É crescente o número de mulheres que se interessam por funções que envolvem a área da tecnologia. Apesar da presença masculina ainda ser predominante no setor, hoje as mulheres vêm ganhando cada vez mais espaço para construírem suas carreiras em um mercado que oferece ótimos salários e benefícios.
Para abrilhantar o Especial Mês da Mulher Gran, convidamos a nossa Professora de Governança e Gestão de TI, Samantha Gomes, para uma entrevista sobre a sua trajetória e o cenário das mulheres na TI. Engenheira de Computação com especialização em Engenharia de Software, ela possui mais de 10 anos na carreira pública, sendo aprovada em 9 concursos.
Mas, muito se engana quem pensa que Samantha teve uma trajetória fácil até chegar aqui. Ela teve que superar muitos desafios durante a sua jornada. Quer saber mais sobre esta mulher incrível? Então continue a leitura e não perca os detalhes dessa história!
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Mulheres na TI: conheça a história da Professora Samantha Gomes
Por que você decidiu começar a estudar e trabalhar com TI?
Samantha Gomes: Na verdade, não foi nada planejado. Eu sempre fui uma aluna boa em exatas e daí meu querido pai me deu um “empurrãozinho” para escolher algo na área de TI.
Como ainda não havia decidido, exatamente, qual graduação cursar nesta área, resolvi escolher a Engenharia de Computação, que é a área mais ampla dentre as disponíveis no ramo TI.
E trabalhar com TI, obviamente, foi uma consequência dessa minha escolha. Meu primeiro emprego na área de TI foi aos 17 anos realizando atividades de suporte técnico. Cursava o 1º semestre da faculdade.
E, com certeza, foi com o dia a dia e a prática, que me encontrei, apaixonei e tive a certeza que fiz a escolha certa.
O que te motivou a prestar concurso na área?
Samantha Gomes: Bom, meu pai (já falecido) era servidor da Câmara dos Deputados e sempre me estimulava a estudar para concursos, porém como o mercado privado na área de TI oferece oportunidades bem melhores que o serviço público, durante a minha graduação, eu nem sequer cogitava prestar concursos públicos.
Mas, ao me formar, comecei a pensar na estabilidade e garantias, que o serviço público oferece e não pensei duas vezes. Fiz meu primeiro preparatório para TI em uma turma fechada específica com escopo voltado totalmente para concursos na área de TI no Grancursos, em 2009.
Qual o seu cargo atual?
Samantha Gomes: Sou Analista em Tecnologia da Informação (ATI) do quadro do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e estou requisitada para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Atualmente, sou a Coordenadora-Geral de TI do MDA.
Qual a sua formação?
Samantha Gomes: Minha formação é em Engenharia da Computação com especialização em Engenharia de Software.
Durante à faculdade, havia outras mulheres no curso? E como era o tratamento dado a você: era diferenciado de alguma forma, positiva, negativa ou era igualitário?
Samantha Gomes: No início do curso, éramos, por volta, de 6 mulheres. Porém, e, infelizmente, só se formaram 2, eu e mais outra colega.
Durante a graduação, não passei por nenhum tipo de preconceito de gênero. O mesmo não posso dizer da minha trajetória profissional.
Quais são os principais desafios para a mulher na TI ?
Samantha Gomes: O 1.º desafio ainda considero que seja o cultural. O público feminino é representado muito menos nas cadeiras de TI e isso na hora da atuação pode gerar uma insegurança, e, consequentemente, fazer com que as mulheres sofram com atitudes e comportamentos machistas.
Eu mesma, em diversas ocasiões, já me senti desacreditada por colegas, que muitas vezes julgaram o meu potencial. Uma das perguntas, que já ouvi bastante ao me apresentar (“com o tom surpreso”) é: Você é da área de TI?
Além de tudo, várias pesquisas ainda apontam que as mulheres na TI recebem menos que os homens.
O que você acha que pode ser feito para aumentar o número de mulheres interessadas na carreira de TI?
Samantha Gomes: De forma geral, não só para as mulheres, eu acredito que seja necessário a promoção, o incentivo e a inclusão de cursos nas áreas de tecnologia desde a formação básica inicial.
Além disso, volto a frisar a questão da equiparação salarial, bem como também a realização de processos seletivos com a utilização de critérios neutros.
E, por último, não menos importante, o incentivo à candidatura de mulheres a cargos de liderança.
