Continuando a nossa missão hercúlea de traduzir como a conceituada banca Cespe/Cebraspe tem abordado os conteúdos das matérias básicas nos principais certames por ela organizados, trataremos, no artigo de hoje, da prova de Informática, com o auxílio do nosso mestre no assunto, Maurício Franceschini. Faremos uma análise sistemática dos itens cobrados em alguns dos mais recentes concursos, em busca de quantificá-los e de distribuí-los entre os principais tópicos da matéria. Em seguida, apontaremos quais desses assuntos consideramos de maior relevância e merecedores de atenção especial na hora em que você for elaborar o seu plano de estudos.
Já ouvimos muitos relatos de candidatos que zeraram a prova de Informática ou ficaram devendo pontos por causa dela. Nas provas do Cespe, isso é possível porque, como você já deve saber, uma questão errada anula uma certa. Logo, fica devendo pontos o candidato que obtém nota negativa em qualquer uma das provas do concurso.
“Os concursos exigem muito mais do que conhecimento prático e superficial em toda e qualquer matéria cobrada.”
Infelizmente, o “ficar devendo” é bem comum em Informática, pelo simples fato de que os concurseiros não costumam dar a devida atenção ao estudo dessa matéria. Eles entendem que, como “se viram bem” na frente do computador, já conhecem os conteúdos de forma abrangente. Erro crasso. Os concursos exigem muito mais do que conhecimento prático e superficial em toda e qualquer matéria cobrada. No caso de Informática, as provas vêm recheadas de termos técnicos e se caracterizam pela abordagem bastante aprofundada dos assuntos. As questões avaliam o conhecimento do candidato principalmente sobre quais são as ferramentas da área, mas os concorrentes também devem estar preparados para responder itens acerca dos nomes técnicos dessas ferramentas, de seus menus e de sua utilidade prática.
“Veja como os conceitos se aplicam no uso efetivo da máquina; note como e para que os comandos funcionam em cada situação. Depois, resolva o maior número possível de questões de provas de certames anteriores.”
Em outras palavras, quando se trata da prova de Informática, o examinador desce ao detalhe, às especificidades da matéria. Por isso, uma recomendação: depois de ter estudado a teoria sobre os temas que apresentaremos a seguir, procure explorar um pouco mais o seu próprio computador e ponha em prática a teoria recém-estudada. Veja como os conceitos se aplicam no uso efetivo da máquina; note como e para que os comandos funcionam em cada situação. Depois, resolva o maior número possível de questões de provas de certames anteriores. Não nos cansamos de dar esse conselho, para que o candidato nunca seja pego de surpresa. Acredite: isso lhe conferirá mais conhecimento sobre o assunto e mais segurança no próximo concurso.
Nos artigos anteriores desta série, fizemos a análise estatística e técnica de provas recentes sobre Direito Constitucional (leia aqui), Direito Administrativo (leia aqui) e Língua Portuguesa (leia aqui). Já para organizar o conteúdo de Informática que ora lhe apresentamos, analisamos provas aplicadas especificamente em 2014, 2015 e 2016. Foram 9 no total, das quais coletamos 71 itens assim distribuídos: 15 (21% do total) questões sobre internet; 16 (23%) questões sobre segurança do computador; 9 (13%) questões sobre o sistema operacional Microsoft Windows e 1 (apenas uma!) questão sobre o Linux; 10 (14%) questões sobre software editor de texto; 4 (5,6%) questões sobre software de planilha; 5 (7%) questões sobre slides; 4 (5,6%) questões sobre correio eletrônico; e 7 (10%) questões sobre o tema navegadores.
Os grandes ou mais relevantes temas podem ser assim fatiados: dos 15 itens sobre internet, 6 versavam sobre protocolos, 4 sobre computação na nuvem, 1 sobre equipamentos de conexão e 4 sobre outros tópicos.
Dos 16 itens sobre segurança, 2 tratavam de princípios básicos, 6 de ameaças, 6 de proteção e 2 de outros tópicos.
Das 9 questões sobre Microsoft Windows, 1 falava de teclas de atalho, 4 de ferramentas e configurações e 4 de acessórios.
Das 23 questões sobre softwares aplicativos, 6 abordavam especificamente o MS Word, 2 o MS Excel, 4 o MS PowerPoint, 4 o LibreOffice Writer, 2 o LibreOffice Calc, 1 o LibreOffice Impress, 2 o MS Outlook/Express e 2 o Mozilla ThunderBird.
Por fim, das 7 questões sobre navegadores, 2 abordavam o Internet Explorer, 2 o Mozilla Firefox e 3 o Google Chrome.
De forma objetiva e sucinta, eis aí um norte para você organizar os estudos sobre essa importante disciplina. O bom conhecimento sobre ela será útil tanto para o bom desempenho no concurso dos seus sonhos quanto, mais tarde, para o seu dia a dia como servidor público.
Sabemos, amigo concurseiro, que hoje os concursos estão muito disputados, de modo que ter ou não atenção aos detalhes pode ser determinante para colocar o seu nome na lista dos aprovados e classificados ou para deixá-lo na lista de desclassificados, inaptos ou de cadastro de reserva. Vamos aqui tentando ajudar você a ser mais competitivo, até conseguir se tornar servidor do público na carreira para a qual você se sente mais vocacionado.
É isso por hoje. Na próxima oportunidade, abordaremos – ou quebraremos, ou traduziremos; como queira –, os concursos do Cespe quanto à disciplina Raciocínio Lógico Matemático.
“Meus filhos terão computadores, sim; mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história.” (Bill Gates)
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Gabriel Granjeiro
Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há quase 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.
Maurício Franceschini
Servidor público do TJDFT desde 1999, atuando como supervisor de informática desde 2003. Graduado em Ciência da Computação pela UNB e mestrando também pela UNB. É professor de informática para concursos, ministrando também algumas disciplinas da área de TI, com experiência em várias instituições renomadas.
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