Veja o gráfico abaixo. Note que há nele um ponto de inflexão a partir do qual pode ocorrer uma completa mudança de cenário, a depender de a curva que se segue ser ascendente ou descendente.
Talvez você que me lê se encontre num ponto assim em sua trajetória pessoal ou profissional, e lhe tenham surgido pensamentos como: “Não sei o que fazer. E agora?”, “Qual é o próximo passo?” “O que se espera de mim?”, “Como garantir que a curva seja ascendente?”. Se é o seu caso, vamos conversar um pouco sobre isso?
Ao longo de nossa jornada na Terra temos ideias, fazemos planos, sofremos derrotas, comemoramos vitórias… Vivemos altos e baixos, o que, em certos momentos – os pontos de inflexão –, inevitavelmente nos leva a pensar se é hora de avançar, de retroceder ou de apenas ficar quieto.
Certa vez, eu conversava com um grande empreendedor brasileiro quando ele me disse que acertar o timing – em tradução livre, “o momento certo” – faz toda a diferença nos negócios. Vou além nessa ideia para afirmar que não é assim apenas no mundo do empreendedorismo, mas em todas as esferas da vida. Timing nas tomadas de decisão é crucial.
As mais de cem pessoas, entre servidores e ex-servidores públicos, que entrevistei no meu canal Imparável, no YouTube, confirmaram isso em seus testemunhos. Os comentários variaram, é claro, mas algo que todas relataram foi um pensamento que surgiu forte quando chegado o momento de decidir o passo seguinte. Para algumas, a voz que lhes veio à mente pronunciou o clichê “não vou deixar para amanhã o que posso fazer hoje”. Outras simplesmente pensaram: “Vou começar e tenho certeza de que, com meu esforço e força de vontade, com suor e dor, vou conseguir. Afinal, outras pessoas como eu chegaram lá”. Houve, ainda, aquelas que apenas se deram conta de que não tinham alternativa senão compreender que nada mais seria como antes a partir dali. Embora não tivessem um plano B, também não aceitavam a ideia de simplesmente permanecerem onde e como estavam. Sabiam que era preciso virar a chave.
Acredite: a falta de alternativa pode se revelar uma bênção. A servidora do TJDFT Vanda Sousa, uma das minhas entrevistadas, expressou bem a ideia: “Não se caça de barriga cheia”. Com a fome batendo, qualquer um toma lá suas providências para garantir a próxima refeição. Sai, então, em busca do alimento. Na caçada, tudo pode acontecer: o caçador pode dar sorte e abater o jantar logo na primeira hora, ou pode ter o azar de cair uma tempestade que acabe atrasando os planos.
Deixando a metáfora de lado, o que estou dizendo é: pode ser que algumas das suas táticas, concurseiro, não funcionem como você imaginava que funcionariam. Até suas melhores intenções podem, surpreendentemente, trazer resultados ruins. Sim, será difícil juntar os cacos e reacender a motivação após encarar dificuldades sérias, como, por exemplo, uma abrupta queda no padrão de vida, se for preciso abrir mão do emprego para se dedicar mais aos estudos.
Será difícil, porém necessário. Na verdade, apesar de um revés como esse ser uma grande provação, não custa lembrar que o fato de você estar vivo e com saúde é, por si só, um enorme motivo para ser grato. O valor da vida não passou despercebido a um dos homens mais sábios e bem-sucedidos que habitou nosso planeta, o rei Salomão. Em Eclesiastes 9:10, ele deixou registrado: “O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria.”
Em outras palavras, devemos fazer o que realmente precisa ser feito, como se fosse nosso último ato em vida. Trata-se, caro leitor, querida leitora, de enxergar no trabalho, no estudo, em seu mister, qualquer que seja ele, uma forma de honrar a dádiva que você recebeu, chamada vida. Não adie para segunda-feira ou o ano que vem o início ou a continuidade daquilo que lhe é importante. Não sabe o que fazer? Nada de desespero. Busque, humildemente, ajuda para obter as respostas, mas comece – ou retome – o quanto antes sua jornada.
Ninguém alcança um nível mais alto na escalada da vida se não der o seu melhor no patamar em que está agora, por mais baixo que este seja. Em Mateus 25:21, lê-se: “O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito’.” Posso citar inúmeros colaboradores do Gran que foram fiéis no pouco, dedicando-se dia após dia em suas atribuições, e com o tempo foram ganhando mais responsabilidades e, na mesma proporção, maiores recompensas, crescendo tanto dentro da companhia como na vida pessoal. Digo o mesmo quanto a ex-alunos que se mantiveram fiéis no pouco tempo de que dispunham para estudar – aquela curta hora de almoço, aquele fim de noite insone –, e, com o passar dos meses, foram evoluindo em conhecimento e reunindo aprovações.
Motivação vem do latim motivus, movere, que significa “mover”. Dito de outra forma, não alcança quem permanece em eterno compasso de espera. À medida que se avança em direção aos objetivos traçados, é preciso, ainda, manter o foco. Antes de dar o passo seguinte, cumpre ter muito claro na mente tanto o que se almeja como o que se repele. É surpreendente quantos de nós simplesmente deixam de pôr na conta aquilo que não querem para si.
Brendon Burchard, mentor internacional de milhões de pessoas, ensina uma técnica interessante para resolver isso, baseada na elaboração de algumas frases que resumem o que se pretende de verdade. Assim:
- Quero isso, não aquilo.
- Faça mais disso e menos daquilo.
- Quando isso acontecer, faça aquilo.
- Sempre escolha isso, não aquilo.
- Faça isso agora, depois aquilo.
Em síntese, para alcançar um objetivo, é preciso dar início a algumas ações, retomar outras que estavam paralisadas e interromper outras tantas. É essencial trabalhar a capacidade de compreender as coisas para fazer um bom juízo de oportunidade conforme se vai descobrindo o que precisa ser feito para pavimentar o caminho até a vitória.
No barco da vida, além de tudo isso que foi dito sobre buscar clareza de propósito e manter o foco, é indispensável, ainda, estar alerta para perceber a tempestade se formando no horizonte. Sendo impossível mudar a direção do vento, faça o que estiver ao seu alcance para manter o controle do barco. Com ele você chegará aonde quiser.
O destino final da vida é de conhecimento geral, mas o caminho até lá cabe somente a nós, enquanto indivíduos, desenhar.
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