“Faliu no comércio aos 31 anos;
Perdeu uma eleição estadual aos 32 anos;
Perdeu a esposa aos 35 anos;
Teve colapso nervoso aos 36 anos;
Perdeu uma eleição para prefeito aos 38 anos;
Perdeu outra eleição estadual aos 46 anos;
Perdeu uma eleição federal aos 48 anos;
Perdeu a eleição para o Senado aos 58 anos;
Aos 60 anos, foi eleito presidente dos EUA.
Esse homem foi Abraham Lincoln, considerado um dos maiores líderes de todos os tempos.”
Jack Ma, hoje com 52 anos, é um dos homens mais ricos do mundo e o mais rico da China. Sua fortuna está avaliada pela Forbes em US$ 20,4 bilhões. No entanto, o caminho para chegar até aí não foi nada fácil. Na verdade, ele teve de lidar com sucessivas frustrações.
Jack levou sete anos para completar o ensino fundamental. Na escola onde estudava, em sua cidade natal, Hangzhou, o ensino médio tinha duração de apenas um ano, metade do recomendado. Diante disso, ele tentou estudar em outras cidades, nas nenhuma aceitou sua matrícula, pelo fato de sua educação já ser bastante falha. Ele também tentou três vezes entrar em uma universidade chinesa. E inscreveu-se em Harvard dez vezes, apenas para ser rejeitado em todas elas. No fim, pensou: “Quem sabe, talvez um dia eu dê aula aí.” Ele estava certo: desde que alcançou sucesso com sua plataforma de comércio eletrônico, Ma já deu várias palestras na renomada universidade.
Depois de se formar, o jovem concorreu a mais de trinta vagas de emprego. Não foi aceito em nenhuma delas – nem para trabalhar no KFC, uma rede de fast-food americana que, na ocasião, contratou todos os outros trabalhadores que se candidataram às vagas com Ma. A rejeição nesse período da vida o blindou contra as dificuldades como empreendedor, diz ele, que também sofreu descrédito ao fundar o Alibaba, um dos maiores sites de vendas do mundo, com faturamento estrondoso e crescente.
Mas vamos sair do contexto do empreendedorismo e entrar no mundo dos concursos públicos, para listar alguns exemplos de profissionais e suas histórias de insucessos até, finalmente, a merecida aprovação. Talvez você até já conheça algumas delas. Vejamos.
O nosso professor de Direito Eleitoral e Regimento Interno de tribunais, Weslei Machado, é hoje promotor de justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas – MPE/AM, e ex-analista judiciário da área judiciária do TSE. Ainda se incluem em sua coleção de aprovações o concurso público do TJDFT/2007 e o do MPU/2007.
São tantas aprovações, que chega a parecer fácil, não é mesmo? Mas não foi. Não para Weslei. Até ser aprovado nesses difíceis certames, ele teve de enfrentar mais de vinte reprovações. E, a cada insucesso que enfrentava ao longo de sua jornada, ele pensava em desistir. Foram tantas horas de estudo, tamanha abdicação da convivência familiar e social e tão alto investimento em taxas de inscrição e livros, tudo sem sucesso, que ele já começava a acreditar que não seria capaz de atingir o objetivo de se tornar servidor público.
Quando deu início à preparação, Weslei já era casado e pai de família. Portanto, para garantir o sustento dos seus, precisava trabalhar durante o dia. Só lhe sobravam as noites para estudar. Além disso, havia um complicador que lhe tirava o sono: a filha estava doente e precisava de remédios caros e de alimentação específica.
Apesar de todas essas – e outras – dificuldades, ele não desistiu. Manteve-se firme em seu projeto. E aqui abro parênteses: creio que, entre outros elementos, a persistência e a dedicação são os mais indispensáveis atributos do concurseiro durante a preparação. O candidato a concurso sempre enfrentará obstáculos, mas não pode ficar paralisado ou simplesmente renunciar ao seu sonho de conquistar uma vaga no serviço público. Em vez disso, precisa adaptar seus métodos para corrigir falhas em sua forma de estudar.
No processo de estudo árduo que o projeto de passar em concurso exige, o esforço e a perseverança ajudam – e muito – a atingir os resultados esperados. No caso de Weslei, ele converteu sua enorme força de vontade em ações práticas. Foi assim que criou um método próprio de preparação. A base da sua técnica era um cronograma de estudos que contemplava as disciplinas recorrentes nos concursos dos quais participava, sobretudo para a carreira dos tribunais. “Identifiquei, em editais anteriores, quais eram as principais disciplinas e as organizei em um cronograma. Cada dia da semana, estudava duas disciplinas, duas horas para cada uma delas”, explica.
Seria ótimo se estudar com todo esse afinco já fosse o suficiente para a aprovação, mas sabemos que só o estudo tradicional não basta. Como Weslei logo percebeu, há algo tão importante quanto debruçar-se sobre novos conteúdos, embora esse algo não receba a devida atenção. Estamos nos referindo à revisão das matérias.
O ideal é que, a cada semana, o concurseiro destine um dia para rever os conteúdos estudados até ali. A revisão é sempre cumulativa, e é indispensável que toda a matéria até então estudada seja revista antes do prosseguimento do estudo pelo candidato. Trata-se de um mecanismo de reforço do armazenamento na memória e de organização das informações em nosso cérebro.
Além disso, a experiência de Weslei atesta que, no processo de revisão, é prudente e proveitoso resolver questões de concursos anteriores da carreira escolhida. O concurseiro precisa se familiarizar com a forma de abordagem dos temas e com os principais tópicos cobrados pelos examinadores. Esse conhecimento é capaz de aumentar o rendimento no dia da prova. O candidato não terá surpresas, já que terá conhecido com antecedência o modelo de questões do examinador.
