Semana passada, nossa conversa foi sobre o que caracteriza aqueles de nós que são considerados mentalmente fortes. Na sequência, acompanhei nas redes sociais alguns comentários que diziam mais ou menos o mesmo: nem sempre conseguimos ser assim. Eu não poderia concordar mais. Sentir-se fraco ou estar fraco é, na verdade, o que permite recobrar as forças. Do contrário, poderíamos nos considerar seres invencíveis, intransponíveis, e isso não é humano. Então, sendo bem pragmático, surge a pergunta: o que podemos fazer quando nos sentimos desmotivados, enfraquecidos, verdadeiramente exauridos?
Sabe, você poderia ser dono de todo o dinheiro, toda a beleza e toda a fama do mundo e, ainda assim, sentir-se frágil e desanimado. Não importa o quão bem-sucedidos sejamos, a verdade é que somos todos pessoas comuns que eventualmente se sentem impotentes e fragilizadas. Afinal, quem nunca carregou ou carregará sua cota de percalços, mágoas e perdas? E qual de nós não tem, ao menos de vez em quando, medo da solidão e da morte? Não há nada de errado nisso; é apenas nossa natureza humana marcando a cadência nesta longa estrada chamada vida.
O que posso dizer é: na eventualidade de você se perceber desencorajado ao encontrar algum obstáculo em seu caminho, mantenha a calma. Tenha em mente que imprevistos fazem parte, sobretudo quando nos propomos a ir além do que talvez se esperasse de nós. Sair da zona de conforto pressupõe alguns incômodos, ora, e é então que compostura e inteligência emocional fazem toda a diferença. Acredite, cautela e autoconfiança se complementam para lhe conferir um poder que você jamais pensou ter.
Se você ainda não percebeu isso, procure amparo na família e nos amigos. Coma e beba com eles. Converse sobre suas decepções, suas mágoas, seus temores. Desabafe com gente da sua absoluta confiança. Se nada disso ajudar, você pode, ainda, investir um pouco na solitude. É incrível, mas o silêncio de quando estamos sozinhos faz coisas incríveis. Tranquiliza a mente e, ao nos pôr em contato com nossa essência, permite encontrar as soluções para os problemas que nos afligem. Não à toa, Sêneca, representante do estoicismo, dizia: “Nada, na minha opinião, é uma prova melhor de uma mente bem-organizada do que a capacidade de um homem de parar exatamente onde está e passar algum tempo em sua própria companhia.”
Saiba que também eu, vez ou outra, me sinto fraco, incompetente, sem inspiração, em dúvida quanto ao próximo passo. É como se um dia eu tivesse a força de Sansão e no outro me sentisse vulnerável como uma criança. Também eu esqueço, às vezes, que a minha fortaleza não está num dia de sol ou em algo concreto que alguém tenha tirado de mim. O que faço quando isso acontece? Trato de voltar à razão e de me pôr novamente na direção da minha vida.
No meu caso, criei uma rotina que me ajuda muito a reencontrar a paz e a calma necessárias para seguir em meus propósitos. Sempre que me vejo inquieto ou ansioso, interrompo o que estou fazendo e vou ver meu filho, Samuel. O simples ato de beijá-lo ou de olhar para ele por um minuto promove a quietude de que eu precisava para meu corpo ser invadido por ondas de energia e a confiança retornar com tudo. É como se eu acalentasse o meu próprio coração, dizendo-lhe que estamos bem e que precisamos seguir em frente, bem na linha do ensinamento do imperador Marco Aurélio: “Você tem poder sobre sua mente – não sobre eventos externos. Perceba isso e encontrará a sua força”.
Em conversas anteriores neste espaço, eu já comentei como nossos erros não definem quem somos. Da mesma forma, um dia ou outro perdido entre pensamentos negativos também não condiciona como será nossa vida. Então, por favor, não leve tão a sério os momentos de fraqueza. Eles são apenas alguns – a minoria absoluta – num imenso universo de trabalho e de resiliência. Respire fundo e faça logo o que tem de fazer.
O refúgio dos exitosos, dos fortes, não está no campo ou no mar; tampouco nas montanhas. Não está longe, enfim. A contrário, está bem ao seu alcance, em seu espírito, em sua mente, em sua resiliência. Se você se decepcionar com algo ou alguém, se as coisas não saírem como planejadas e você se sentir exaurido, meu conselho é: volte-se para seu eu interior e busque força lá de dentro. Ainda que você esteja se vendo como um nada e sua vontade seja sumir da face da Terra, permita-se sentir o coração pulsar e extraia daí fôlego para recomeçar. Se for preciso, feche os olhos e revire a mente em busca de alguma memória revigorante, uma lembrança qualquer que faça você se sentir vivo e energizado de novo. Enfim, invoque seus maiores sonhos e veja o milagre acontecer.
Da minha parte, sigo com os meus medos, eventualmente um pouco menos intenso ou temporariamente mais vulnerável, porém sempre preparadíssimo para dar o meu melhor, pronto para persistir, determinado a inspirar e ajudar outras pessoas. Esse é o meu propósito, a fonte do meu espírito imparável. Espero que você, caro leitor, também encontre o seu.
“Em Deus, nós confiamos. Todos os outros tragam dados.” W. Edwards Deming (1900-1993), consultor norte-americano
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