento às partes, dentre outras atividades de mesma natureza e grau de complexidade.
- Analista Judiciário – Área Judiciária – Especialidade: Execução de Mandados
Requisitos: Diploma, devidamente registrado, de curso de nível superior de graduação em Direito, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC.
Atribuições: Realizar atividades de nível superior a fim de possibilitar o cumprimento de ordens judiciais. Compreende a realização de diligências externas relacionadas com a prática de atos de comunicação processual e de execução, dentre outras atividades de mesma natureza e grau de complexidade.
Analista Judiciário – Área Administrativa
Requisitos: Diploma ou certificado, devidamente registrado, de curso de Ensino Superior em qualquer área de formação, inclusive licenciatura plena, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).
Atribuições: Realizar atividades de nível superior a fim de favorecer o adequado funcionamento e desenvolvimento da organização. Compreende o planejamento, a execução, o acompanhamento e a avaliação de planos, projetos, programas ou estudos ligados à administração de recursos humanos, materiais e patrimoniais, orçamentários e financeiros, bem como ao desenvolvimento organizacional, à contadoria e/ou auditoria. Envolve a emissão de pareceres, relatórios técnicos, certidões, declarações, informações em processos, bem como outras atividades de mesma natureza e grau de complexidade.
- Técnico Judiciário – Área Administrativa
Requisitos: Certificado, devidamente registrado, de conclusão de curso de ensino médio (antigo 2º grau) ou de curso técnico equivalente, expedido por Instituição de Ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Atribuições: Realizar atividades de nível intermediário a fim de fornecer auxílio técnico e administrativo, favorecendo o exercício da função judicante pelos magistrados e/ou órgãos julgadores e o exercício das funções necessárias ao adequado funcionamento da organização. Compreende o processamento de feitos, a redação de minutas, o levantamento de dados para elaboração de relatórios estatísticos, planos, programas, projetos e para a instrução de processos, a pesquisa de legislação, doutrina e jurisprudência, a emissão de pareceres, relatórios técnicos, certidões, declarações e informações em processos. Envolve a distribuição e controle de materiais de consumo e permanente, a elaboração e conferência de cálculos diversos, a digitação, revisão, reprodução, expedição e arquivamento de documentos e correspondências, a prestação de informações gerais ao público, bem como a manutenção e consulta a bancos de dados e outras atividades de mesma natureza e grau de complexidade.
- Técnico Judiciário – Área Administrativa – Especialidade Segurança e Transporte
Requisitos: Comprovante de Conclusão de curso de ensino médio (2º grau) ou equivalente, devidamente reconhecido, e Carteira Nacional de Habilitação, categoria D ou E.
Atribuições: Realizar atividades de nível intermediário a fim de zelar pela segurança dos magistrados, servidores, visitantes, instalações e bens patrimoniais do órgão, como também garantir a adequada condução de veículos oficiais. Compreende o controle de entrada e saída de pessoas e bens, a realização de rondas para verificação das condições das instalações, a direção defensiva de veículos oficiais, o registro de ocorrências que fogem à rotina e de incidentes ocorridos com veículos, a execução de atividades de prevenção e combate a incêndios, e outras atividades de mesma natureza e grau de complexidade.
Progressão
O candidato aprovado no próximo concurso para as carreiras de técnico e analista do Supremo terá as atribuições da Classe A. Mas além das classes, os candidatos são postulados a um outro título dentro de uma classe, ou seja, ingressarão na Classe A padrão 1, conforme abaixo:
Entendendo…
Explicando melhor, cada ano equivale a um padrão. Anualmente os candidatos que ingressarem, serão avaliados e caso isso ocorra de forma positiva, acontecerá a progressão para o padrão posterior. Cada classe é composta por padrões e, ao final de alguns anos, os aprovados passarão de uma classe para outra. Isso acontecerá até que se chegue última classe e padrão, cerca de 13 anos, quando o servidor fará parte da Classe C – Padrão 13.