Foi graças a esses pequenos segredos que Weslei conseguiu colecionar todas as suas aprovações e alcançar os resultados dos quais hoje tanto se orgulha.
Outro professor do Gran Cursos Online que tem muito a nos ensinar é o Dr. Aragonê Nunes Fernandes. Hoje juiz do TJDFT, antes de ser aprovado para a magistratura, foi promotor do MPDFT, além de ter passado para defensor público na DPE/RS. Também foi analista do STF, técnico do STJ e agente comercial da CAESB. Assim como Weslei, o Dr. Aragonê também já enfrentou muitas decepções e sofreu inúmeras reprovações, antes de alcançar o cargo com que sonhava.
Quando decidiu estudar para “os concursos grandes” (magistratura, Ministério Público e Defensoria Pública), Fernandes colocou na cabeça que esse seria um projeto de médio ou longo prazo. Além disso, sabia que teria de fazer provas fora de Brasília, pois aqui seria difícil demais passar.
Começou pelo concurso da Defensoria Pública da União. Foi reprovado. Veio depois o de promotor em Sergipe. Nova reprovação. Fez prova para promotor de Rondônia, mesmo sem ter certeza se aceitaria se mudar para lá. Apesar dos menos de 600 candidatos inscritos no certame, o professor acabou reprovado logo na primeira fase!
Somaram-se ao “rol das reprovações”, ainda, os concursos de juiz na Paraíba, de promotor em Goiás e de promotor em São Paulo.
“Ah”, você poderia concluir, “mas a partir daí nosso personagem finalmente começou a passar e não parou mais.” Ou, então, poderia deduzir que o Dr. Aragonê só foi reprovado em concursos grandes… Nada disso! Nosso mestre ainda foi reprovado nos concursos para o cargo de analista de tribunais como TST e STJ e do MPU, para o cargo de técnico judiciário do TJDFT, entre outros.
Em resumo, depois de tantos anos na luta, Fernandes colecionou muito mais reprovações do que sucessos, mas em nenhum momento se arrependeu de ter optado pela carreira pública. Hoje, “pendurou as chuteiras”, depois de descobrir algo bem interessante em sua trajetória: todas as reprovações “transitam em julgado” na hora em que se é aprovado em um bom concurso.
Gustavo Scatolino, nosso mestre em Direito Administrativo e hoje procurador da Fazenda Nacional, um dos cargos mais cobiçados da área jurídica, é outro com uma história de muitas decepções até o sucesso final.
O professor reprovou nos seguintes concursos: agente da Polícia Federal/2002, analista do TJDFT/2003, procurador federal, advogado da União, PGFN/2006, técnico e analista do TST/2003, técnico e analista do MPU/2004, Detran/2004, PRF/2003 e delegado do Estado de Goiás/2004.
Foi, contudo, aprovado nos seguintes: técnico do TJDFT/2003, analista judiciário do STJ/2004, procurador do Estado do Espírito Santo/2008 e procurador da Fazenda Nacional/2008. Este, aliás, foi o mesmo concurso em que Gustavo havia sido reprovado em 2006. Note que, em apenas dois anos, ele inverteu sua condição.
Nossa última inspiração é Emerson Douglas. O professor do Gran Cursos Online de Regimento Interno do Senado e Controle Externo do TCU não queria saber de concursos no início de carreira. Ele estava convicto de que seu caminho era a iniciativa privada. Queria construir uma profissão como jornalista. Mas eis que nosso mestre foi convencido a estudar para apenas um concurso específico. O cargo para o qual, na época, decidiu concorrer se tornou o dos seus sonhos: analista da Câmara dos Deputados, área de Comunicação Social.
Emerson estudou por um ano e arrebentou. Ficou em segundo lugar na prova objetiva. Só que ainda haveria a prova prática… Nessa, ele não foi nada bem. Caiu muito e soube que dificilmente seria nomeado. A decepção foi gigante.
Na verdade, ir mal no teste de aptidão física é muito comum; que o digam os candidatos às vagas nas carreiras policiais… O candidato tem um desempenho excepcional na prova objetiva, mas é eliminado no TAF. Vem a fúria, o luto… E o recomeço.
Douglas não desistiu. “Vou estudar para todos os concursos de agora em diante”, pensou. Cerca de um ano mais tarde, ele foi aprovado na Polícia Federal (5º lugar, nacional). Não parou mais. Vieram as aprovações para analista do MPU, analista da Abin (6º lugar), consultor da CLDF (1º lugar) e auditor do TCU (1º lugar). Fixou-se no TCU, mas isso não impediu que ele ainda passasse para analista do Senado (cargo que até chegou a assumir) e de novo para outro cargo na Abin (mais um 1º lugar).
O que quero demonstrar com todos esses relatos, amigo leitor, é que, às vezes, uma decepção profunda pode abrir novos e maravilhosos horizontes. As reprovações servem para nos ensinar lições importantes. A nós, cabe extrair esses ensinamentos e assimilá-los, para em seguida corrigir os rumos de nossos planos e continuar na fila até a aprovação – ou, melhor ainda, as aprovações.
Se há uma certeza, é esta: muitos reprovarão, mas você que nos acompanha aqui vai passar – e passar bem. Só não pode desistir. Afinal, quem desiste com facilidade não tem, mesmo, perfil para ser aprovado em concurso público.
Então vamos juntos: você fazendo a sua parte, seguindo as orientações de nossa equipe do Gran Cursos Online, e nós, aqui, pesquisando e descobrindo novas formas e fórmulas de ajudá-lo a ter o governo como patrão.
Gabriel Granjeiro
Confira também: O poder do pensamento positivo nos concursos e na vida!
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Gabriel Granjeiro
Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há quase 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.