Nos últimos meses, compartilhei aqui histórias de superação em forma de crônica, relatos que dariam um livro inteiro. Hoje, peço licença para contar outra. Desta vez, é uma história minha. É da Vivi, minha esposa. É da nossa família.
Há exatamente um ano, no mesmo dia em que escrevo estas linhas, perdemos um bebê. Foi, sem exagero, o pior dia das nossas vidas. Um silêncio pesado tomou conta do nosso coração. A dor não pediu licença. Chegou inteira, crua, sem aviso. Vieram o choro, os porquês sem resposta, a sensação de injustiça. O luto. E, como se não bastasse, Vivi ainda precisou passar por uma cirurgia e enfrentar um processo lento e delicado de recuperação física e emocional. Nada foi simples. Nada foi breve. Houve noites longas demais e dias em que até o ato de respirar parecia exigir esforço consciente.
Um ano se passou e agora nos encontramos em um cenário completamente diferente. Estamos em casa com três — três! — filhos. O mais novo, Joel, nasceu há menos de um mês. Chegou como quem se antecipa ao aniversário da dor para restituir em nós a força de vontade. Joel é promessa. É fé. É força. É união. É uma resposta que não apaga a pergunta, mas lhe confere um novo sentido.
Há quem diga que a felicidade está nas coisas mais simples. De fato, uma das cenas mais marcantes para mim nos últimos dias foi o primeiro encontro dos irmãos. Samuel, nosso mais velho, se aproximou do berço com aquela pureza sagrada que só as crianças têm e, em tom suave, quase sussurrando, disse, apenas:
— Oi, Joel.
Ele não entendeu a perda do irmão que não conheceu, mas compreendeu plenamente o significado da chegada do caçulinha da casa, pequeno como um brinquedo, grande como um milagre. Às vezes, a vida ensina mais pelo sentir do que pela lógica.
Confesso: não gosto muito de expor minha vida pessoal, mas essa grande comunidade que construímos me fez repensar isso. Há momentos em que o silêncio não ajuda, em que falar parece ser o melhor caminho. De vez em quando, lembrar que a história que tentamos escrever para nós nem sempre seguirá o script pode ser libertador. Reconhecer nossas vulnerabilidades nos humaniza. E acalanta…
Sabe o que percebi ao longo desse último ano? Que mesmo a noite mais escura pode ser seguida por um amanhecer sublime. A dor não desaparece, mas pode ser ressignificada e ganhar outro lugar dentro da gente. Pode deixar de ser prisão e virar impulso. Acredito nisso. Acredito em restituição. Em esperança nova.
Pode ser que, neste fim de ano, às vésperas do Natal, seja você quem está atravessando um tempo difícil. Talvez tenha perdido alguém. Ou, quem sabe, tenha acumulado reprovações, quase-acertos que doeram como fracassos absolutos. Talvez você tenha lutado contra a ansiedade, a dúvida, a pressão do mundo — ou, pior, de si mesmo. Talvez sua noite tenha sido mais escura que o normal e aparentemente sem fim.
Mas preste atenção: há luz logo adiante.
Enquanto houver fôlego, haverá possibilidades. Enquanto essa batida persistente que você sente no pulso continuar, haverá chance de recomeço.
Se você procurar bem, encontrará a fresta por onde o novo pode entrar. A restituição talvez não venha do jeito que você imaginou. Na verdade, é mais provável que ela chegue quando você menos espera. Ainda assim, confie: ela é o caminho mais racional — e bonito — de atravessar a vida. Afinal, se deixarmos de acreditar, o que construiremos? Uma profecia silenciosa de derrota?
Sinceramente, nunca conheci um pessimista plenamente realizado. Se você conhecer algum, por favor, me apresente.
Inspirado pelo Joel e por tudo que enfrentamos antes de sua feliz chegada, deixo aqui o meu incentivo. A dor pode ser grande e deixar cicatrizes profundas, mas não precisa dar fim aos seus projetos. Basta que você não desista de acreditar.
Siga. Continue. Insista.
Não negocie seus sonhos. Não abandone sua esperança.
Quem sabe no próximo Natal você esteja exatamente onde queria estar, ainda que hoje isso pareça impossível?
Aconteceu conosco. Pode acontecer com você.
Não importa o desafio que você tenha imposto a si mesmo, conte com o Gran. Conte comigo e com uma equipe inteira bem-preparada que acredita em você.
Boas Festas e um Natal abençoado! E que a restituição encontre você e sua família no tempo certo.

Feliz Natal da nossa família — agora ampliada — para a sua!
Gabriel Granjeiro – CEO e sócio-fundador do Gran, maior Edtech do Brasil em número de alunos, com mais de 800 mil discentes ativos pagantes. Reitor e professor da Gran Faculdade. Acompanha o universo dos concursos desde a adolescência e ingressou profissionalmente nele aos 14 anos. Desde 2016, escreve artigos semanais para o blog do Gran, que já somam milhões de leitores.
Formou-se entre os melhores alunos em Administração e Marketing pela New York University Stern School of Business. Foi incluído na lista Forbes Under 30 (2021), eleito Empreendedor do Ano pela Ernst & Young (2024) e reconhecido pela MIT Technology Review como Innovator Under 35 no Brasil e na América Latina. Autor de quatro livros best-seller na Amazon Kindle.
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