Encontramos na vastidão dos desertos uma metáfora no mínimo intrigante para a nossa existência: somos meros viajantes que atravessam paisagens não raro inóspitas da vida. A aridez a nossa volta nos leva a refletir sobre a transitoriedade de tudo que nos cerca, e é na solidão da travessia que descobrimos nossa essência e o propósito que nos impulsiona adiante mesmo quando o horizonte parece pouco amigável. Tudo que não devemos fazer é nos acostumarmos a tanta adversidade, aceitando o deserto hostil como destino. Afinal, ele não é moradia, mas passagem.
Uma jornada através de terras áridas tem muito a ensinar. Vamos nos ater à capacidade de adaptação que ela impõe desde o início. As condições extremas de vida em um deserto são desafiadoras, só sobrevivendo a elas os mais resilientes. As adversidades únicas experimentadas ali têm o poder de catalisar mudanças profundas e imediatas, despertando até na pessoa mais acomodada o instinto de autopreservação. Ora, tudo que incomoda serve como convite à mudança e ao aprimoramento. Essa é a dinâmica do deserto, e, por analogia, da vida, uma força que impele qualquer um a ser mais criativo e determinado a se superar.
Quem nunca se viu diante de alguma adversidade, surpreendido por uma situação difícil que não estava nos planos? Altos e baixos fazem parte da vida, embora para alguns de nós a jornada pareça mais dura que para outros. Ainda assim, a resignação não é solução. Somos destinados à prosperidade. Nascemos para ser felizes, nada obstante apenas alguns de nós consigam sobreviver bem às condições inóspitas dos desertos que nos põem à prova.
No silêncio eloquente do deserto, percebemos que não somos senhores do tempo, e sim aprendizes da eternidade. A vastidão do deserto nos ensina lições profundas a respeito da transformação, e o vento que ali corre livre sussurra em nossos ouvidos ensinamentos sobre a arte da paciência, da resiliência e da humildade.
Não há por que sentir tristeza. O deserto da vida está ali, porém não como lugar de assento definitivo. A ideia é sermos peregrinos por esses caminhos incertos e volúveis; jamais residentes. Nossa jornada há de se enriquecer com as experiências vividas sob o sol escaldante, em paisagens tão belas quanto assustadoras, evitando, é claro, a armadilha da complacência. Não sejamos como o sapo que não se dá conta da água aquecendo a tempo de evitar ser fervido.
Uma provação como a de atravessar um deserto inóspito tem muito a ensinar. Quem passa pela experiência nunca mais se esquece do enorme sofrimento que um único e insistente raio de sol é capaz de impor ao corpo desidratado, do imenso alívio que uma única gota d’água pode proporcionar, do inigualável sentimento de superação que um único passo dado pode significar, sobretudo se for o derradeiro para vencer a vastidão das dunas. Um deserto que tenha ficado para trás é um lembrete eloquente de que a maior riqueza de todas está na apreciação das conquistas, na gratidão pelo que já temos.
A experiência de ter vencido um deserto inóspito também deixa de herança uma inestimável humildade. As infindáveis dunas e os raros oásis que deixamos pelo caminho nos remetem à nossa pequenez diante do universo ao mesmo tempo que nos convidam a encontrar nosso lugar no mundo, com coragem e determinação a fim de não nos permitirmos engolir pela incerteza e pela insegurança.
Neste momento é você que está atravessando um deserto hostil? É você que teme pelo futuro e receia as provações de amanhã? Tudo bem; até o medo faz parte. O que importa é seguir caminhando, é continuar dando um passo depois do outro. Tenha em mente que o terreno árido sob os seus pés não é o seu destino final, mas um lugar de passagem. Há algo melhor adiante, esperando por você.
“Nossas ações podem ser tolhidas… mas nada pode tolher nossas intenções ou disposições. A mente se adapta e transforma os obstáculos à ação de acordo com seus propósitos. O obstáculo à ação promove a ação. O que se coloca no caminho se torna o caminho.” – Marco Aurélio, filósofo e imperador romano
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