Lembre-se sempre de que existem apenas dois tipos de concurseiros: os que passam em concurso e os que desistem deles! Você faz parte do primeiro grupo!
Continuando a nossa série de artigos que procuram desmitificar inverdades acerca do mundo dos concursos, apresentamos mais cinco mitos recorrentes sobre o tema (confira aqui a Parte I):
6. Quem estuda para concursos não deve perder tempo com atividade física.
Não pode e não deve ser assim. Quem estuda, seja para concurso público ou para outro tipo de exame, precisa encaixar, no plano de estudo, um tempo (o ideal é de 30 a 60 minutos) para a prática de uma atividade física, especialmente aeróbica, como: caminhar, correr, nadar, andar de bicicleta etc. Já há muitos estudos consolidados que demonstram que esse tipo de atividade aumenta a capacidade cognitiva, o humor, a concentração e, consequentemente, a memorização dos conteúdos.
Para os candidatos que buscam ingressar na área de segurança pública, a prática de atividades físicas é essencial para a sua boa forma e aprovação no Teste de Aptidão Física. Não adianta nada passar na prova objetiva e ser reprovado no TAF. Então, ignore comentários que indicam que os/as concurseiros/as precisam abrir mão da atividade física em sua trajetória de estudos.
7. Quem começa a estudar apenas quando o edital é publicado passa em concurso, pois não perde tempo estudando o que não vai cair.
É um erro gravíssimo! É enganar a si mesmo achar que conseguirá passar em um concurso público com concorrência que pode chegar a 3.000 candidatos disputando uma única vaga estudando apenas entre o tempo da publicação do edital e o dia das provas. Não conseguirá, não vencerá o extenso conteúdo do edital, não terá tempo para revisão, para resolver exercícios, simulados e outras ações necessárias à aprovação no concurso dos sonhos. É claro que há exceções, mas são raros os casos. Em média, uma preparação adequada para um concurso de alto nível pode levar vários anos. Tudo vai depender da escolha do método de estudo, da afinidade com as disciplinas a serem estudadas e com a bagagem de conhecimento trazida dos anos de estudos no ensino médio, na graduação e das especializações, quando se tem. Agora pense comigo: vale a pena estudar alguns anos para ter uma remuneração digna o resto da vida? Acredito fortemente que sim, principalmente se levar em consideração o tempo que investimos em uma faculdade, sem garantias de que o diploma trará a remuneração desejada no futuro.
8. Concurso público é um jogo de cartas marcadas.
É mito. Já ouvi muito essa desculpa de pessoas que não têm a disciplina para aguentar a exaustiva preparação até a aprovação. Não se passa em concurso público apenas se inscrevendo, ou porque tem um sobrenome poderoso e famoso, ou porque possui amigos nos mais altos escalões dos Três Poderes da República. Claro, há relatos de fraudes em alguns concursos, mas observamos que os órgãos competentes estão investigando e punindo os criminosos e que as bancas se profissionalizam cada vez mais para garantir a segurança dos certames. Dentro do universo dos concursos, esses relatos são uma fração mínima do total de seleções realizadas. Passará em concurso público quem se preparar adequadamente, com os profissionais certos, com a plataforma ou estrutura adequada, quem cumprir religiosamente um plano de estudo, fizer sacrifícios, pois merecerá conquistar uma vaga.
9. Concurso público é muito concorrido.
Isso é verdade, mas não deve desencorajar a entrada na “fila” em busca do governo como patrão. A relação candidato X vaga não pode ser um desestímulo à dedicação e à busca pela sonhada vaga. Primeiro, você precisa de apenas uma vaga para tomar posse. Segundo, o universo de reais concorrentes competitivos é sempre bem inferior ao número divulgado no portal G1. O cálculo da disputa é feito da seguinte forma: a cada grupo de 100 inscritos, de 25 a 35% é abstenção (não comparecem no dia D, por n razões), dos que comparecem, entre 5 e 10%, apenas, são competitivos. Você não pode se intimidar pelo número de inscritos, mas deve saber que é necessário dedicação incansável, pois mudar de vida e passar em um concurso não é fácil.
10. A máquina pública brasileira está inchada: não há mais margem para contratações.
Falso. O grande problema do Brasil é o grande número de cargos comissionados. Esses devem existir para casos excepcionais, a fim de trazer novos talentos para o quadro público, e não servir como regra para fortalecer a base política. Quando se olham as vagas preenchidas por concursados, percebemos que praticamente todas as principais carreiras típicas de Estado, como Agente de Polícia Federal, Auditor da Receita Federal, Auditor Fiscal do Trabalho, entre outros, estão com quadros muito defasados de servidores públicos, bem inferiores ao que a lei do cargo permite. Com isso, deixa-se de arrecadar impostos, fiscalizar o contrabando, recuperar dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção. Deixa-se de arrecadar várias vezes o investimento na remuneração do servidor por causa da simples falta de mão de obra para executar as rotinas necessárias. É totalmente ilógico. Proporcionalmente, o número de servidores públicos no Brasil, um país continental, com 200 milhões de habitantes, é muito menor do que outros países desenvolvidos, como Alemanha e França. Em algum momento, os nossos representantes terão que reconhecer esse simples fato e aumentar as vagas em concursos e nomeações. Enquanto isso, quem continuar estudando será beneficiado com sua persistência e ousadia. Siga em frente, pois a máquina pública continua e continuará sempre contratando.
Na próxima semana, teremos a última parte dessa série de artigos. Até lá!
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Gabriel Granjeiro
Diretor-Presidente e Fundador do Gran Cursos Online. Vive e respira concursos há quase 10 anos. Formado em Administração e Marketing pela New York University, Leonardo N. Stern School of Business. Fascinado pelo empreendedorismo e pelo ensino a distância.
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