Se pudesse dar alguns conselhos para mulheres que desejam estudar para concursos de TI, quais seriam eles?
Samantha Gomes: Meninas e mulheres, se vocês já são da área de TI e até mesmo aquelas que desejam ser, não desanimem de estudar para concursos na área de TI, por não verem tantas outras mulheres de sucesso na área.
Estudem e se especializem o máximo possível e mostrem o seu potencial na prática. A prática bem executada é a melhor resposta para o combate ao preconceito de gênero. O nosso lugar e onde nós quisermos!
Mulheres na TI: Conheça a carreira
Para que as instituições privadas e públicas avancem, é essencial haver um ambiente que atraia mais mulheres, pois se cria uma maior diversidade e inovação.
Nesse aspecto, a vantagem dos concursos públicos é o zelo constitucional pelo princípio da isonomia, ou seja, a seleção não pode haver distinção de tratamento entre homens e mulheres, o que gera igualdade de oportunidades, com as raras exceções, como as carreiras de segurança pública e militar.
No tocante a carreira de Tecnologia da Informação, não existem concursos públicos que privem mulheres de exercer cargos. E a boa notícia é que a todo momento surgem diversas oportunidades para candidatas com formação de nível médio/técnico ou superior, na área de Tecnologia da Informação.
Confira abaixo alguns dos cargos da carreira de TI ofertados em concursos públicos em todo o país:
Analista de Tecnologia da Informação
Esta profissional é responsável pela infraestrutura de tecnologia e suas funções dependerão do objetivo do órgão. Dentre elas estão: desenvolver e implantar sistemas informatizados; administrar ambientes informatizados; prestar treinamento e suporte técnico ao usuário; elaborar documentação técnica e estabelecer padrões; coordenar projetos e oferecer soluções para ambientes informatizados.
Analista de Sistemas
A profissional investida no cargo de Analista de sistemas possui Nível Superior em pelo menos um dos seguintes cursos: Análise de Sistemas; Tecnologia da Informação; Sistemas de Informação; Processamento de Dados; Ciência da Computação; Engenharia da Computação; Engenharia de Sistemas; Bacharelado em Informática; Administração com Ênfase em Análise de Sistemas.
A Analista de Sistemas costuma atuar no planejamento, desenvolvimento, implementação e customização de soluções orientadas a dados.
Analista de Suporte
Para se tornar uma Analista de Suporte, a candidata deve possuir conclusão de Curso de Nível Superior em Ciência da Computação ou Sistemas de Informação, ou Engenharia de Software, ou Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Ou Desenvolvimento de Sistemas, ou Gestão da Tecnologia da Informação, ou Engenharia da Computação, Informática ou Processamento de Dados, ou Banco de Dados, ou Redes de Computadores.
Dentre as suas atribuições, a Analista de Suporte irá cuidar da manutenção de softwares e equipamentos, além de implantar e promover a manutenção de softwares básicos em equipamentos de grande porte e implantar projetos em banco de dados e dar suporte ao uso de ferramentas e equipamentos de grande porte.
Confira outros cargos da carreira de Tecnologia da Informação:
Técnico de Gestão de Informática: Para ingressar no cargo, a candidata deve possuir diploma de curso de graduação de ensino superior em Informática.
Técnico de Suporte, Computação e Processamento: A servidora pertencente ao cargo deve possuir ensino médio profissionalizante ou médio completo + curso técnico na área.
Técnico de Tecnologia da Informação: A servidora pertencente ao cargo deve possuir ensino médio profissionalizante ou médio completo + curso técnico em área de Tecnologia da Informação.
Assistente de Tecnologia da Informação: Basta que a candidata possua ensino médio completo e em alguns casos é exigido curso de ensino técnico profissionalizante na área de Informática.
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Especial Mês da Mulher GRAN
Essa matéria faz parte da série Especial Mês da Mulher GRAN: conteúdos voltados para as conquistas das mulheres. Inscreva-se aqui para acompanhar a programação em vídeo.
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- A aluna deverá ser a responsável financeira pela conta, independentemente do tipo do plano escolhido (individual, dupla ou amigos).
- enviar, via upload, a imagem ou o PDF legível com a autodeclaração de identidade de gênero (baixe aqui) no espaço disponível na plataforma do aluno.
De acordo com o regulamento da Assinatura Ilimitada Mulher, não se qualificam para este plano:
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- Estrangeiras;
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