A promoção é a movimentação do servidor do último padrão de uma classe para o primeiro padrão da classe seguinte, observado o interstício de uma ano em relação à progressão funcional imediatamente anterior, dependendo, cumulativamente do resultado de avaliação formal de desempenho e da participação em curso de aperfeiçoamento oferecido, preferencialmente, pelo órgão, na forma prevista em regulamento.
Evolução remuneratória: Consequentemente, os valores da remuneração aumentarão. Ganhando inicialmente até R$ 9 mil, o servidor chega a classe especial com mais de R$ 13, conforme abaixo:
Os servidores contam ainda com VPI de R$ 59,87 e auxílio alimentação de R$ 710. Há também benefícios como adicional de qualificação e adicional de cursos de capacitação.
Jornada de Trabalho: Os editais preveem 40 horas semanais, mas você pode trabalhar apenas 35h semanais se fizer 7h corridas, sem intervalo para o almoço. A definição do horário de entrada e saída é flexível, e varia conforme o setor de lotação.
Lotação: O candidato deverá optar, no ato da inscrição, por vaga no Estado do Rio de Janeiro ou do Espírito Santo. Aquele que optar por vaga no Estado do Rio de Janeiro poderá ser nomeado indistintamente para o TRF da 2ª Região ou para a Seção Judiciária do Rio de Janeiro, observando que esta abrange os municípios do Rio de Janeiro onde existam ou venham a existir Varas Federais. O candidato que optar por vaga no Estado do Espírito Santo poderá ser lotado na Capital ou municípios onde existam ou venham a existir Varas Federais.
Organizadora e etapas: Os concursos do TRF são tradicionalmente realizados pela FCC. As seleções compreendem prova objetiva e discursiva, exigindo dos candidatos um altíssimo nível de preparação e um estudo pré-edital de muita dedicação.
Aplicação das provas: As provas do concurso costumam ser aplicadas nas cidades de Angra dos Reis (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ), Itaperuna (RJ), Macaé (RJ), Niterói (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Três Rios (RJ) , Volta Redonda (RJ), Cachoeiro de Itapemirim (ES), Colatina (ES) Vitória (ES).
Concorrência
Sempre muito disputados, os concursos para técnicos e analistas do TRF atraem muitos candidatos. Veja abaixo a relação de inscritos no último concurso:
2011 (FCC): A seleção reuniu 119.585 concorrentes, dos quais 26.663 no Espírito Santo (26.326 da ampla concorrência e 337 portadores de deficiência) e 92.922 no Rio (91.974 gerais e 948 deficientes).
Dicas para o início dos estudos
Nesta fase inicial de estudos é importante que o candidato entenda a banca dos últimos concursos , que foi a FCC e tem grandes possibilidades de vir novamente como organizadora, e para isso pesquise sobre o examinador, conheça sua história, descubra suas tendências. Uma forma de conhecer a banca examinadora é refazer provas anteriores, disponíveis nos sites. Assim, é possível assimilar o modelo de avaliação.
Os candidatos ao TRF-RJ/ES deverão ser avaliados por meio de prova objetiva, assim como aconteceu no último concurso, em 2011. Para o técnico judiciário sem especialidade a objetiva teve 70 questões. O exame versou sobre Português (15 perguntas), Matemática e Raciocínio Lógico (15) e Conhecimentos Específicos (40), abrangendo Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Processual Civil e Direito Processual Penal.
Detalhes:
- Concurso: Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF da 2ª Região)
- Banca organizadora: A definir
- Cargos: Analista; Técnico
- Escolaridade: Nível médio e superior
- Número de vagas: A definir
- Remuneração: Inicial de até R$ 12 mil (analista – área de mandados)
- Situação: Previsto
- Publicação do edital: 2016
- Link do último edital
Gostou desta oportunidade? Prepare-se com quem tem tradição de aprovação e mais de 25 anos de experiência em concursos públicos. Cursos online com início imediato, visualizações ilimitadas e parcelamento em até 12x sem juros