Gestão de Processos para a DATAPREV – Análise de Negócios

Saudações concurseiras! DATAPREV se aproximando (ou, cada vez mais perto)…

Em meus dois posts anteriores (https://blog.grancursosonline.com.br/gestao-de-processos-para-a-dataprev/ e https://blog.grancursosonline.com.br/gestao-de-processos-para-a-dataprev-geral/), iniciei a série para apoiar sua preparação em BPM para a DATAPREV. Este post dá sequência à sua preparação, focando no perfil ANÁLISE DE NEGÓCIOS.

Para este perfil, o edital chega a cobrar, no meu entendimento, TODO o CBOK 4.0, incluindo o ciclo de vida de BPM, ferramentas e técnicas de reengenharia e melhoria de processos, e a onipresente notação BPMN.

Ciclo de Vida BPM

Conforme o CBOK, o Ciclo de Vida BPM trata da execução da estratégia, adotando um modelo de ciclo de vida integrado, tanto para negócios como para a transformação digital. Nesse sentido, a disciplina de BPM é adotada para sustentar o valor estratégico da organização – seja pública ou privada.

Notícia boa! O Ciclo de Vida BPM ainda não foi abordado em questões de concurso, podendo ser a “novidade” na DATAPREV, ainda mais pelo viés idealizado para o perfil de Análise de Negócios. Para eu não ficar repetitivo, tem um post meu aqui no blog que eu detalho todo o ciclo, de maneira bem didática. Visite lá: https://blog.grancursosonline.com.br/bpm-cbok-4-0-o-ciclo-de-vida-bpm/ 

Ferramentas e Técnicas (da melhoria contínua à mudança de paradigma)

Esse conteúdo é abordado na área de conhecimento da Transformação de Processos. A transformação de processos enfatiza que o ciclo de vida de BPM, incluindo negócios e/ou transformação digital, começa com a estratégia e vai até a execução, sendo discutida desde o planejamento até a implementação. Olha o ciclo de vida BPM aí de novo!

As abordagens de transformação de processos englobam desde a melhoria contínua do processo, passando pelo redesenho e reengenharia, até chegar na mudança de paradigma. Sendo que as duas primeiras são mais incrementais e as duas últimas são as mais radicais. A Figura a seguir ilustra os fatores de comparação dentre essas abordagens.

BPMN

A notação BPMN foi criada pelo OMG (o mesmo grupo que propôs a UML). BPMN tem tido uma crescente aceitação como padrão de fato, tendo sido adotada nas ferramentas de modelagem mais usadas. Em resumo, BPMN fornece um conjunto robusto de símbolos para modelar diversos aspectos dos processos de negócios, desde sua forma mais básica até a mais detalhada.

E, mais significante de tudo: se for fazer uma estatística, mais de 80% das questões de BPM que CESPE/CEBRASPE têm cobrado nos últimos anos diz respeito a essa notação. Se quiser se aprofundar, tem esse post meu aqui: https://blog.grancursosonline.com.br/bpmn/ 

Mas, vamos aproveitar o post de hoje para resolver e comentar as questões mais atuais sobre BPMN. Para começar, questão “básica”, que visa saber se você sabe do que se trata mais essa sigla.

A próxima questão, mais fresca impossível, vai na mesma vibe de cobrança, onde destaco para você a definição sobre uma série de ícones padrão voltados ao desenho de processos. Aproveite a resolução e reveja os principais elementos da notação, que engloba os tipos: objetos de fluxo (atividades, eventos e gateways), objetos de conexão (conectores), swim lanes (piscinas, representando o processo, e raias, representando áreas ou atribuições) e artefatos.

Por fim, vou comentar duas outras questões, que mergulham nos elementos da BPMN, que “obrigam” você a saber um tanto mais sobre eles, para poder responder assertivamente. 

A primeira questão versa sobre gateways – e existem diversos tipos de gateways, dentre os quais o exclusivo (provoca o desvio do fluxo em somente um dos caminhos de saída) e o paralelo (este, o gabarito da questão, que provoca um “split” do processo em vários fluxos em paralelo, independente de qualquer fórmula ou condição). Para saber mais sobre gateways, visite este post meu: https://blog.grancursosonline.com.br/bpmn-gateways/ 

Indo para os finalmentes, a última questão de hoje, também cobra conhecimento específico dos elementos, mas com foco sobre os conectores (objetos de conexão), que podem ser três: (1) fluxo de sequência – mostra em que ordem as atividades são executadas, e é simbolizado por uma linha cheia e uma seta adiante; (2) fluxo de mensagens – indica quais as mensagens que fluem entre dois processos/piscinas, e é representada por uma linha tracejada, um círculo aberto e uma seta aberta no fim; e (3) associação – conecta os artefatos aos objetos de fluxo, e é simbolizado por uma linha tracejada.

Com isso, fechamos mais um “resumão” da série. No próximo post, vou abordar o conteúdo para o cargo 12, ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – PERFIL: ESTRATÉGIA E GOVERNANÇA, que tem toda a pinta de vir a integrar o Escritório de Processos ou o CoE (Center of Excellence) – falamos deles no próximo post.

Vamos juntos e conte comigo para apoiar a sua aprovação!

Bons estudos!

Fernando Escobar

Doutorando em Tecnologias e Sistemas de Informação pela Universidade do Minho, em Portugal, com pesquisas relacionadas a gestão de projetos/processos, transformação digital e blockchain aplicados ao setor público.

Mestre em Computação Aplicada pela Universidade de Brasília (UNB), com linha de pesquisa em Gestão de Riscos. Também possui Especialização em Gestão Pública pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

Entre 05/2010 e 07/2016, como Servidor Público Federal, foi Analista em Tecnologia da Informação, vinculado à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Desde 08/2016, é Servidor da Justiça Federal, do cargo de Analista Judiciário, especialidade Informática, do quadro do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1a Região.