Você tem de tomar uma decisão!

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17 de Julho de 2023

Ao longo da vida, tomamos milhões de decisões; num único dia, elas são mais de trinta mil! Algumas são bobinhas, tomadas quase de forma automática, de tão rotineiras. Que roupa e calçado usar, qual rota pegar para o escritório e o que comer no café da manhã são bons exemplos. Outras, mais complexas, envolvem assuntos sérios como carreira e casamento.

Independentemente do grau de seriedade de nossas escolhas, o fato é que somos decisores natos. Quantitativa e qualitativamente. Isso quer dizer que as decisões, além de incontáveis, são, ou ao menos deveriam ser, tomadas com base em critérios e valores sólidos, e não de forma impensada e inconsequente, ainda que nem sempre tenhamos controle sobre todas as variáveis envolvidas.

Sabe, sou um grande admirador do ser humano e de sua notável capacidade de mudar os rumos da própria vida a partir de suas escolhas e resoluções. Nesse contexto, se há algo que me irrita – e, acredite, também deveria irritar você –, é a omissão de quem simplesmente foge da responsabilidade de tomar certas decisões. Sim, gente que vive em cima do muro, sem se comprometer de verdade com nada, especialmente quando uma guinada positiva em sua vida depende apenas disso, me tira do sério. Se é do tipo que não faz nada além de reclamar, cedendo à autopiedade, então…

Atuo no mundo dos concursos há bastante tempo, apesar de a minha idade não deixar transparecer. Trabalho no segmento desde os 15 anos e hoje tenho 31. Já acompanhei – às vezes de perto, outras de longe ou via redes sociais – a trajetória de milhares de concurseiros das mais diversas áreas. A experiência me permite hoje identificar uma triste característica bem comum entre aqueles que não alcançam o sucesso: a relutância em tomar a decisão definitiva de se dedicar à preparação, com todos os ônus e bônus que a resolução lhes traga. “Como assim?”, você pode perguntar. “Essas pessoas são candidatas, não são?” Sim, formalmente são, e até estudam, mas não tomaram a decisão de fazê-lo de verdade, com afinco, eventualmente abrindo mão de prazeres frívolos. Algumas chegam a aderir à nossa Assinatura Ilimitada, mas, em vez de aproveitar todo o potencial das ferramentas que oferecemos, agem como se a inscrição no curso bastasse para garantir a aprovação. Em resumo, estão bem longe de tornar a preparação uma prioridade em sua rotina. Afirmam estar focadas, mas na realidade não estão.

Na vida, ouso dizer que há duas dores sobre as quais temos controle: a da disciplina e a do arrependimento. O concurseiro deve escolher qual delas experimentar. A dor da disciplina é desafiadora. Ela não traz resultados imediatos e, regra geral, piora a qualidade de vida da pessoa antes de melhorá-la. Normalmente quem estuda para concurso já sofre com alguma restrição financeira, e optar pela disciplina pode implicar ainda mais aperto econômico, pois o projeto impõe despesas significativas, entre inscrições, curso preparatório e material de estudo. Além disso, há o custo emocional, visto que o candidato terá bem menos tempo para o lazer e a família. Contudo, do outro lado do espectro, a dor do arrependimento pode se revelar ainda pior. Como ela não surge de imediato, acaba sendo bastante tentador seguir por esse caminho. Mas não tenha dúvida: chegará o momento em que você pensará “ah, eu deveria ter feito isso, deveria ter tentado aquilo…” Deveria, deveria… O arrependimento dói fundo. Especialmente quando decorre da inação.

O mundo está cheio dos chamados “engenheiros de obra pronta”, aquele tipinho que, diante de algo feito, diz: “Viu só? Era só fazer assim. Você que estava errado.” Fuja de gente assim. Comportamentos como esse não fazem nada além de desencorajar quem já está fragilizado por algo que não saiu conforme planejado. Ora, é fácil julgar de forma tão implacável depois que as coisas já aconteceram; difícil é fazer uma escolha sem enxergar todo o caminho à frente.

E, verdade seja dita, é isso que temos de fazer na maior parte do tempo. A vida é uma sucessão de escolhas difíceis, muitas delas inevitáveis, então o ideal é desenvolver meios de lidar da melhor forma com essa dura realidade em vez de fugir dela. Particularmente, tenho os meus métodos. Um deles é dividir o peso da carga decisória sempre que possível. Como empreendedor, tenho problemas para resolver quase diariamente e não posso me deixar abalar toda vez que me sinto desafiado. Então, quando alguém me traz algo para decidir, peço que a pessoa também sugira algumas ações. A partir dessas propostas, formulo eu mesmo ao menos outra, e juntos decidimos qual pôr em prática. Com isso, tiro logo o elefante da sala e não perco o sono, valioso alimento da mente, do corpo e da alma.

Todavia, nem sempre a tomada de decisão pode ser compartilhada. Nesse caso, se tenho dúvidas sobre como agir, pergunto a mim mesmo o que o Gabriel que pretendo ser daqui a 1, 5 ou 10 anos faria se estivesse em meu lugar. Também procuro avaliar as recompensas que colherei no médio e no longo prazo com a decisão, cotejando-as com tudo a que terei de renunciar no presente. Trata-se de uma conta relativamente fácil de fazer, e essa técnica tem se mostrado eficaz para mim, ajudando até a minimizar arrependimentos.

Veja, toda decisão envolve riscos, alguns mais sérios e outros menos. Acredite, mesmo a simples escolha de um tema para esta mensagem mexeu comigo hoje. Confesso: há alguns minutos, eu não sabia exatamente o que escrever. Sem saber por onde começar, eu poderia ter simplesmente desistido, mas não o fiz. Saí da inércia e parti para a ação. Tratei de alinhar os pensamentos e começar a redigir algo que me parecesse útil para os meus seguidores em busca de realização pessoal e profissional. Em outras palavras, o simples fato de estar aqui, no silêncio do meu escritório, escrevendo este texto é resultado de uma tomada de decisão. Talvez ela não produza os resultados que espero, eu sei, mas ao menos eu decidi. Eu dei o primeiro passo. Eu fiz algo. Eu saí do muro.

De uma coisa eu tenho certeza: ninguém se arrepende de tomar a decisão de estudar. Nunca vi isso acontecer. Jamais ouvi isso nas mais de 200 entrevistas formais que já conduzi para o meu canal Imparável e nos incontáveis relatos de alunos e ex-alunos do Gran. Entre os que escolheram a dor da disciplina o sentimento de satisfação predomina. É o que desejo para você.

Então, amigo leitor, amiga leitora, tome de uma vez por todas a decisão que você vem adiando. Não perca mais tempo. DECIDA!

“A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore da vida”. (Provérbios 13.12).

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